terça-feira, 31 de março de 2020

O dia de hoje na história do Rock


Dia 31 de Março

1949 – A gravadora RCA inovou e revolucionou o mercado fonográfico ao lançar o compacto em 45 R.P.M. O formato popularizou-se imediatamente, já que permitia que os artistas gravassem ao menos uma canção de cada lado, testando assim, seu potencial para um eventual lançamento em LP. Além, é claro, do custo mais barato, já que este formato tinha 7’polegadas.

O primeiro artista a ser gravado neste novo formato foi o cantor de contry music Eddy Arnold com a canção “Texarkana Baby”.

1955 – Nasce em Glasgow, Escócia, Angus Mckinnon Young, o guitarrista e compositor Angus Young do AC-DC. Antes da lendária banda, Angus tocou em outros dois grupos: o Markus Hook Roll Band e o Kantuckee.

Fortemente influenciado por Little Richard, Young desenvolveu seu jeito particular de tocar, sobretudo ao vivo, sempre em trajes de um colegial e energia contagiante. O AC-DC é uma das principais bandas do rock, heavy/hard/blues, de todos os tempos. A frente do grupo já são 16 discos de estúdio e mais quatro álbuns ao vivo.

1967 – Aconteceu no palco do Astoria Theatre, em Londres, a primeira vez em que o guitarrista Jimi Hendrix imortalizou o gesto de atear fogo em sua guitarra. Nessa primeira ocasião Hendrix chegou a queimar as mãos, mas nada grave. 

O guitarrista havia chegado a capital inglesa no anterior e já se tornara destaque na cena, especialmente pela sua forma de tocar o instrumento.  

1964 – Foi promovido pelos militares o Golpe de Estado. Ao afastarem João Goulart da presidência da República, os militares impuseram restrições à liberdade e atentaram contra à democracia. O Regime ditatorial perdurou por mais de duas décadas, chegando ao ápice em 1968, com a promulgação do Ato Institucional número Cinco, o famigerado AI-5. Com ele, mandatos de deputados oposicionistas foram caçados, municípios sofreram intervenção, direitos constitucionais também foram suspensos, a liberdade de impressa e o direito de ir e vir foram cerceados...

O regime durou até março de 1985 quando José Sarney, ocupando o lugar de Tancredo Neves gravemente hospitalizado, assumiu a presidência. 


segunda-feira, 30 de março de 2020

O dia de hoje na história do Rock


Dia 30 de Março

1945 – Nasce em Ripley, Inglaterra, Eric Patrick Clapton, o guitarrista e compositor Eric Clapton. Tido como Deus da Guitarra, Clapton tem uma carreira sólida e com passagens por bandas lendárias como Yardbirds e o Cream, antes de seguir uma consolidada carreira solo no início dos anos 1970, fortemente influenciado pelo Blues, sua grande paixão.  

Clapton também carrega consigo alguns “fantasmas” como, por exemplo, ter “roubado” a mulher, Pattie Boyd, do amigo George Harrison. A demonstração de racismo em meados da década de 70 ao querer limitar a imigração na Inglaterra. Problemas com álcool e drogas, além da trágica perda do filho de quatro anos de idade, morto ao cair da janela de um hotel, em Nova York.

Além de participações em trabalho de outros artistas, como "While My Guitar Gently Weeps" do The White Album dos Beatles, Clapton já gravou mais de 50 discos, entre solo, em grupo, estúdio e ao vivo.

1961 – Nasce no Rio de Janeiro Felipe de Nóbrega Ribeiro, mais conhecido como Bi Ribeiro, baixista dos Paralamas do Sucesso. Ao lado de Hebert Vianna, Bi também morou em Brasília e, quando foram morar no Rio para ingressar na faculdade, comprou um baixo para tocar com o amigo e passar o tempo. Assim surgiu Os Paralamas do Sucesso, sua única banda.

Bi Ribeiro até montou o projeto paralelo Reggae B, com vários integrantes de outras bandas, além de vez ou outra participar em diveros discos de amigos como Legião Urbana, Raimundos e Pedro Luís e a Parede.

Considerado, por muitos, o melhor baixista do Rock Brasil, ao lado dos amigos Hebert e João Barone, nos Paralamas do Suceso, já são 15 álbuns de estúdio, incluindo os dois de língua espanhola, e mais 10 discos ao vivo.

1974 – O Brasil, ainda muito, mas muito timidamente, recebia seu primeiro grande show de rock: Alice Cooper, já em carreira solo. Começando sua turnê por São Paulo, o performático cantor também realizou apresentações na Cidade Maravilhosa.

Bem antes de Medina idealizar o Rock in Rio, Alice Cooper trouxe toda sua grandiosa parafernália para fazer seu show sem restrições. Naturalmente, aconteceram problemas devido a total falta de conhecimento dos organizadores brasileiros. Kid Vinil relembrou “A organização foi muito ruim. Eu quase fui pisoteado quando ele entrou no palco", em depoimento à Folha de S. Paulo.

A partir dali, aos poucos, astros internacionais foram se aventurando por aqui. Assim vieram Van Halen, Peter Frapton, Kiss, Queen, Earth Wind & Fire... Até Roberto Medina colocar o Brasil na rota das grandes turnês.

2000 – Morreu Betinho, do grupo Betinho & Seu Conjunto. Como banda, é a pioneira na gravação de Rock autoral no Brasil, uma vez que Nora Nei gravou sua versão de “Rock Around The Clock”, em 1955. Seu conjunto gravou "Enrolando o Rock", como tema do filme Absolutamente Certo, com Anselmo Duarte e Odete Lara. 

Betinho tinha 82 anos e era filho do compositor Josué de Barros, que descobriu Carmem Miranda. Além de rock, Betinho também gostava de tocar jazz, choro e baião.  



Dia 29 de Março


1959 – Nasce Peretz Bernstein, ou Perry Farrell, ex-Jane´s Addicition e o mentor e criador do Festival Lollapalooza. Antes do Jane´s Farrell integrou a banda Psi, de 1981 a 1985, com quem gravou um EP em seu último ano.

Com o fim do Psi, Farrell conheceu o baixista Eric Avery, com quem começou a fazer algumas Jans Sessions. A eles, juntaram-se o guitarrista Dave Navarro e o baterista Stephen Perkins, formando o Jane´s Addiction. Farrell, entre idas e vindas enquanto vocalista do grupo, participou da gravação  de 10 álbuns.

Além do Psi e Jane´s, Farrel também tocou no Porno for Pyros e Satellite, além de ter lançado dois discos solos. Curiosamente, Farrel criou o Lollapalooza como um show de despedida do Jane´s, em 1991. No entanto, a ideia foi tão bem aceita que tornou-se anual, com interrupção entre os anos 1998 e 2004. No Brasil, o festival acontece regularmente desde 2012.  

  
1975 – Led Zeppelin conseguiu a proeza de ter todos os seus seis álbuns lançados, até então, entre os mais bem colocados nas paradas do Reino Unido. Esta posição foi alcançada com o lançamento do álbum duplo, Physical Graffiti


Dia 28 de Março

1964 – “Can´t Buy Me Love”, dos Beatles, entrou na Parada da Billboard na 28º posição. Na semana seguinte a mesma canção chegou ao topo da lista. Não bastasse essa ascensão, a mais rápida da história desta parada, os Beatles colocaram 14 canções na lista das 100 mais, sendo cinco delas entre as 10 mais, quebrando o recorde de Elvis Presley que já durava sete anos.

Ainda pertence aos Rapazes de Liverpool a liderança em músicas em primeiro lugar nessa parada, num total de 20 canções.

1973 – O Led Zeppelin lançava o álbum House of the Holy, o quinto trabalho do grupo inglês. Este disco teve como maior desafio suceder o Led Zeppelin IV. E eles corresponderam às expectativas com um trabalho em que ousou fazer coisas diferentes, como “No Quarter”, com uso de sintetizadores, “D’yer Mak’er”, com levada reggae, “The Crunge”, mais swingada... O lançamento também marcou seu último trabalho lançado pela gravadora Atlantic Record, uma vez que eles haviam criado a sua própria gravadora, a Swan Song Records.

A partir da turnê deste disco, com duas apresentações gravadas no Madison Square Garden, a banda lançou The Song Remains the Same, filme e álbum duplo e ao vivo.

1994 – O Pink Floy lançava no Reino Unido o seu 14º álbum de estúdio, The Division Bell. Já sem Roger Waters desde o trabalho anterior, o guitarrista David Gilmour e o tecladista Richard Wright afinaram ainda mais a parceria, enquanto que a esposa de Gilmour, Polly Samson, contribuiu em algumas letras. Letras, que ailás, tratam de isolamento e a falta de diálogo. Mal recebido pela crítica, o disco saiu já alcançando a primeira posição, tanto na parada britânica, quanto na americana, lançado poucos dias depois.

Destaques para o hit “Take it Back”, “Lost For Words” e “Coming Back to Life”.   


sexta-feira, 27 de março de 2020

O dia de hoje na história do Rock


O blog, que vem em recesso por não estar encontrando forças pra atualização devido ao atual momento, não poderia deixar passar em branco os 60 anos de Renato Russo. O texto é o mesmo do ano passado, mas quem sabe será a inspiração que faltava pra voltar...


Dia 27 de Março

Renato Russo chega aos 60 anos tão atual como quando começou ainda no início da década de 1980 na seminal banda punk de Brasília, Aborto Elétrico. Suas letras não envelheceram e suas músicas ainda representam muita qualidade. E sua voz? Ahhh, a sua voz... Esta, sem dúvida, continua sendo a melhor do pop rock brasileiro.

Sua outra banda, a Legião Urbana, continua sendo a de maior sucesso do Brasil e, enquanto existiu a EMI-Odeon, era o terceiro artista em vendas de catálogo no mundo, dentro da companhia. E olha que estamos falando da gravadora dos Beatles. 

Renato Russo despejou sua genialidade ao longo de 12 anos de carreira e oito discos de estúdio, com a Legião. Além de dois álbuns solos, como só ele seria capaz de fazer: um disco em inglês, o outro em italiano.  Ambos, de pronúncias impecáveis. Coisa de gênio.

Quase Sem Querer, Renato apontou caminhos. Não para que o seguíssemos como Soldados, já que ele nunca quis ser uma espécie de messias, mas para que pudéssemos pensar por nós mesmos. Não ditava regras, era apenas a referência de tantos Meninos e Meninas. No palco, quando começava A Dança, chegava à Perfeição. Era catarse coletiva, inconsciente, era Música Urbana. Há Tempos não há nada, nem de longe, parecido, se é que já houve um dia. A Química que unia banda e público só pode ser explicado por quem já esteve jogado à arena como Daniel na Cova dos Leões. Estar em um show da Legião Urbana era uma experiência única. Era como escalar uma Montanha Mágica ou subir num Monte Castelo. Superar obstáculos e vencê-los depois de uma Tempestade.

Eu sei que Ainda é Cedo, mas se em algum momento eu escrever meu Livro dos Dias, terei que falar Mais do Mesmo, desenvolver um Teorema que me explica porque é que não consigo ver sentido no que sinto, o que procuro, o que desejo e o que faz parte do meu mundo. Ao final de tudo isso, só posso chegar a uma constatação: nada do que aconteceu foi Tempo Perdido. Ao contrário, teremos coisas bonitas pra contar.

Eu disse que Renato Russo completa 60 anos porque ele está na galeria dos imortais. Sua obra fala por si, além de nos ser recorrente nos momentos felizes e tristes. Faz parte da nossa vida como poucas coisas o fazem. Hoje, Renato Manfredini Júnior é uma estrela na Via Láctea; e quando chegar a noite, cada estrela parecerá uma lágrima. Enquanto isso seguimos e esperamos que um dia nossas vidas possam se encontrar.

Ah Renato!... Se fosse só sentir saudades, mas tem sempre algo mais. É uma dor que dói no peito, sabe? Daquelas feridas que não cicatrizam. Àquelas que volta e meia vem nos causar um desconforto. O que há de errado comigo? Poxa, estamos falando de Rock e no Rock tudo é celebração.  Será?

Sim, hoje é dia de alegria, afinal hoje é seu aniversário e você continua vivo na minha memória afetiva! Aliás, que egoísmo meu, não? Você continua vivo na memória de milhões de legionários e eu sou apenas um destes privilegiados!

Renato, Por Enquanto, daqui segue os meus parabéns amigo!!!

Força Sempre!!!