Dia 17 de Junho
1944 – Nasce em Derbyshire, Inglaterra, Peter Robinson, mais
conhecido como o multi-instrumentista Chris Spedding. Músico extremamente
requisitado por seus trabalhos em estúdio, tanto que montou o seu próprio. Foi ele o responsável, por exemplo, pelas primeiras demos
do Sex Pistols. Aliás, reza a lenda que foi ele quem tocou o baixo e a guitarra no álbum Never Mind the Bollocks.
Spedding também tem
trabalhos em discos de Paul McCartney, John Cale, Bryan Ferry, Elton John, Roger
Daltrey, Art Garfunkel, Tom Waits, Nina Hagen... a lista é imensa.
Ao todo Spedding tocou em mais de 10 bandas, além de lançar 14 álbuns solos.
1988 – O Ira! fazia no extinto Projeto
SP, em SP, o show de lançamento do álbum Psicoacústica. A grande novidade estava nos músicos convidados pela banda, pois contava com um time de primeira: os guitarristas Fábio Golfeti, Violeta
de Outono, e Miguel Barella, Voluntários da Pátria, o tecladista Beto Firmino,
Gang 90, o percussionista James Muller e o trompetista Huguinho. Os shows rolaram
até o domingo dia 19.
1990 – Ainda o Ira! que, nesse mesmo dia dois anos depois, lançava exatamente
o sucessor do Psicoacústica, Clandestino.
No entanto, segundo seus próprios integrantes, um álbum que revelava uma banda à
beira do fim. O desgaste por anos de convívio e mais os pesos, primeiro de seu
antecessor e,
segundo, o fato do guitarrista Edgard Scandurra, ter lançado um ano antes o seu
primeiro trabalho solo, o ótimo Amigos
Invisíveis, tornaram este álbum ainda mais difícil. Convenhamos, era uma tarefa
ingrata.
Nem mesmo o sucesso radiofônico de “Tarde Vazia”, fez o disco ir bem
do ponto de vista comercial. Já a crítica se dividiu entre resenhas favoráveis
e negativas.
1994 – No mesmo dia em que começava a Copa do Mundo dos Estados
Unidos, a Legião Urbana se apresentava pela última vez na cidade de São Paulo,
divulgando o álbum O Descobrimento do
Brasil. O lugar escolhido para as duas apresentações foi o velho e
emblemático Ginásio do Ibirapuera,
por onde a banda tantas vezes havia passado, desde 1985, sempre lotado.
As memoráveis performances da
tour Que País é Este ainda estavam
vivas na memória de quem lá esteve, mesmo que já houvesse decorridos seis longos
anos, como lembrado recentemente por este blog. .
Um show de repertório impecável
que contemplava não só as canções do, então novo álbum, mas resgatava pérolas
como “Teorema” e “Petróleo do Futuro”, do primeiro disco, e “Mais do Mesmo”, do
terceiro, não tão familiares a uma parte do público, mas cantadas em uníssono
pelos sedentos legionários.
Este show também marcou a última
vez que vi Renato Russo num palco. Eu ainda estava me recuperando de um AVC, caminhando
com dificuldades, mas consegui reunir forças para acompanhar mais esta
apresentação e guardá-la pra sempre na minha memória afetiva. Nem me importava em
ter que assistir das cadeiras por não ter condições de enfrentar a pista. Ah, a
velha e boa pista. Nada dessa babaquice de pista
premium, inventada por algum infeliz.
Pra encerrar, ao final do show, a
banda presenteou o público com flores brancas. Eu não podia imaginar que era o
meu adeus ao Renato.
2005 – Morria em Mineapollis, EUA, o baixista Karl Mueller, um dos
fundadores do grupo Soul Asylum. O músico foi vítima de câncer de garganta em
decorrência do uso contínuo de cigarros. O Soul Asylum foi uma banda curiosa,
uma vez que seu primeiro álbum data de 1984, Say What Will Clarence..., mas o
grupo só conseguiu fazer sucesso em seu sexto disco, Grave
Dancers Union, de 1992, quando a banda ganhou fama e reconhecimento,
principalmente por sua exposição na MTV.
Mueller tinha apenas 42 anos.
Nossa q triste seu depoimento...mas pelo menos foi uma linda despedida.
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