quarta-feira, 17 de junho de 2020

O dia de hoje na história do Rock


Dia 17 de Junho

1944 – Nasce em Derbyshire, Inglaterra, Peter Robinson, mais conhecido como o multi-instrumentista Chris Spedding. Músico extremamente requisitado por seus trabalhos em estúdio, tanto que montou o seu próprio. Foi ele o responsável, por exemplo, pelas primeiras demos do Sex Pistols. Aliás, reza a lenda que foi ele quem tocou o baixo e a guitarra no álbum Never Mind the Bollocks.  

Spedding também tem trabalhos em discos de Paul McCartney, John Cale, Bryan Ferry, Elton John, Roger Daltrey, Art Garfunkel, Tom Waits, Nina Hagen... a lista é imensa.

Ao todo Spedding tocou em mais de 10 bandas, além de lançar 14 álbuns solos.
  

1988 – O Ira! fazia no extinto Projeto SP, em SP, o show de lançamento do álbum Psicoacústica. A grande novidade estava nos músicos convidados pela banda, pois contava com um time de primeira: os guitarristas Fábio Golfeti, Violeta de Outono, e Miguel Barella, Voluntários da Pátria, o tecladista Beto Firmino, Gang 90, o percussionista James Muller e o trompetista Huguinho. Os shows rolaram até o domingo dia 19.  

1990 – Ainda o Ira! que, nesse mesmo dia dois anos depois, lançava exatamente o sucessor do Psicoacústica,  Clandestino. No entanto, segundo seus próprios integrantes, um álbum que revelava uma banda à beira do fim. O desgaste por anos de convívio e mais os pesos, primeiro de seu antecessor e, segundo, o fato do guitarrista Edgard Scandurra, ter lançado um ano antes o seu primeiro trabalho solo, o ótimo Amigos Invisíveis, tornaram este álbum ainda mais difícil. Convenhamos, era uma tarefa ingrata. 

Nem mesmo o sucesso radiofônico de “Tarde Vazia”, fez o disco ir bem do ponto de vista comercial. Já a crítica se dividiu entre resenhas favoráveis e negativas.

1994 – No mesmo dia em que começava a Copa do Mundo dos Estados Unidos, a Legião Urbana se apresentava pela última vez na cidade de São Paulo, divulgando o álbum O Descobrimento do Brasil. O lugar escolhido para as duas apresentações foi o velho e emblemático Ginásio do Ibirapuera, por onde a banda tantas vezes havia passado, desde 1985, sempre lotado.

As memoráveis performances da tour Que País é Este ainda estavam vivas na memória de quem lá esteve, mesmo que já houvesse decorridos seis longos anos, como lembrado recentemente por este blog. .

Um show de repertório impecável que contemplava não só as canções do, então novo álbum, mas resgatava pérolas como “Teorema” e “Petróleo do Futuro”, do primeiro disco, e “Mais do Mesmo”, do terceiro, não tão familiares a uma parte do público, mas cantadas em uníssono pelos sedentos legionários.

Este show também marcou a última vez que vi Renato Russo num palco. Eu ainda estava me recuperando de um AVC, caminhando com dificuldades, mas consegui reunir forças para acompanhar mais esta apresentação e guardá-la pra sempre na minha memória afetiva. Nem me importava em ter que assistir das cadeiras por não ter condições de enfrentar a pista. Ah, a velha e boa pista. Nada dessa babaquice de pista premium, inventada por algum infeliz.    

Pra encerrar, ao final do show, a banda presenteou o público com flores brancas. Eu não podia imaginar que era o meu adeus ao Renato.   

2005 – Morria em Mineapollis, EUA, o baixista Karl Mueller, um dos fundadores do grupo Soul Asylum. O músico foi vítima de câncer de garganta em decorrência do uso contínuo de cigarros. O Soul Asylum foi uma banda curiosa, uma vez que seu primeiro álbum data de 1984, Say What Will Clarence..., mas o grupo só conseguiu fazer sucesso em seu sexto disco, Grave Dancers Union, de 1992, quando a banda ganhou fama e reconhecimento, principalmente por sua exposição na MTV. 

Mueller tinha apenas 42 anos.


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