Dia 29 de Junho
1948 – Nasce em Nottingham, Inglaterra, Ian Anderson Paice, o
baterista Ian Paice do Deep Purple. Paice começou na banda do próprio pai, no
início dos anos 1960 e depois integrou a Georgie & The Rave-Ons. É co-fundador
do Deep Purple e único integrante a participar de todas as formações do grupo,
tendo gravado todos os álbuns de estúdio e os trabalhos ao vivo, que superam as 50
gravações.
Ian Paice também tocou com
Whitesnake e na Gary Moore Band, além de ter lançado quatro trabalhos solos.
1965 – Nasce em Bruxelas, Bélgica, Eduardo Dutra Villa-Lobos, o
guitarrista Dado Villa-Lobos da Legião Urbana. Em sua segunda passagem pela
capital federal foi que se encantou pelo Punk, especialmente, quando viu passar
uma galera pichando o bloco em que morava. Quando foi ver “quem são esses
caras?”, tratava-se dos ´caras´ do Aborto Elétrico.
Entusiasmado com do it your self proposto pelo Punk,
criou o grupo Dado e o Reino Animal,
nome sugerido por Herbert Vianna, mas que durou apenas alguns ensaios. O som da
banda já era mais sofisticado tanto que tinha até um tecladista, Pedro
Thompson, e era instrumental. Compunham o grupo, o eterno companheiro Marcelo
Bonfá, o irmão de vida Dinho Ouro-Preto (Capital Inicial), Loro Jones (Capital
Inicial), além do já citado tecladista.
A bem da verdade, a música, até
então, era só diversão. Uma válvula de escape ao tédio candango. Dado estava decidido a seguir a mesma carreira do pai, Diplomata,
tanto que iria estudar Sociologia na França. Mas por estes caprichos dos
deuses surgiu a chance de tocar na Legião
Urbana, em substituição a Ico Ouro-Preto, em 1983, às vésperas de uma
apresentação importante. Uma vez aceito o convite, não havia mais volta.
Desde o primeiro álbum da Legião,
1985, a banda não parou mais de crescer e, especialmente, nos dois primeiros
discos o ritmo de shows foram intensos. As apresentações foram diminuindo a
cada lançamento, exceção foi a tour de As
Quatro Estações, porém os discos subsequentes continuaram a ter ótimas
vendas, transformando a Legião Urbana na maior banda do país.
Até 1996, quando da morte de
Renato Russo, a banda havia gravado sete álbuns de estúdio e uma compilação de outtakes, ao vivo e de estúdio. De
maneira póstuma foi lançado Uma Outra
Estação, disco com material gravado durante as gravações de A Tempestade ou O Livro Dos Dias. Com o
fim da banda, foram lançados mais cinco trabalhos ao vivo e três compilações. Além do relançamento do primeiro álbum com sobras e versões diferentes da gravação à época.
Fora da Legião, Dado enveredou
pelo mundo das trilhas sonoras. Sua estreia se deu em 2003, com o filme Bufo & Spallanzani (de Flavio
Tambellini), premiado no Festival de
Miami. Daí vieram trilhas para O
Homem do Ano, Pro Dia Nascer Feliz, Malú de Bicicleta, Muitos Homens Num Só e Os Porralokinhas. Fez também a trilha de Mandrake, série produzida pela HBO Brasil. Além disso, fez o
programa Estúdio do Dado, no Canal
Bis.
Em 2005 lançou seu primeiro álbum
solo, Jardim de Cactus. Depois vieram
O Passo do Colapso, 2012, e Exit, de 2017. Em 2016 lançou sua
biografia, Memórias de Um Legionário.
Desde 2018, ao lado de Marcelo
Bonfá, vinha realizando a tour XXX Anos
em celebração aos álbuns Dois e Que País é Este da Legião Urbana.
Dia 28 de Junho
1945 – Nascia em Salvador, Bahia, Raul Santos Seixas, ou
simplesmente o músico, compositor, produtor e cantor Raul Seixas. Sua paixão
pelo rock surgiu a partir de Elvis Presley, de quem foi o primeiro a criar um
fã-clube no Brasil, ainda na adolescência. Ao lado dos Panteras foi para o Rio
de Janeiro e gravou seu primeiro álbum, em 1968, Raulzito e os Panteras. Como a banda não aconteceu, do ponto de
vista comercial, Raul voltou à Bahia.
Por intermédio de Jerry Adrianni,
Raul voltou ao Rio convidado a trabalhar como produtor na CBS Discos. A partir daí começou a se relacionar com vários
artistas que acabam gravando letras suas, como o próprio Jerry Adrianni, Renato
e Seus Blue Caps, Odair José, Ed Wilson... A partir de 1973 teve nova
oportunidade de gravar um álbum, desta vez solo, e assim veio Krig-há, Bandolo!, que já trazia os
sucessos “Metamorfose Ambulante”, “Mosca na Sopa”, “Al Capone” e,
principalmente “Ouro de Tolo”.
No ano seguinte, Raul, ao lado do
amigo Paulo Coelho, foi preso, torturado e exilado para os Estados Unidos. Tudo
por conta da criação da Sociedade
Alternativa, ligada a questões espirituais, baseada em Aleister Crowley,
mas que para a Ditadura Militar, tratava-se de uma organização contrária ao
governo.
Com o sucesso do álbum Gita, Raul tem sua volta praticamente
forçada pelo público. Da parceria com Paulo Coelho, surge o grande sucesso
“Tente Outra Vez”, do álbum Novo Aeon.
Ainda nos anos 1970 Raul continuou a gravar os seus melhores trabalhos. A
década de 1980 começou com o fatídico episódio em Caieiras, SP, em que Raul
estava tão bêbado ao subir ao palco, que os fãs acreditaram ser um impostor e quase
o lincharam. Seu maior sucesso comercial acabou sendo “Carimbador Maluco”, para
um especial da TV Globo. Além de “Cowboy Fora da Lei", do álbum Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!, tema da
novela global Brega & Chique.
Raul se afastou dos palcos ainda
em 1985, retornando somente em 1988, ao lado do amigo, e fã, Marcelo Nova.
Juntos, gravam o álbum A Panela do Diabo,
lançado postumamente, em 22 de agosto de 1989, um dia após sua morte.
A obra de Raul é composta por 17 álbuns de estúdio e mais seis discos ao vivo. Além da capacidade e originalidade Raul era um visionário e já previa o novo coronavírus ao escrever o "Dia em Que a Terra Parou". Simplesmente perffeito a ocasião. Pena que nme todos seguiram as recomendações.
Raul Seixas faleceu em 21 de
agosto de 1989, vítima de parada cardíaca, com apenas 44 anos.
1968 – Nasce em Belo Jardim, Pernambuco, Otto Maximiliano Pereira
de Cordeiro Ferreira, o cantor, compositor, percussionista e produtor, Otto.
Despontou no movimento Mangue Beat,
como integrante do Mundo Livre S/A, banda
pela qual gravou os dois primeiros álbuns.
Desde 1998, quando gravou Samba Pra Burro, seu primeiro trabalho
solo, foram mais sete lançamentos, sendo o último Ottomatopeia, de 2017.
1974 – Nasce em São Paulo Patrícia Marques de Azevedo, a cantora
Patrícia de passagem pelo grupo Trem da Alegria e que, em posterior carreira
solo, tornou-se Patrícia Marx. Junto ao Trem, gravou os três primeiros álbuns
do conjunto.
Extremamente madura, de gosto e
conhecimento musical acima da média, saiu em carreira solo gravando seu
primeiro álbum, Paty, de 1987, que
estourou a música “A Festa do Amor”, incluída na trilha da novela Bambolê.
Sempre inquieta e fora dos
padrões do mainstream ela lançou
outros 13 trabalhos, incluindo um disco ao vivo. Agora, em 2020, Patrícia
homenageou João Gilberto ao lançar o EP João,
acompanhada apenas de umm violão ela gravou cinco canções do rei da
Bossa.
Patrícia sempre trilhou por
trabalhos conceituais.
1712 – Nascia em Genebra, Suíça, o compositor, filósofo, pensador e
escritor Jean-Jacques Rousseau. Seguramente o maior pensador do iluminismo, com
suas teorias refletindo diretamente na Revolução
Francesa. Rousseau também acreditava na educação como base da liberdade,
mas não a educação tradicional, pois, na sua visão, esta corrompia o homem
moldando-lhe à mercê da sociedade.
Suas principais obras são Do Contrato Social, Confissões e Princípios de Direito Político. Rousseau
faleceu aos 66 anos de idade.
Em tempo; Rousseau é um dos pilares que influenciaram o nome artístico Russo, de Renato Manfredini Jr, o Renato Russo.