quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

A estreia da Legião Urbana

Enfim, em 15 de fevereiro de 1985, quase um mês após o furacão Rock in Rio, ter aportado à Cidade do Rock e, exatamente, um mês da escolha do primeiro presidente civil, após mais de duas décadas de ditadura militar, a Legião Urbana lançava o seu autointitulado álbum de estreia. Certamente você já leu e/ou ouviu que o referido lançamento ocorreu em 1º de janeiro, inclusive eu já publiquei essa data, ou no máximo no dia 2. Acontece que em 2015 o guitarrista Dado Villa-Lobos lançou sua biografia, Memórias de Um Legionário, e na página 75 do livro ele diz “Conforme escrevi no capítulo anterior, o lançamento de nosso disco de estreia estava previsto para novembro de 1984. Porém, como todas as atenções da mídia estavam voltadas para o Rock in Rio, que seria realizado em janeiro de 1985, a gravadora alterou o seu planejamento inicial e lançou o nosso LP somente em 15 de fevereiro”. Do ponto de vista estratégico, faz todo sentido não lançá-lo em janeiro. Além do que, o próprio Dado diz a certa altura do livro que, em relação às datas, trata-se de anotações de sua mulher Fernanda, que também empresariou a banda até o fim da turnê do Dois. Como estas questões de data são sempre controversas, e aqui baixa o espírito do jornalista e pesquisador, decidi revisar meus arquivos de jornais da época. Não foi possível encontrar com precisão a data do dia 15 de fevereiro. No entanto, em duas colunas do Jornal do Brasil fica claro que o disco saiu mesmo em fevereiro. A primeira matéria saiu no dia 16 de fevereiro, ed. 312, página 5 do caderno B, do jornalista Luiz Antônio Mello, enquanto Jamari França resenhou o álbum na ed. 322, página 2 do caderno B, do dia 28 de fevereiro.

Isto posto, é preciso celebrar os 38 anos de Legião Urbana, um disco que já era diferente das cores pintadas pelos artistas nacionais daquele Rock in Rio, que traziam músicas mais leves, com batatas fritas, rolês de moto, coisas mais corriqueiras, mesmo. Não por acaso, elas eram apelidadas de Rock de Bermuda. E aqui não estou fazendo nenhum juízo de valor, até porque gosto muito destas bandas, mas apenas constatando a diferença de conceito.

Logo de cara duas coisas saltam aos ouvidos em Legião Urbana; primeiro a voz de Renato Russo (a melhor do rock nacional), e depois as letras (Renato tinha uma capacidade ímpar em retratar tanto as injustiças sociais quanto as relações interpessoais). Lançar um disco com uma capa em preto e branco, foto dos integrantes sombreadas e nuances em relevo já diz muito sobre seu conteúdo. O disco era pós-punk, no melhor estilo das bandas inglesas, algumas em voga à época. Nada mais natural para quem tinham as mesmas referências. Não por acaso, estas referências causaram inúmeros desentendimentos durante a produção do disco, a ponto de dois produtores desistirem do trabalho enquanto que, um terceiro, o jornalista José Emilio Rondeau, por muito pouco não abandonou o barco também.

O disco abre com “Será” e ali Renato chama a atenção para seus versos como por exemplo “Tire suas mãos de mim, eu não pertenço a você” que tanto servem para questões de um país sob ditadura, quanto para a relação com outra pessoa. “Serão noites inteiras, talvez por medo da escuridão” e por aí vai. "Ah se eu soubesse lhe dizer o que fazer pra todo mundo ficar junto, todo mundo já estava há muito tempo", de “Petróleo do Futuro” também segue por essa linha.

A violência urbana e a estupidez de uma guerra presentes em “Baader-Meinhof Blues” e na marcial “Soldados”, respectivamente. Enquanto os fascistas, que voltaram e agora parecem que irão voltar pro esgoto, de onde nunca deveriam ter saído, estavam à solta em “A Dança”, com uma letra sexista e que antecipava a inversão de papéis atual, em que a vítima foi quem provocou tal situação.

“Geração Coca-Cola” é a canção mais porrada/política deste primeiro disco, ainda da época em que Renato Russo era da banda punk Aborto Elétrico. Assim como “O Reggae” que fala da falta de liberdade e de “Aprender a roubar pra vencer”, mas calma lá! Há também o amor, como na  bela “Ainda é Cedo”, as energéticas “Teorema” e “Perdidos no Espaço” e a suavidade de “Por Enquanto”.

Tudo isso muito bem costurado por uma parte musical robusta. Naturalmente o disco não trazia o som mais tosco e pesado da famosa fita-demo que chegou às mãos da rádio Fluminense FM. A produção tratou de dar uma polida e suavizá-lo, no entanto a essência continuava ali. Uma bateria marcante e ritmada e um baixo pungente. Guitarras sem solos, mas em ritmo harmonioso, costurando as canções. Renato Russo ainda nos brinda com belos arranjos de violões, posteriormente tão característicos ao som da banda, e nuances de teclados. E o que falar da voz? Ah, a voz...  A voz era o casamento perfeito com a poesia que ele escrevia.

Trinta anos mais tarde, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá relançaram este trabalho com alguns out-takes, sobras de estúdio e versões da famosa fita-demo, num disco extra. Lamentavelmente, a canção inédita “1977” ficou de fora deste lançamento por questões judiciais. Para promoverem o relançamento, Dado & Bonfá excursionaram pelo Brasil tocando o disco na íntegra, em quase 100 apresentações. Este que vos escreve presenciou aproximadamente um terço destes shows que foram um verdadeiro deleite aos fãs. Os da velha guarda ficaram saudosos de um tempo longínquo, já os mais jovens, que não viram o Renato ao vivo, sentiram um pouco da emoção e da força que estas canções produziam ao vivo.

Legião Urbana, o álbum, é até hoje uma das melhores estreias em disco de Rock no Brasil.



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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

O dia de hoje na história do Rock

 

Dia 20 de setembro

 

A Tempestade ou O Livro dos Dias

Quando o poeta dá adeus!

 

1996 - A Tempestade ou Livro dos Dias foi um disco cercado de mistérios. Num primeiro momento a banda finalmente realizaria seu velho desejo de lançar um álbum duplo de inéditas. Depois de dois trabalhos solos Renato estava pronto e, dentro do possível, tinha gana em gravar um disco novinho com a Legião Urbana. Ele sentia saudades... 

Renato também tinha muito material, daí a possibilidade de um disco duplo. Gênios deste quilate quando percebem que estão próximos do adeus, desenvolvem uma capacidade ainda maior de criação. Renato escrevia como nunca.

Em estúdio a partir de janeiro daquele 1996, começaram a trabalhar o novo projeto. Um Renato debilitado fisicamente e com a voz dando sinais de cansaço. Por conta disso, Renato gravou quase todo o disco fazendo a chamada voz-guia. Pela primeira vez, desde o Dois, decorridos exatos 10 anos, a produção não contaria com Mayrton Bahia. Assim, coube a Dado Villa-Lobos, com importante participação de Carlos Trilha, produzir o álbum.

Um dos maiores temores de Renato Russo era soar falso a seus fãs. Nesse sentido, escolher a canção “A Via Láctea” como música de trabalho era por demais revelador. Me lembro que depois de ouvi-la, umas das minha reações foi ligar para minha amiga Cilene e dizer “Cilene, estou com medo!”. Ela também estava e conjecturamos uma série de teorias. Quando saiu o disco e logo na abertura havia a frase “O Brasil é uma república federativa cheia de árvores e gente dizendo adeus”, de Oswald de Andrade, foi a vez de ligar para a amiga Alcina. As reações e sensações foram as mesmas. Mais óbvio impossível. Renato era isso, uma entrega de corpo e alma! E um enorme respeito para com seu público!

O disco abre com “Natália” e seu rock básico que, instintivamente, me remeteu ao álbum Monster, de 1994, do grupo R.E.M, uma das minhas bandas de cabeceira. Obaaa! Um disco de rock! Baixo, bateria e guitarra. Sua letra ácida antecipava os atuais tempos obscuros, onde “a mentira é salvação”. Assim como “Dezesseis” que conta a saga de João Roberto, um garoto adolescente de classe-média que não supera uma desilusão amorosa, mas num ROCKÃO DA PORRA! Aliás, as citações de Janis Joplin, Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling Stones são incríveis. Certamente muita gente os conheceu por conta desta referência. Já a canção “L´Aventura”, homenagem ao filme homônimo de 1960 de Michelangelo Antonini, trata de amor à maneira Renato. Alguém que marcou demais, se foi, faz falta, mas vida que segue. Tudo muito bem conduzido pelo diálogo entre violões e guitarras de Dado e a batida exata da batera de Bonfá.  “Música de Trabalho”, num tom mais lisérgico e um teclado pra amenizar, segue com distorções de guitarras e uma bateria rhytthm track, tipo “Perfeição”.

Claro que o clima mais marcante do trabalho está no componente emocional estampado na já citada “A Via Láctea”. Uma canção melancólica e angustiante que desnuda seu autor, a quem a vida parece já ter cansado além da conta. Suas desilusões amorosas passam por “Longe do Meu Lado”, “Música Ambiente”, “Mil Pedaços” e “Quando Você Voltar”. Uma poesia melhor que a outra e não necessariamente nessa ordem. Renato não esconde que sempre quis o perigo, mas estava sangrando sozinho. O poeta estava realmente afiado. E como não se emocionar ao ouvi-lo se despedindo dos pais, do filho e dos amigos na bela “Esperando Por Mim”, já num tom mais alto, com violões e guitarras, mais uma vez, harmoniosamente aliadas a uma bateria como um mantra. Mais uma letra de arrepiar e, claro, chorar!

Renato não se esqueceu nem das coisas do dia a dia, como em “Leila”, que retrata uma mulher genuinamente brasileira, guerreira, vítima de algum macho fujão, mas que a sociedade adora julgá-la. E olha, que em 1996 não se falava no emponderamento feminino. Aliás, Renato tinha uma sensibilidade absurda, senão, como explicar uma composição como “1º de Julho”, feito à amiga Cassia Eller quando estava grávida? Faz todo sentido do mundo ter entrado no repertório deste álbum. Este disco também traz “Soul Parsifal”, uma parceria com Marisa Monte. 

Para fechar o álbum “O Livro dos Dias”, iniciada por uma bateria marcial, somado àquele teclado característico da Legião, uma suíte. Já a letra... bem!!! Ah a letra! O que concluir dos versos “meu coração não quer deixar meu corpo descansar”? É meus amigos, o poeta cansou. Como ele mesmo diz em “Longe do Meu Lado”, “Não estou mais pronto para lágrimas”. Eu queria não estar Renato, mas escrever sobre esse disco torna impossível segurá-las. “Vem de repente um anjo triste perto de mim”!!!

Quanto ao nome do álbum é curioso que A Tempestade, era o nome preferido de Renato, muito provavelmente por ser a última peça escrita por Shakespeare. Já o Livro dos Dias era o preferido de Dado e Bonfá. Então, juntou-se os dois nomes, mas a canção “A Tempestade” ficou de fora.

Ninguém, além da banda, sabia da real condição de saúde de Renato. Pensando nisso, a decisão de não lançar todo o material produzido de uma só vez foi a mais acertada. O que ficou de fora deste disco culminou em Uma Outra Estação, lançado menos de um ano após a morte do Renato.

A Tempestade ou Livro dos Dias foi a saída de cena do Renato. Um sujeito que não veio ao mundo a passeio. Marcou gerações contemporâneas e as futuras. Seu legado permanece tão rico e atual quanto no tempo em que foram escritas. Nos faz falta, mas está sempre pronto para “caminharmos lado a lado por amor”!!!




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O dia de hoje na história do Rock

Dia 15 de Setembro 

1968 – O cantor Caetano Veloso, que também lançou seu primeiro álbum naquele ano, foi vaiado no Festival Internacional da canção, interpretando a canção “É Proibido Proibir”, no Teatro TUCA. A partir desta reação do público, Caetano proferiu um longo discurso em que questionava o conservadorismo daquela juventude (“eu vejo um futuro repetir o passado”).

Quem também se manifestou, de forma apropriada como sempre, foi o cronista Nelson Rodrigues “A vaia selvagem com que o receberam já me deu uma certa náusea de ser brasileiro. Dirão os idiotas da objetividade que ele estava de salto alto, plumas, peruca, batom etc. etc. Era um artista. De peruca ou não, era um artista. De plumas, mas artista. De salto alto, mas artista (…) Era um concorrente que vinha ali, cantar; simplesmente cantar. Mas os jovens centauros não deixaram”. 

Aliás, mais um conceito visionário de Nelson Rodrigues prevendo que artistas, um dia, seriam vistos como inimigo... 

Já diria o próprio Nelson Rodrigues, "dos idiotas eu só quero vaias".

2004 – Falecia em Los Angeles, o guitarrista Johnny Ramone, um dos fundadores dos Ramones, tendo, ao lado de Joey, permanecido no grupo por toda sua trajetória. Johnny, já tocava desde sua adolescência na banda Tangerine Puppets, com o futuro companheiro de banda Tommy Ramone. Fã de Stooges e MC5, juntou-se a Dee Dee e Joey, criando os Ramones. Sua forma, sem firulas, de tocar guitarra é uma marca na trajetória do grupo.  

Johnny participou de todos os 14 álbuns de estúdio dos Ramones, além dos dois trabalhos ao vivo, lançados enquanto a banda ainda estava em atividade. Johnny também ficou marcado por ter se casado com Linda Daniele, que foi namorada de Joey, o que gerou um mal estar nunca resolvido. 

Aos 55 anos Johnny faleceu, vítima de câncer na próstata, em sua casa na cidade de Los Angeles.

2008 – Falecia em Londres, em sua casa, vítima de câncer, o tecladista Richard Wright, do Pink Floyd. Único integrante a participar de todas as tours do grupo, Wright sempre foi considerado, pelos demais integrantes, como fundamental no conceito de som do grupo. 

O tecladista Richard Wright estava com 65 anos.  



Dia 14 de Setembro

1955 – Little Richards entrava em estúdio para gravar o clássico “Tutti-Frutti”, canção dos primórdios do rock and roll. Muita gente prega, inclusive, que dia 14 de setembro sim, é que deveria ser considerado o dia mundial do rock. 

A canção “Tutti-Frutti” já foi regravada por inúmeros artistas, de Elvis Presley a New Order, passando por uma regravação do T. Rex com Ringo Starr na bateria e Elton John, ao piano.



Dia 13 de Setembro

1961 – Nasce em La Mesa, EUA, David Scott Mustaine, o guitarrista, compositor e vocalista Dave Mustaine do Megadeath. Mustaine começou a carreira no Metallica, mas brigas de ego entre ele e Hetfield, o fizeram deixar a banda, abrindo assim a possiblidade de criar o Megadeath.

O livro The 100 Greatest Metal Guitarists, de 2009, o colocou como o melhor guitarrista do gênero  em 2009. Com o Megadeath já são 16 álbuns de estúdio e mais três trabalhos ao vivo. Mesmo tendo uma banda super bem-sucedida, Mustaine nunca deixou de lado sua mágoa com os membros mais antigos do Metallica. 

Em 2019 Mustaine foi diagnosticado com câncer e teve que se afastar dos trabalhos junto ao Megadeth. No final de janeiro deste ano ele noticiou que estava curado, podendo retomar a sua carreira.


  

Dia 12 de Setembro

1952 – Nascia em Hamilton, Canadá, Neil Ellowood Peart, o baterista Neil Peart do Rush. Desde adolescente tocou em várias bandas até entrar no Rush, gravando a partir do segundo trabalho  da banda em 1975, o álbum Fly By Night. Desde então Peart se destacou como um dos maiores bateristas no mundo do rock. Além das baquetas, Peart também era o principal letrista do grupo. Seu gosto por literatura, inclusive, o fez colaborar com o escritor Kevin J. Anderson em quatro de seus livros.

Peart gravou 19 discos de estúdio com o Rush, além de oito álbuns ao vivo, além de participar em trabalhos dde outros artistas. O baterista anunciou sua aposentadoria em 2015.

Em 7 de janeiro de 2020, Peart faleceu aos 67 anos vítima de glioblastoma, um câncer no cérebro.    

1967 – Estreia nos Estados Unidos a série de TV The Monkees, estrelada pelos integrantes da banda homônima. A produção do seriado se estendeu até 25 março de 1968, com grande sucesso, duas temporadas e 58 episódios de aproximadamente 25 minutos. Seus integrantes interpretavam a si mesmos, em situações fictícias. Aliás, The Monkees foi criado pensando exatamente para o formato de série de TV, aproveitando a onda da Invasão Britânica.

No Brasil o seriado foi ao ar no ano seguinte, no mês junho, inicialmente exibido pela TV Excelsior. Na década seguinte passou para a TV Bandeirantes e nos anos 1980, foi  exibida pela TV Gazeta.

1989 – O Aerosmith lançava o álbum Pump, seu 10º trabalho de estúdio. Este trabalho era o da reafirmação da banda, depois do retorno com o bem-sucedido Permanent Vacations, depois de superados inúmeros problemas.

Com este disco a banda conseguiu seu primeiro prêmio Grammy, além dos mega-hits “Janie´s Got a Gun”, “Love in na Elevator” e “What It Takes”. 

2003 – Morria, decorrente de complicações de diabetes, o ícone Johnny Cash. Impossível de rotulá-lo, Cash consegue ser reverenciado por amantes do rock tradicional, pelos punks, pelos headbangers...

Dono de um comportamento arredio era viciado em anfetaminas e um lutador pelas causas das minorias. Foram mais de 50 álbuns de estúdio, nove discos ao vivo e uma enormidade de hits como  "Flesh and Blood", "Man in Black", “A Thing Called Love”, “On Piece at a Time”, “(Ghost) Riders in The Sky”...

Johnny Cash tinha 71 anos de idade.



Dia 11 de Setembro

1967 – Caia na estrada, para percorrer o interior da Inglaterra, o famoso ônibus Magical Mystery Tour, da banda The Beatles. O ônibus partiu da estação de metrô Baker Street, com atores, técnicos e Paul McCartney. Os demais integrantes embarcaram somente em Surrey. Assim, Os Rapazes de Liverpool registravam mais um longa em sua filmografia.

1981 – Aconteceu no ginásio do Maracanãzinho o Festival MPB-81, com presenças de Guilherme Arantes, Arrigo Barnabé, Kleiton & Kledir, Walter Franco, Oswaldo Montenegro e a vencedora Lucinha Lins. Porém, a grande atração da noite foi mesmo Júlio Barroso e sua Gang 90 & As Absurdetes!

2015 – O Slayer lançava seu 11º álbum. Este trabalho foi o primeiro sem o guitarrista Jeff Hanneman, um dos fundadores do grupo, morto em 2013. O disco estreou em 4º lugar na parada da Billboard 200, além de ser bem recebido pela crítica de modo geral. 

2011 – A rede terrorista Al-Qaeda promoveu o atentado às Torres Gêmeas do World Trade Center, na cidade de Nova York, sendo atingidas por dois aviões. Outro avião atingiu o Pentágono em Washington, enquanto uma quarta aeronave, o voo 93 da Airlines, que também tinha como alvo o Pentágono, acabou caindo num campo, na Pensilvânia, por conta da ação de seus passageiros, que o derrubaram.

Quase três mil pessoas morreram na ocasião, sendo considerado um dos maiores ataques terroristas da história. Osama bin Laden só admitiu a autoria dos atentados em 2004.


 

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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

O dia de hoje na história do Rock

Dia 10 de Setembro

1950 – Nasce em Massachusetts, EUA, Anthony Joseph Pereira, o guitarrista e compositor Joe Perry do Aerosmith. Inicialmente, Perry tocava na The Jam Band, ao lado de Tom Hamilton. Com a chegada de Steven Tyler, Brad Whitford e Joey Kramer a banda se tornou o Aerosmith, lançando seu primeiro disco em 1973. 

Com o Aerosmith já são 15 discos de estúdio e mais quatro álbuns solos, além de participações em trabalhos de outros artistas. Nos últimos anos sofreu problemas cardíacos em shows do Hollywood Vampires, outra banda da qual participa, e no show de Billy Joel.

    

1983 – Um dia após completar um ano de seu primeiro show Os Paralamas do Sucesso já lançavam seu álbum de estreia, Cinema Mudo. Um disco que a banda abriu mão de certas convicções para não contrariar a gravadora, tanto que Herbert Vianna faz questão de dizer que não gosta do produto final, exatamente por esta interferência. No entanto, o álbum traz três hits poderosos “Vital e Sua Moto”, a que mais sofreu interferência da gravadora, “Cinema Mudo” e “Patrulha Noturna”. 

Além delas, “Química”, composição do amigo dos tempos de Brasília Renato Russo, ainda tocou nas rádios voltadas ao rock. Já a música “O Que Eu Não Disse” é a única parceria registrada entre Herbert  e Renato. 

Um álbum clássico!   



Dia 9 de Setembro

1971 – John Lennon lançava o álbum emblemático Imagine. Produzido pelo próprio John, Yoko Ono e o produtor Phil Spector, boa parte da obra foi gravada em sua casa, em Tittenhurst Park, Inglaterra. O trabalho ainda contou com a participação de George Harrison. 

Quando de seu lançamento, o álbum chegou ao número 1 no mundo todo.

1982 – Os Paralamas do Sucesso tocaram num lugar chamado Shopstake, que inclusive deu título a uma canção instrumental do álbum de estreia do grupo. Curiosamente, nesta apresentação, estavam presentes os dois bateristas, Vital e João Barone, e ambos tocaram. Depois disso Vital desistiu, já Barone...

Embora ainda não tivesse nome, a banda considera essa data como a de fundação do grupo. Pouco mais de um mês depois, em 21 de outubro, no Salão de Estudos da Universidade Rural, eles se apresentaram já com o nome de Os Paralamas do Sucesso e Barone como dono das baquetas.

2013 – Sem saber lidar com a morte dos amigos e parceiros Chorão e Peu Sousa, seis e quatro meses antes respectivamente, Champignon pôs fim a própria vida, com um tiro na cabeça, em sua própria residência. Após anos de convívio no binômio estúdio-show, em 2005 o Charlie Brown Jr. deu um tempo e seus integrantes desenvolveram novos projetos. O baixista tocou nos Revolucionários, Nove Mil Anjos e A Banca, esta última logo após a morte de Chorão. 

Champignon tinha somente 35 anos e sua esposa estava no quinto mês de gravidez. 



 Dia 8 de Setembro

1957 – Com apenas 16 anos Paul Anka se apresentava pela primeira vez no tradicional The Ed Sullivan Show. Com o estouro da canção “Diana”, ficou em 1º lugar na parada norte-americana por 18 semanas, Anka causou histeria nas meninas da plateia, tanto que voltou ao programa mais uma dezena de vezes. 

Nesta sua estreia, a gravação aconteceu no Madison Square Garden.  

1961 – Nasce no Rio de Janeiro Fernanda Sampaio de Lacerda Abreu, a cantora e compositora Fernanda Abreu. Fernanda surgiu no mundo da música com a banda Blitz, como uma das backing vocals do grupo, ao lado de Marcia Bucão.

Após a separação da Blitz, em 1986, Fernanda ainda levou um tempo até lançar seu primeiro álbum solo em 1990, o Sla Radical Dance Disco Club, explorando ritmos dançantes. Desde então são sete álbuns, sendo que Da Lata, 1995, foi seu maior sucesso comercial.




Dia 7 de Setembro

1936 – Nascia no Texas, EUA, Charles Hardin Holley, mais conhecido como Buddy Holly, um dos primeiros ícones do Rock and Roll. Ao lado do amigo Bob Montgomery abriu alguns shows para Elvis Presley e Bil Haley & His Comets, porém, sua primeira gravação foi com a banda The Crickets, em 1957, da qual era o líder e vocalista.

Seu disco de estreia chegou ao 5º lugar nas paradas do Reino Unido, com destaque para “Peggy Sue”. Lamentavelmente sua carreira foi efêmera. Após um show em Iowa, em 1959, Buddy embarcou numa aeronave Beechcraft, rumo a Minnesota. No caminho, em decorrência de uma nevasca, o avião caiu matando todos os seus ocupantes. Além dele, outras duas promessas do rock estavam a bordo, o adolescente Ritchie Valens e JP Richardson, o Big Bopper. Buddy tinha somente 22 anos. 

1951 – Nasce em Ohio, EUA, Christine Ellen Hynde, a guitarrista, compositora e vocalista do The Pretenders, Chrissie Hynde. Depois de algumas tentativas entre bandas, a loja de Malcolm McLaren e a revista New Music Express, Hynde finalmente conheceu seus companheiros de banda em 1978. 

Estrearam num palco em Paris e lançaram uma demo, que foi lançado em single com as canções "Stop Your Sobbing" e "The Wait", atingindo o 33º lugar da parada britânica. A partir daí, sua carreira decolou e The Pretenders se tornou uma das bandas mais importantes do fim dos anos 1970 e início dos anos 1980. 

Hynde, uma das principais vozes femininas do mundo rock, já gravou com Morrissey, INXS, Frank Sinatra e outros artistas. Ativista e vegana, Hynde sempre marcou por sua forte personalidade. 

Junto ao The Pretenders gravou 12 álbuns de estúdio, além de dois discos solos.

1978 – Morria, vítima de overdose de sedativos, o baterista Keith Moon, da banda The Who. Com uma vida excêntrica e excessos na relação álcool & drogas, Moon era o dínamo do som da banda. 

Além do The Who, tocou com Jeff Beck, Jimmy Page, John Lennon e outros. Moon, tinha completado apenas 32 anos, havia duas semanas.

1987 – O Capital Inicial lançava o seu segundo disco, Independência. Depois do enorme sucesso do primeiro álbum, este trabalho foi bem decepcionante. Marcado pela efetivação do tecladista Bozo Barreti, produtor do primeiro álbum, o trabalho pouco tinha a ver com o som dos tempos de Brasília, apesar de “Descendo o Rio Nilo”, lançado em compacto em 1985.

A presença do novo integrante foi marcante neste novo trabalho, descaracterizando o som grupo. A faixa-título e “Prova” foram seus hits. “Autoridades” e a já citada “Descendo o Rio Nilo” chegaram a tocar, mas em rádios especializadas em rock.

O disco ainda contou com a participação de dois nomes de peso: o baterista João Barone, d´Os Paralamas do Sucesso, e do saxofonista George Israel, do Kid Abelha.

1992 – Após um show em Natal, RN, a Legião Urbana encerrava abruptamente a curta turnê de divulgação do álbum V, após a apresentação, realizada no Papódromo, considerada memorável pelos presentes.

Renato, que estava numa fase imersa em álcool, desentendeu-se com os demais integrantes do grupo e resolveu que não haveria mais shows. A tour havia começado em Sorocaba, em julho do mesmo ano e estava de passagem pelo Nordeste. A banda não se apresentou em nenhuma capital do Sudeste e do Sul do Brasil.



Dia 6 de Setembro

1943 – Nasce em Guildford, Inglaterra, George Roger Waters, o músico, compositor e cantor Roger Waters do Pink Floyd. Especialmente após a saída de Syd Barret, Waters passou a ser o principal membro do grupo, tanto nas composições quanto no conceito do som da banda. Isso, até 1985 quando deixou o grupo e iniciou-se uma batalha judicial pelo direito do uso do nome Pink Floyd. Para Waters, sem ele e Barret, não havia sentido que os demais integrantes continuassem a utilizar seu nome, no entanto, perdeu o processo. Ainda na banda, lançou seu primeiro trabalho solo em 1984, The Pros and Cons of Hitch Hiking.

Ativista político realizou um dos shows mais emblemáticos da história na Alemanha, 1990, com o concerto The Wall, celebrando a queda do Muro de Berlim e a reunificação da  Alemanha Ocidental e a Oriental. Em carreira solo, Waters chegou até lançar uma ópera, em 2005, a Ça Ira.  Ainda neste mesmo ano, ele se juntou ao Pink Floyd para o show especial Live 8. Além de quatro álbuns de estúdio e mais dois ao vivo.

1968 – Eric Clapton foi até os estúdios Abbey Road, em Londres, e participou da gravação da canção “While My Guitar Gently Weeps”, cantada por George Harrisson, que a compôs. Segundo George, esta música só funcionaria com alguém de fora da banda, tamanha a distância que existia no grupo àquela altura. Então, aquele famoso riff que você escuta nesta canção coube a ninguém menos que Sir Eric Clapton... 

1986 – Lançado o single  “Wasted Years”, do Iron Maiden. Com composição do guitarrista Adrian Smith, a música trata de alguns problemas enfrentados durante a turnê anterior. O mais curioso é que no lado B do single há a canção “Reach Out” cantada por Adrian. 



Dia 5 de Setembro

1946 – Nascia em Zanzibar, Tanzânia, Farrokh Bulsara, ou simplesmente Freddie Mercury o compositor e vocalista do Queen. Considerado um dos vocais mais técnicos de toda história do rock, Freddie desenvolveu uma carreira significativa ao longo de 14 álbuns com sua banda e mais dois trabalhos solos. Desde o começo Freddie já mostrava seu talento, carisma e auto-confiança, logo que substituiu o vocalista da banda Smile, em 1970, da qual faziam parte Brian May e Roger Taylor. Daí para gravação do primeiro disco foram três anos de muito trabalho.

Figura de personalidade controversa, ao longo de toda sua carreira, Freddie sempre se colocou num patamar de destaque e por ser o principal compositor do grupo, chegou a se considerar maior que a banda entrando em rota de colisão com os demais integrantes, quando, inclusive, gravou um disco solo, sem maior repercussão.

O Queen voltou à ativa em 1985, gravando mais três álbuns com Freddie ainda vivo. Em 1988, ele gravou com a lírica Montserrat Caballé, o álbum Barcelona, que era um trabalho de ópera. O cantor nunca expôs sua doença publicamente, exceto às vésperas de sua morte. 

Freddie era portador do vírus HIV  e faleceu em 24 de novembro de 1991, aos 45 anos.   

      

1982 – Legião Urbana e Plebe Rude participaram do Festival Rock no Parque, na cidade mineira Patos de Minas, Minas Gerais. Na ocasião a Legião Urbana fazia seu primeiro show, enquanto que a Plebe Rude, considerada a maior banda da Capital Federal, se apresentava pela primeira vez fora de Brasília.

A Plebe Rude já tinha a sua formação clássica com Phillipe Seabra, guitarra e vocal, Jander Ameba, guitarra e vocal, André X, baixo, e Gutje, bateria. Já a Legião Urbana era um embrião criado por Renato Russo, baixo, e Marcelo Bonfá, bateria. Na ocasião, compunham o grupo Eduardo Paraná, guitarra, e Paulo Paulista, teclados. Esta formação durou pouquíssimo tempo.  

Ao fim dos shows todos foram convidados à delegacia prestar esclarecimentos sobre as canções “Música Urbana 2” e “Voto em Branco”, as letras traziam versos como “Os PMs armados e as Tropas de Choque vomitam música urbana” ou “Imaginem uma eleição em que ninguém fosse eleito. Já estou vendo a cara do futuro prefeito”, respectivamente. Naturalmente, foram considerados subversivos, já que ainda vivíamos na ditadura militar.

1988 – The Smiths lançavam o álbum ao vivo, Rank. Mais por questões contratuais do que por desejo de lançá-lo, afinal a banda já havia acabado no ano anterior. Aliás, o show registrado neste vinil é de 1986, no National Ballroom

O disco foge dos tradicionais discos ao vivo, pois deixa alguns dos grandes sucessos do grupo de fora, como “There Is a Light That Never Goes Out”, “This Charming Man” e “Heaven Knows I´m Miserable Now”, “How Soon Is Now”, além de “Hand in Glove”, primeiro single da banda. 



Dia 4 de Setembro

1951 – Nasce em Hereford, Inglaterra, Martin Dale Chambers, o baterista Martin Chambers do Pretenders. Chambers é um dos fundadores da banda, tendo deixado o grupo em 1986, alegando ainda não saber lidar com a morte de James Honeyman-Scott, por uso de cocaína, quatro anos antes.

De volta a banda em 1994, Chambers acabou não gravando o álbum Break Up the Concrete, embora tenha feito alguns shows posteriores.    

1970 – Nasce em Belo Horizonte Igor Graziano Cavalera, o baterista, especialmente do Sepultura, Igor Cavalera. Mesmo tendo fundado a banda ao lado do irmão Max, Igor deixou o grupo em 2006, passando a tocar com vários artistas como Rita Lee, Titãs e Lenine. 

Igor e Max formaram o Cavalera Conspiracy, em 2007, e até aqui gravaram quatro discos de estúdio, sendo o último em 2017, Psychosis.



Dia 3 de Setembro

1955 – Bill Halley & His Comets recusaram a realização de uma turnê pela Europa, por conta do medo de voar do próprio Bill Halley. Além do velho continente, caso fosse realizada, a turnê iria se estender até a Austrália.

1973 – Lançado o single “Angie”, dos Rolling Stones. Incluída no álbum Goats Head Soup, do mesmo ano, a canção foi basicamente composta por Keith Richards, mas como todas as composições é creditada a dupla Jagger/Richrads.

Entre tantas lendas do rock esta canção carrega a história de que Jagger a compusera em homenagem a Angela, esposa de David Bowie, que teria pego Bowie e Jagger juntos na cama. 

 

1990 – O Judas Priest lançava seu 12º álbum de estúdio, o Painkiller. Com o disco pronto desde março daquele ano, seu lançamento foi adiado e envolto em discussões por conta de processos referentes ao suicídio de dois rapazes, em Nevada, cinco anos antes. Ao final do julgamento, a banda foi inocentada. 

Este trabalho também marcou a estreia do baterista Scott Travis, em substituição a Dave Holland. Já ao final de sua turnê de divulgação, Rob Halford deixou o grupo, retornando em julho de 2013.  



Dia 2 de Setembro

1960 – Nasce em São Paulo Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho, ou Arnaldo Antunes, escritor, músico, cantor e compositor de longa passagem pelos Titãs e extensa carreira solo. Arnaldo permaneceu por 10 anos nos Titãs, quando sentiu necessidade de dar vazão a seu lado mais poético lançando-se em careira solo muito bem sucedida. Ao lado de Marisa Monte e Carlinhos Brown, criaram Os Tribalhistas, com dois trabalhos gravados.

Arnaldo também atua como escritor, colunista, artista plástico... Enfim, um artista pra lá de versátil. Em sua carreira solo já lançou 11 discos de estúdio e mais quatro trabalhos ao vivo.

1970 – Por meio de um anúncio na Revista Melody Maker, a banda Genesis procurava por um baterista. Ao tomar conhecimento do anúncio Phil Collins se apresentou em busca de uma oportunidade.

1978 – Foi inaugurada a lendária e mítica loja Woodstock Discos.  Inicialmente situada na Rua José Bonifácio e com discos de rock and roll em geral da coleção dos próprios donos. Após uma viagem de seu fundador, Walcir Chalas, a Londres em 1982 no início da efervescência do Heavy Metal, época de lançamentos importantes do Iron Maiden, estreando Bruce Dickson, AC-DC, Scorpions... a loja decidiu dedicar-se especificamente ao gênero. 

Ela se mudou em janeiro de 1985 para a Rua Dr. Falcão, 155, devido a expansão do gênero no Brasil, especialmente com a vinda do Rock in Rio, no mesmo ano. Porém, não é exagero imaginar que parte dos artistas convidados ao Festival tenham vindo justamente por conta da forma como a loja tratou e divulgou o estilo. Tanto assim, que a loja virou selo. Nos anos 1990, a loja recebeu célebres artistas como os Motörhead, Ramones, Deep Purple, Rob Halford, Exciter, Venom. James Hetfield...

  

1993 – O Sepultura lançava seu quinto álbum, o Chaos A.D. Este trabalho foi importante no conceito musical do grupo, que a partir de então passou a explorar o chamado groove metal, incluindo batidas de música brasileira que se evidenciaram ainda mais no disco seguinte, o Roots

A revista Rolling Stones o considerou na 29ª posição como melhor álbum de heavy metal de todos os tempos.

2004 – Falecia na cidade de Los Angeles, EUA, o músico e produtor Tom Capone, vítima de um acidente de motocicleta, voltando da cerimônia de premiação do Grammy. Capone iniciou sua carreira ainda em Brasília, na geração anos 1980. Integrou as bandas Detrito Federal e Peter Perfeito. A partir de 1998, tornou-se diretor artístico da Warner e passou a trabalhar na produção de discos.

Em seu currículo constam trabalhos dos mais variados estilos, desde O Rappa a Milionário & José Rico, de Raimundos a Maria Rita, passando por outros nomes consagrados como Legião Urbana, Marisa Monte, Gilberto Gil, Herbert Vianna...

Tom tinha somente 38 anos.



Dia 1 de Setembro

1979 – Lançado o primeiro trabalho gravado pelo o U2, o EP Three. Composto por três canções, a produção coube a própria banda e Chas de Whalley. Quando de seu lançamento, somente na Irlanda, atingiu a 19ª posição na parada local.

Posteriormente, as canções "Out of Control" e "Stories for Boys" estavam presentes no álbum Boy, que marcou a estreia da banda. Já "Boy–Girl" esteve presente, numa versão ao vivo, no single “I Will Follow”. 


1987 – Lançado o single “Let´s Work”, do segundo álbum solo de Mick Jagger, Primitive Cool. Sem maior repercussão, alcançou uma modesta 31ª posição no Reino Unido. Este disco não fez sombra ao anterior, She´s The Boss.  


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quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O dia de hoje na história do Rock

Dia 31 de Agosto

1955 – O single “Maybellene”, de Chuck Berry, chegava ao primeiro lugar da parada de Rhythm & Blues da Billboard. A canção permaneceu nesta posição por nove semanas, tornando-se assim,  um dos maiores sucessos de Berry.


1987 – Lançado o sétimo álbum de Michael Jackson, BAD. Mal recebido pela crítica, mas bem aceito pelo público, este foi mais um trabalho de Michael no Top 10 dos discos mais vendidos no mundo, tendo estreado em primeiro lugar em 25 países. Este foi o primeiro disco na história a colocar cinco de suas músicas em 1º lugar.



Dia 30 de Agosto

1939 – Nascia em Heswall, Inglaterra, John Robert Parker Ravenscroft, mais conhecido como o lendário disc jokey John Peel. Jornalista, Radialista e produtor musical, Peel foi uma das figuras mais importantes na descoberta de novos talentos da música britânica. Ele era ligado não só em rock e suas variáveis, mas também em reggae, música eletrônica e hip hop. 

Em seus programas de rádio na BBC, lançou vários artistas em início de carreira. Seu lendário Peel Sessions era a consagração das novas bandas e o deleite de ouvintes ávidos por novidades. 

Em 25 de outubro de 2004, Peel teve um ataque cardíaco fulminante, morrendo de forma repentina, quando estava no Peru, na cidade de Cusco. John Peel tinha 65 anos. 


1965 – Lançado o sexto álbum de Bob Dylan, Highway 61 Revisited. Este foi um trabalho importante em sua carreira, pois acenava o flerte com a guitarra elétrica e suas composições foram feitas depois que Dylan estava meio que insatisfeito com suas próprias músicas. A canção que abre este álbum, e seu primeiro single, é “Like a Rolling Stone”, um clássico que a gravadora relutara em lançar por se tratar de uma música longa, absolutamente fora dos padrões. 

Bem, se os executivos da gravadora achavam ruim abrir um disco com uma canção com mais de seis minutos, Dylan não se fez de rogado e resolveu encerrar o mesmo álbum com uma outra de mais de 11 minutos, “Desolation Row”.




Dia 29 de Agosto

1994 – Lançado o álbum de estreia do Oasis, Definitely Maybe. O grupo dos irmãos Gallagher, oriundo de Manchester, chegou causando reboliço com um dos discos de estreia mais bem sucedido da Inglaterra. 

O álbum é recheado de hits como "Supersonic", "Live Forever", "Shakermaker", "Rock 'N' Roll Star", “Up in The Sky”, e “Cigarettes & Alcohol”.



Dia 28 de Agosto

1964 – Logo após tocarem no Forest Hill Tennis, no Queens, The Beatles se encontram com ninguém menos que Bob Dylan no Delmonico Hotel. Lá, o jovem cantor norte-americano apresentou um cigarro de maconha aos Rapazes de Liverpool, que até então, desconheciam o “produto”. Sobretudo Lennon ficou muito impressionado com Dylan, não escondendo sua influência em algumas de suas composições futuras.


1975 – O Aerosmith lançava seu single “Walk This Way”, o terceiro do álbum Toys in The Attic, com "Round and Round” no lado B. Quando de seu lançamento, a música se tornou um dos maiores hits do grupo. Porém, o mais curioso ainda estava por vir. 

Com a chegada dos anos 1980 o Aerosmith enfrentou inúmeros problemas com drogas e álcool e a banda estava falida. Foi então que o grupo de rap americano, Run DMC, fez sua versão de “Walk..”, em 1986. A canção estourou novamente e o Aerosmith voltou à cena.



1989 – O Mötley Crue lançava o single “Dr. Feelgod”, que também é o título de seu quinto álbum. Esta música foi a primeira da banda a entrar no Top 10 americano, além de sexto na parada da Billboard. Uma curiosidade é que uma versão instrumental é apresentada no filme Highlander: The Final Dimension.  



Dia 27 de Agosto

1953 – Nasce em Toronto, Canadá, Alexandar Zivojinovich, o guitarrista e compositor Alex Lifeson da banda Rush. Alex é co-fundador e único membro da primeira formação do grupo. O guitarrista ganhou da fabricante de guitarras Gibson um modelo em sua homenagem, a Gibson Custom Alex Lifeson Signature

Com o Rush, Lifeson gravou 19 álbuns de estúdio, 11 discos ao vivo e mais uma série de singles e compilações. 



1956 – Nasce em Paddington, Inglaterra, Glen Matlock, o primeiro baixista dos Sex Pistols. Matlock co-assinou 10 canções que entraram no primeiro disco dos Pistols, sendo demitido da banda no início das gravações. Uma das versões para sua saída seriam diferenças musicais entre ele e os demais membros do grupo, mas como participou da composição de mais de 80% das músicas é difícil entender estas diferenças. Outra versão sugere que Johnny Rotten queria seu amigo Sid Vicius na banda, pois seu estilo de vida era mais punk que o de Matlock.  

Depois da morte de Vicius, por overdose de heroína em 1979, Matlock retornou a banda. Mesmo fora dos Pistols, Matlock tocou com diveros outros artistas como Iggy Pop, Dammed, Rich Kids... 

Matlock esteve no Brasil no início de 2019, participando de alguns shows do cantor Supla.



1967 – O empresário Brian Epstein foi encontrado morto em sua casa de campo, em Sussex, vítima de overdose de Carbitol, remédio contra insônia. Epstein conheceu The Beatles ainda em Hamburgo e quando se tornou empresário da banda revolucionou o seu visual, apostando numa estética de meninos bem comportados. A fórmula deu muito certo culminando na Beatlemania. 

Epstein tinha apenas 32 anos.


1970 – Lançado o primeiro single do segundo trabalho do Black Sabbath, “Paranoid”, que também deu o nome ao álbum. Com a música “The Wizard” no lado B, o single chegou a 4ª posição na parada Britânica. Seu riff é arrebatador.



1984 – O Scorpions lança o single “Big City Nights”, do álbum Love at First Sting. Do lado B deste single “Bad Boys Running Wild”. Este álbum também traz “Rock You Like a Hurricane”, um dos maiores sucessos do Scorpions. A partir deste lançamento, o Scorpions mudou de patamar.



1990 – Morria, num acidente de helicóptero, o guitarrista e compositor Stevie Ray Vaughan. Ele estava a caminho de Wisconsin, EUA, para uma apresentação no Alpine Valley Music Theater. Vaughan embarcou no mesmo helicóptero que estava parte do staff de Eric Clapton. Com a visibilidade comprometida por uma forte névoa a aeronave acabou colidindo com uma pista de esqui. Não houve sobreviventes. 

Vaughan tinha apenas 35 anos e deixou uma obra composta por quatro álbuns de estúdio, o suficiente para marcar seu nome no cenário do Blues.

1991 – Foi lançado o álbum Ten, o primeiro trabalho da banda Pearl Jam. Com pouco mais de um ano de formação do grupo eles já chegavam ao estúdio para gravá-lo. Mesmo aproveitando, claro, a descoberta do som grunge de Seatle pelo mundo o disco não aconteceu num primeiro momento. Foi necessário praticamente um ano para que o público o ouvisse com a devida atenção. 

A partir daí, Ten emplacou os hits “Alive”, “Even Flow”, “Jeremy” e “Black”, fazendo jus ao grande álbum que é.   


1994 – Ao completar seu 15º ano, o festival finalmente chegava ao Brasil, mas com um patrocinador de peso a ponto de mudar o nome do evento para Philips Monsters of Rock. E foi um festival daqueles com um super line-up. Os shows aconteceram no estádio do Pacaembu, em São Paulo, em um único dia, permanecendo assim até 1998. Durante mais de uma década o festival não ocorreu, retornando somente em 2013 e em 2015. Em ambos, os shows ocorreram em duas noites.

Line Up do Festival em 1994:

Dr. Sin

Angra

Raimundos

Viper

Suicidal Tendencies

Black Sabbath

Slayer

Kiss.


Dia 26 de Agosto

1966 – Nasce em Edimburgo, Escócia, Shirley Ann Mason, a vocalista Shirley Manson da banda Garbage. Manson já havia gravado discos com as bandas Goodbye Mr. Mackenzie e Angelfish, quando foi convidada a integrar o Garbage, que já estava em estúdio gravando seu primeiro álbum. Ela não só entrou para banda como participou de composições não acabadas e imprimiu sua personalidade ao trabalho do grupo, em que gravou outros cinco álbuns. 

Além dos lançamentos anteriores ao Garbage, lançou duo com Serj Tankian, do System of a Down. Shirley também atuou na série Terminator: The Sarah Connor Chronicles.


1966 – A Apple Records, gravadora criada pelos The Beatles, lançava seu primeiro single, “Hey Jude” no lado A e “Revolution” no lado B. Embora creditada a dupla Lennon/McCartney, a canção “Hey Jude” foi composta somente por McCartney, logo após visitar Cynthia e o filho Julian Lennon, pois o casal, Lennon e Cynthia, estava em processo de separação.




Dia 25 de Agosto

1949 – Nasce em Tirat Carmel, Israel, Chaim Weitz, mais conhecido como baixista, compositor e cantor Gene Simmons do Kiss. Co-fundador da banda, ao lado de Paul Stanley, é o único integrante a participar de todos os discos do grupo. Curiosamente, apesar de sua figura demoníaca quando maquiado e seu baixo em forma de machado, Simmons é totalmente careta. Não bebe e nunca se envolveu com drogas. 

Além dos 27 álbuns gravado com o Kiss, Simmons também gravou dois trabalhos solos, além de ter selo próprio, Simmons Record, desenho animado, My Dad the Rock Star, escrito um livro, Kiss and Make-up, e ter tido um reality show, Gene Simmons: Family Jewels

   

1951 – Nasce em Birmingham, Inglaterra, Robert John Arthur Halford, o vocalista Rob Halford do Judas Priest. Um das figuras mais icônicas do mundo do Heavy Metal, Halford, apesar de outros trabalhos, sempre esteve a frente do Judas gravando todos os 20 álbuns do grupo, desde o primeiro em 1974. 

Halford também gravou sete discos solos, além de gravar com as bandas Fight e Two. 

  

1954 – Nasce em Paddigton, Inglaterra, Declan Patrick MacManus, mais conhecido como o músico, compositor e cantor Elvis Costelo. Na estrada desde o início dos anos 1970, gravou seu primeiro álbum em meio onda Punk do final da década, o cultuado My Aim Is True já destacado por este blog. 

Artista conceitual, Costelo já gravou 30 discos de estúdio, além de seis lançamentos ao vivo.

   

1971 – Nasce em Serra do Navio, no Amapá, Brasil, Fernanda Barbosa Takai, mais conhecida como Fernanda Takai a vocalista do Pato Fu. Antes da famosa banda, Fernanda havia participado dos grupos Data Vênia, Fernanda e 3 do Povo e Sustado Por Um Gesto, que posteriormente acabou virando o Pato Fu, gravando seu primeiro álbum em 1993. 

Em sua carreira solo são mais seis trabalhos, incluindo Será Que Você Vai Acreditar?, lançado este ano. Fernanda também fez inúmeras participações em discos de outros artistas, além de parcerias como, por exemplo, Marcelo Bonfá, Pitty, Andy Summers, Roberto Menescal e Samuel Rosa. Em 2001 foi eleita pela Revista Time, como uma das 10 maiores cantoras do mundo.

1985 – Lançado o álbum de estreia da banda Garotos Podres, Mais Podres Que Nunca. Produzido por outro ícone do Punk Brasileiro, Rédson da banda Cólera, o disco foi gravado em apenas 12 horas. 

Já estavam neste disco as clássicas “Papai Noel Filho da Puta”, “Anarkia Oi”, “Vou Fazer Coco” e “Johnny”, que foi proibida pela censura.

1986 – O Ira! lançava o seu segundo, e mais bem sucedido do ponto de vista comercial, álbum de estúdio Vivendo e Não Aprendendo, especialmente com uma canção na abertura da novela das 8, “Flores em Você”. Não bastasse isso, ainda constam deste trabalho “Envelheço na Cidade”, “Dias de Luta”, “Casa de Papel”, “Vitrine Viva” a faixa-título e mais duas versões ao vivo de “Gritos na Multidão” e “Pobre Paulista”, que já haviam sido lançadas em compacto, antes mesmo do primeiro álbum. 

O disco na verdade consolidava a banda que já havia feito um ótimo disco de estreia, o Mudança de Comportamento.

1992 – Era a vez de Eric Clapton lançar o seu Unplugged MTV. Gravado no início daquele ano, este lançamento catapultou de vez a canção “Tears in Heaven”, homenagem a seu filho morto um ano antes e que havia sido lançado na trilha do filme Rush. O álbum dividiu a crítica entre elogios e porrada. 


Dia 24 de Agosto

1968 – Nasce em São Bernardo do Campo Andreas Rudolf Kisser, o guitarrista e compositor Andreas Kisser do Sepultura. Sua primeira aventura musical foi a banda cover Sfinge, do ABC. A partir de 1987 embarcou no Sepultura, compondo a chamada formação clássica, com Paulo Jr. e os irmãos Cavalera, Max e Igor. 

Além de dar continuidade ao trabalho na banda, mesmo após as saídas traumáticas de Max e Igor, Kisser desenvolveu algumas trilhas sonoras para os filmes No Coração dos Deuses, de Geraldo Moraes, e Belini e a Esfinge, de Robertyo Santucci. Em 2009 lançou seu primeiro álbum solo, Hubris I & II.

1981 – The Rolling Stones lançavam o seu 18º álbum de estúdio, Tattoo You. Um disco basicamente composto por sobras de estúdio de trabalhos anteriores, talvez até pela necessidade de, à época, demover Mick Jagger da ideia em dedicar-se somente ao cinema, como deixara escapar entre amigos mais próximos. Jagger já tinha planos para uma parceria nas telas com David Bowie, numa eventual refilmagem de Quanto Mais Quente Melhor

“Star Me Up”, foi o grande hit do álbum, lançado como single um mês antes. Aliás, tanto o single quanto o disco, saíram antes do previsto uma vez que, mesmo sem estar pronto, a turnê mundial já havia sido divulgada, com entradas já esgotadas em todo território americano. Para se ter uma ideia da urgência, até uma canção composta ainda no período de Mick Taylor, que deixou a banda em 1974, a belíssima “Waiting On A Friend” entrou no álbum. Além das duas canções citadas destaque também para "Hang Fire" e “Little T&A”, que conta com Richards no vocal e no baixo.


1981 – Mark David Chapman foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de John Lennon, em 8 de dezembro do ano anterior. Ele acertou quatro tiros nas costas de Lennon quando este chegava em seu apartamento, no edifício Dakota.  Cumprindo a pena em Nova York, Chapman tem tentado sua liberdade condicional, desde os anos 2000, quando a lei lhe permite tal solicitação a cada dois anos. Até aqui, foram 10 pedidos negados.

1983 – Era lançado o primeiro álbum do cantor inglês/brasileiro, Ritchie, Voo de Coração. Sucesso absoluto, o disco traz o mega-hit “Menina Veneno”, que já havia estourado em compacto, “A Vida Tem Destas Coisas”, “Pelo Interfone”, além da faixa-título. Com vendas superiores a 700 mil cópias, o trabalho contava com participação dos parceiros da época da banda Vimana, Lulu Santos e Lobão.  



Dia 23 de Agosto

1946 – Nascia em Middlesex, Inglaterra, Keith John Moon, o lendário baterista Keith Moon do The Who. Na banda desde a gravação do primeiro single Moon era um destruidor de baterias e quartos de hotéis. Extremamente excêntrico, sua maior influência era o Jazz. Consciente de sua contribuição e dinâmica ao som do The Who, Moon era absolutamente avesso a solos de bateria. 

Com a banda, Moon gravou oito álbuns de estúdio, sendo o último Who Are You. Outros trabalhos do baterista incluíram colaborações com Jeff Beck, Jimmy Page, John Lennon... Pra ser ter uma ideia de sua excentricidade, reza a lenda, que em 1967, na comemoração de seus 21 anos, ele jogou o carro, um Lincoln Continental, na piscina de um hotel em Michigan.

Em 7 de setembro de 1978, com apenas 32 anos, Moon foi encontrado morto em seu apartamento, vítima de overdose de sedativos para tratamento à abstinência de álcool.


1961 – Nasce em New Jersey, EUA, Dean Emile DeLeo, o guitarrista Dean DeLeo do Stone Temple Pilots, com quem gravou todos os sete álbuns de estúdio do grupo. Além do STP, também fez parte da Army of Anyone e Talk Show.

1962 – Nasce no Rio de Janeiro Paula Toller Amora, a compositora e cantora Paula Toller do Kid Abelha e também de carreira solo a partir de 2016. No Kid desde sua fundação, Paula gravou todos os discos do grupo, num total de 16 trabalhos, entre estúdio e ao vivo. Em sua carreira solo, até aqui, são quatro álbuns. 

Toller é uma das principais compositoras do Rock Brasil, uma vez que o Kid Abelha é uma fábrica de hits.


1970 – John Cale já havia deixado a banda. Desta vez era Lou Reed quem se despedia do grupo Velvet Underground, exatamente em Manhattan, no famoso Max´s Kansas. O Velvet tinha gravado a pouco o álbum Loaded, lançado no mês seguinte.  Já este show virou o álbum Live at Max's Kansas City, lançado em 1972. Lou também havia gravado os quatro primeiros trabalhos de estúdio do Velvet.  

1978 – Nasce em Nova York, EUA, Julian Fernando Casablancas, o vocalista Julian Casablancas do The Strokes. Co-fundador do conjunto, ao lado do baixista, e amigo de infância, Nikolai Fraiture, eles chegaram fazendo barulho com o excelente álbum Is This It

Em 2009 gravou seu primeiro disco solo, Phrazes For The Young.

1986 – Os Titãs faziam o show de lançamento do álbum Cabeça Dinossauro, no Projeto SP. A questão ali era levar toda a raiva deste trabalho para o palco. E eles se saíram muito bem. O disco que chegou criticando praticamente todas as instituições, família, igreja, polícia e o estado, aliados a um som de muito peso, colocou a banda em um outro patamar no cenário do Rock Brasil. 

A curiosidade desta turnê é que durante a execução da música “Igreja”, cantada pelo baixista Nando Reis, Arnaldo Antunes deixava o palco por discordar de sua letra. Além da estreia, a banda também tocou no dia 24, um domingo.




Dia 22 de Agosto

1917 – Nascia em Mississipi, EUA, o guitarrista e compositor John Lee Hooker. Considerado um dos artistas mais influentes na história do Blues, sua primeira gravação foi realizada em 1948, já alcançando o número 1 da parada norte-americana de R&B, com “Boogie Chillen”. Depois de realizar uma turnê europeia no início dos anos 1960, virou referência de outros grandes guitarristas do Rock and Roll, como Eric Clapton, Keith Richards, Bonnie Ratti, Santana, Steve Ray Vaughan, entre outros. 

Em 2001, aos 83 anos, John Lee Hooker faleceu, enquanto dormia em sua casa, situada em Los Altos, Califórnia, EUA. À época, deixou uma obra superior a 50 álbuns, entre estúdio e ao vivo.

1958 – Nasce em Londres, Inglaterra, Vernon Alphonsus Reid, o guitarrista e compositor do Vernon Reid da banda Living Colour.   Os primeiros esboços do Living Colour datam de 1983. Enquanto isso, em 1984, Reid, ao lado de Bill Frisell, outro guitarrista, e Ronald Shannon Jackson, na bateria, já tocava na banda Smash & Scatteration. No ano seguinte definitivamente concentrou-se no Living Colour, onde se destacou alcançando a 66ª posição, segundo a revista Rolling Stone, entre os maiores guitarristas de rock. Ao lado da banda gravou seis álbuns, além de diversas participações com outros artistas.


1967 – Nascia em Kirkland, EUA, Layne Thomas Staley, o letrista e vocalista Layne Staley do Alice in Chains. Desde 1986 já estava envolvido com música, primeiro como baterista, passando para os vocais numa banda cover do Slayer. A frente do Alice in Chains, chegaram ao primeiro álbum em 1990. Seu envolvimento com as drogas sempre foram sua ruína. Procurou por reabilitação por diversas vezes. 

Em 5 de abril de 2002, Layne sofreu uma overdose de Speedball, mistura de cocaína com heroína. Seu corpo, no entanto, só foi encontrado em 19 de abril depois de duas semanas de sumiço do cantor.

Com apenas 34 anos, Layne, como vocalista do Alice in Chains, deixava uma obra composta por três álbuns de estúdio e um acústico, além de um disco com a banda Mad Season, em 1995.      

1984 – Os Paralamas do Sucesso lançavam seu segundo disco, O Passo do Lui. No primeiro álbum, a gravadora interferiu de forma significativa no trabalho. Como não foi um estouro, propriamente dito, para o segundo o grupo teve mais liberdade. E não é que Os Paralamas do Sucesso arrebentaram? Este segundo disco foi um enorme sucesso, quase um hit-single, tamanha a quantidade de sucessos: “Meu Erro”, “Óculos”, “Romance Ideal”, “Ska”, “Me Liga”, “Mensagem de Amor” e “Assaltaram a Gramática”. Além destas, “Fui Eu”, composta por Herbert Vianna, fez muito sucesso com o grupo feminino Sempre Livre, lideradas por Dulce Quental, o que fez com a versão deles também tocasse nas rádios.

Graças a este disco, conseguiram se apresentar no primeiro Rock in Rio. Pesou para isso a ousadia de seu empresário José Fortes que forçou Roberto Medina, organizador do evento, a escalar da banda. O que, convenhamos, foi ótimo para todo mundo. Naturalmente, a parte provinciana da nossa imprensa preferiu atribuir ao trabalho como apenas uma cópia do The Police. 


 

Dia 21 de Agosto

1952 – Nascia em Broomfield, Inglaterra, John Graham Mellor, ou o músico, compositor e vocalista Joe Strummer, da banda The Clash. Desde a estreia em Shefield, abrindo para os Sex Pistols, Strummer sempre fora um dos pilares do The Clash, presente em todos os seis álbuns de estúdio do grupo. The Clash sempre se destacou por sua capacidade musical em ir além dos três acordes compondo, inclusive, London Calling, considerado um dos álbuns mais importantes do rock por conta de sua variedade de estilos, do Punk ao Ska, passando por Rockabilly, pop...

Outra característica marcante era seu engajamento político. Foi um dos primeiros artistas a se manifestar sobre questões ligadas ao aquecimento global. Strummer também compôs trilhas para cinema, além de ter atuado em alguns filmes.

Em 22 de dezembro de 2002, aos 50 anos, Strummer foi vítima de uma deficiência cardíaca congênita, vindo a falecer em sua casa, em Broomfield, repentinamente.  

1970 – Lançado o primeiro álbum solo de Rita Lee, Build Up. E olha que Rita ainda integrava a banda Os Mutantes, ou seja, já era uma mulher muito à frente de seu tempo. Contando com a parceria do, então namorado, Arnaldo Baptista d´Os Mutantes, e do poeta Élcio Decário, também parceiro de Arnaldo, Rita seguia explorando diversas facetas da música e o trabalho é tão experimental quanto era com sua banda.

Os destaques deste trabalho são “Sucesso, Aqui Vou Eu”, “And I Love Her”, cover dos Beatles com cara de Rita Lee, “Tempo Nublado” e o single “José”, uma versão de Nara Leão para a música Joseph, do cantor Georges Moustaki. Anos mais tarde, a música “Hulla-Hulla” fez parte da coletânea infantil Pra Gente Miúda II, de 1986.

Aliás, seus três primeiros discos ganharam um relançamento com direito a um box, da Universal Music, em 2013.

1977 – Lançamento do álbum auto-intitulado de estreia do Motörhead. A banda até já havia trabalhado em estúdio em 1976, mas o resultado deste trabalho só foi lançado em 1979. Produzido pelo músico Speedy Keen, do Thunderclap Newman, o álbum traz oito faixas com o som que caracterizaria a banda: rock básico e pesado.

Destaque para a faixa-título, “Lost Johnny” e mais “The Watcher”. Ao longo dos anos, Lemmy e o Motörhead se estabeleceram como dos nomes mais íntegros e respeitados do Rock and Roll.  

1989 – Lançamento do álbum duplo Burguesia, o último trabalho de Cazuza, lançado pelo cantor ainda em vida. Extremamente debilitado, inclusive utilizando cadeira-de-rodas e com voz comprometida, Cazuza assinou quase todas as 20 canções do álbum.

Seus eternos parceiros, Roberto Frejat, Ezequiel Neves, Leoni e Lobão se fazem presentes, colaborando com a obra, com boa veia de blues. Destaque para “Quando Eu Estiver Cantando” e “Garota de Bauru”. 

1989 – Falecia o cantor, compositor e ícone do Rock Brasileiro, Raul Seixas. Vítima de uma parada cardíaca, Raul também era diabético e não havia tomado sua insulina na noite anterior. O cantor foi encontrado morto em sua cama, por volta das 8 horas da manhã.

Raul tinha apenas 44 anos e, quando de sua morte, deixou uma obra composta por mais de 30 lançamentos, entre álbuns de estúdio, trabalhos ao vivo e mais compilações.

No dia anterior havia sido lançado o álbum A Panela do Diabo, em parceria com o amigo Marcelo Nova. 



 

Dia 20 de Agosto

1945 – Nasce em Black Country, Inglaterra, Robert Anthony Plant, o letrista e vocalista do Led Zepellin Robert Plant. Ao lado de Jimmy Page, formou uma das maiores duplas de compositores do rock and roll. A banda lançou 10 álbuns de estúdio, Coda já de forma póstuma, e mais três trabalhos ao vivo, sendo os dois últimos também muito tempo depois do fim da banda, em 1994 e 2012.

Em sua carreira solo Plant contempla 11 discos de estúdio, além de uma gravação com Jeff Beck no belíssimo álbum The Honeydrippes Vol. I. Além de sua capacidade como letrista, sua qualidade vocal também sempre se destacou, tornando-o num dos maiores vocalistas de todos os tempos.

1949 – Nascia em West Browmwich, Inglaterra, Philip Parris Lynott, ou o músico e vocalista do Thin Lizzy Phil Lynott. Depois de passar por várias bandas, Lynott fundou o Thin Lizzy e já alcançou o sucesso com “Whisky in the Jar”, firmando na cena britânica. No final da década de 1970 se lançou em carreira solo, publicou livros de poesia e deixou o Thin Lizzy. Em 4 de janeiro de 1986, Lynott faleceu vítima de pneumonia. Ele tinha somente 36 anos e deixou um legado de 17 trabalhos entre discos solos e ao lado do Thin Lizzy.




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