Dia 30 de Abril
1982 – Morre em Nova York, EUA, o jornalista Lester Bangs, ícone da
crítica musical do rock and roll. Bangs fez carreira nas revistas Rolling Stones e Creem.
Bangs tinha um estilo próprio de
escrita com inúmeras referências, graças à sua bagagem cultural. Suas críticas
eram aguardadas tanto pelos artistas, quanto pelo público, pois ele criou uma
espécie de Selo Lester Bangs de Qualidade.
O filme Quase Famosos, lançado em 2000 e dirigido por Cameron Crowe, traz
um Lester Bangs brilhantemente interpretado por Philip Seymour Hoffman. O jornalista também é citado em algumas
canções, como "It's Not My Place (In The 9 To 5 World)", dos Ramones, e “It's the
End of the World as We Know It (And I Feel Fine)”, do R.E.M.
Além das já citadas Rolling Stones e Creem, Bangs também escreveu para The
Village Voice , Penthouse , Playboy e
New Musical Express.
O jornalista morreu de overdose
dos remédios dextropropoxifeno, diazepam e NyQuil. Bangs tinha apenas 34 anos.
1983 – Falecia em Illinois, EUA, vítima de
insuficiência respiratória, o bluesman Muddy Waters, um dos mais significativos
guitarristas do gênero. Para se ter uma ideia de sua relevância, Waters influenciou gente do calibre de Jimi Hendrix,
Keith Richards, Jimmy Page, Eric Clapton, Angus Young... enfim a lista é
imensa. Aliás, uma de suas canções, Rollin´ Stone, foi a inspiração para o nome da banda de Mick Jagger, Brian Jones e companhia.
Waters é considerado o pai do
blues moderno, do pós-guerra, após sua ida para Chicago em 1943. Com passagem
pela importante gravadora Chess Record,
chegou a gravar com outra lenda do blues, o baixista Willie Dixion. Sua rica
discografia é composta por 13 álbuns de estúdio, nove trabalhos ao vivo e uma
série de compilações.
Muddy Waters tinha 70 anos quando
de seu falecimento.
1991 – O Nivrana deixava o pequeno selo Sub-Bop, pelo qual lançou seu
primeiro álbum Bleach e teria mais dois discos a serem lançados, para assinar com a major Geffen
Records. Foi pela Geffen que saiu o Lp Nivermind
que mudou, definitivamente, a história da banda.
2017 – Morria em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, o gênio
Belchior. Depois de trabalhar como programador de rádio em Sobral, sua terra
natal, em 1962, Belchior se aventurou na capital Fortaleza, onde cursou
Filosofia.
Seu talento já vinha sendo
apresentado em Festivais pelo Nordeste, até quem em 1971 resolveu aportar no
Rio de Janeiro. E logo no primeiro Festival
Universitário que participou, venceu com a canção “Na Hora do Almoço”,
interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles. Já no ano seguinte, Elis Regina
gravou “Mucuripe”, com Fagner. Aliás, um dos maiores sucessos de Elis é
extamente uma canção de Belchior, “Como Nossos Pais”, do álbum Falso Brilhante, em 1976.
Belchior gravou seu primeiro
álbum em 1974, Belchior, e que já
trazia clássicos como “A Palo Seco”, “Todo Sujo de Batom”, a já citada “Na Hora
de Almoço”. A partir daí ele nos brindou com mais de uma dezena de discos
de estúdio, compilações e trabalhos ao vivo.
Belchior é destes talentos
ímpares que o Brasil produz, mas na mesma proporção os ignora. Nunca foi o
preferido da mídia por seu sotaque nordestino, sua voz anasalada e esganiçada. Era o nosso Bob Dylan. Um poeta
de letras absurdamente lindas e precisas.
Aos 70 anos, vítima de um
aneurisma na aorta, Belchior nos deixou. Sua obra, no entanto, estará sempre
com quem teve o privilégio de contemplá-la.
Ótima matéria.
ResponderExcluirFala Gilberto,
ExcluirMuito obrigado amigo!!!
Abs.