segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

O dia de hoje na história do Rock


Dia 24 de fevereiro


1936 – Nasce em São Paulo Sérgio Beneli Campelo, o cantor e compositor Tony Campello. Criado em Taubaté, estudou violão e piano desde cedo e começou tocando em grupos de baile da região, ainda na década de 1950.

Tony assinou contrato com a gravadora Odeon em 1958, quando passou a assinar com seu nome artístico. Então foi lançado um disco com a canção “Forgive me”, de um lado, enquanto do outro, quem cantava era sua irmã Celly Campello, com “Handsome Boy”, ambas as composições eram da dupla Mário Gennari Filho/Celeste Novaes.

Os irmãos viraram febre e ganharam um programa de televisão na TV Record, o Hi-Fi. Enquanto Tony também enveredou pelo cinema, nos filmes Jeca Tatu, de Milton Amaral (1959), e Zé do Periquito, de Mazzaropi (1960), além de um episódio da série de TV Vigilante Rodoviário.

Tony também se tornou produtor de discos dos mais variados artistas, do rock ao sertanejo. Ele produziu sua irmã Celly, Os Incríveis, Carlos Gonzaga, Silvinha, Deny e Dino, além de quase todos os trabalhos  de Sérgio Reis.

São mais de 10 discos gravados desde aquele primeiro compacto de 1959.

1958 – Chuck Berry lançou o single “Sweet Little Sixteen”, em 1958. A canção alcançou o topo das paradas de R & B, da Billboard.

Uma curiosidade foi que em 1963, The Beach Boys lançaram “Surfin´ USA”, sem qualquer referência à música de Berry. Três anos mais tarde, quando do lançamento de The Best of The Beach Boys, enfim deram os devidos créditos a Chuck como co-autor da música, uma vez que ela tem exatamente a mesma melodia.

1975 – O Led Zeppelin lançou o audacioso álbum duplo Physical Graffiti. Este é o sexto disco da rica discografia da lendária banda inglesa e, para muitos (inclusive pra mim), o melhor deles.

Para esta obra-prima, o Zeppelin se utilizou de uma casa de campo em Hampshire, Inglaterra. Inicialmente o disco teria oito faixas, mas estas canções já estavam ocupando três lados de um disco. Assim, eles aproveitaram algumas sobras de discos anteriores e completaram a obra, sendo composta por 15 canções.

Outro destaque do álbum é sua capa, com a faixada de um prédio do bairro de East Village, em Nova York. A edificação possui cinco andares, mas teve um andar retirado para ficar quadrado e mais apropriado ao tamanho da capa, à época, o formato em vinil. As janelas são perfuradas para que surjam as inúmeras figuras do encarte, como o assassino de JFK, Lee Harvey Oswald, Neil Armstrong, Elizabeth Taylor, Kink Kong... Aliás, este mesmo prédio foi utilizado pelos Rolling Stones no clip “Waiting on a Friend”, de seu disco Tatto You.

1932 – Ficou assegurado o direito ao voto feminino. Depois de muita luta e campanhas, essa conquista ainda não era plena, uma vez que somente mulheres casadas, com autorização do cônjuge, bem como viúvas e solteiras com renda própria, podiam exercer tal direito. Somente a partir de 1946 este direito foi estendido a todas as mulheres, inclusive, tornando-se uma obrigatoriedade.

Vale ressaltar que a potiguar Celina Guimarães Viana já havia votado nas eleições de 5 de abril em 1928, após pleitear junto ao cartório de Mossoró a permissão para votar.

1955 – Nascia em Los Altos, Califórnia, EUA, Steve Paul Jobs, o magnata Steve Jobs. Fundador da Apple, ainda aos 20 anos, e que em 10 anos já contava com 10 mil funcionários. Curiosamente, ele foi demitido da própria empresa.

Assim criou a NeXT e PIXAR, em conjunto com a Disney. A parceria rendeu inúmeros sucessos e a Apple comprou a Next, trazendo Jobs novamente à empresa. Porém a companhia não ia bem financeiramente até que Jobs, em 1998, lançou o iMac e começou a reerguer a empresa.

A partir daí, a Apple passou a explorar não só a informática, mas a telecomunicação como um todo. Então criaram o iPhone, o iPod e o iPad. Vítima de um câncer, descoberto em 2004, Jobs morreu em 5 de outubro de 2011, com 56 anos.




Dia 23 de fevereiro

1938 – Nascia no Rio de Janeiro Wilson Simonal de Castro, ou simplesmente Wilson Simonal. Em 1960, juntou-se ao seu irmão Zé Roberto e aos amigos Marcos Moran, Edson Bastos e Zé Ary, para formar o Dry Boys que durou cerca de um ano, até a apresentação no programa Clube do Rock, de Carlos Imperial. A banda não foi aceita por nenhuma gravadora, mas Imperial gostou muito de Simonal e o contratou como secretário, assim como fizera com Erasmo Carlos.

Em dezembro de 1961 Simonal gravou seu primeiro compacto, “Terezinha”, pela Odeon. Nos anos seguintes lançou mais três compactos que, com boa repercussão, acabou culminando no LP, Algo Mais. Com um disco gravado e mais suas atuações na boate Top Club a dupla Miele & Boscoli o contratou para apresentações no famoso Beco das Garrafas, uma travessa sem saída em Copacabana com inúmeros bares boêmios.

Simonal também fez grande sucesso nos Festivais de música que eram realizados pelas TVs brasileiras. Virou garoto propaganda da Shell, excursionou pela Europa, apresentou programas de TV, além de lotar ginásios em suas apresentações. Ao longo de sua carreira, lançou mais de 60 discos, entre compactos e LPs. Seus maiores sucessos foram “Nem Vem Que Não Tem”, “Mamãe Passou Açúcar em Mim”, “Balanço Zona Sul”, “Pais Tropical”, “Vesti Azul”, “Sá Marina”...  

No entanto, a partir da década de 70, pesou contra a história de Simonal seu suposto envolvimento com a ditadura militar, sobretudo o DOPS (Departamento de Ordem e Política Social), num episódio que envolveu seu contador Raphael Viviane, que chegou a ser torturado. Tido como delator, o cantor passou a ser mal visto na cena MPB.

Em 2002, a família de Simonal solicitou abertura de processo junto a Comissão de Direitos Humanos da OAB, para que fossem apurados os fatos da ocasião. Após consultar arquivos e outros artistas contemporâneos, a Comissão decidiu que o cantor não tinha relação com o DOPS, restabelecendo-o moralmente.

Em 5 de setembro de 2012, o Jornal do Brasil publicou matéria revelando documentos secretos do regime militar no qual constavam nomes de artistas simpatizantes ao regime, dentre eles, segundo a reportagem, estava o de Wilson Simonal.

Não há dúvidas de que Wilson Simonal foi um artista acima da média, era de uma técnica vocal apuradíssima, mesmo com estas controversas questões junto ao regime militar que, obviamente, interferiram em sua carreira. Então vale a pena conferir o documentário Simonal – Ninguém Sabe o Duro Que Eu Dei, de Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal, lançado em 2009, ou mesmo a cinebiografia Simonal, de Leonardo Domingues, lançado em 2019, e tirarem suas próprias conclusões. 

Wilson Simonal faleceu em 25 de junho de 2000, aos 62 anos, vítima de cirrose hepática.

1944 – Nascia em Beaumont no Texas, EUA, John Dawson Winter III, ou o guitarrista Johnny Winter. O músico começou cedo e já aos 15 anos formou uma banda com seu irmão, Edgar Winter, de apenas 12 anos.

A partir dos anos 1960 foi para Chicago se aprimorar e conhecer a cena do blues local. Em 1968 passou a tocar com Tommy Shannon, no baixo, e Uncle John Turner, na bateria, formando a banda com seu próprio nome. A revista Rolling Stones fez uma matéria favorável sobre o novo grupo, o que lhes rendeu a gravação de um álbum no final do mesmo ano, culminando na participação no Festival de Woodstock.

Sua carreira deslanchou definitivamente nos anos 1970, inclusive, realizando o sonho de trabalhar com ninguém menos que Muddy Waters. Winter trabalhou de forma ininterrupta até o ano de sua morte, em 2014. O guitarrista faleceu em 16 de julho de 2014, em Zurique, porém o álbum Step Back já estava concluído. O disco contou com participações de Eric Clapton, Joe Perry, Brian Setzer, Billy Gibbons, entre outros. Sua discografia é composta por quase 40 discos, entre estúdio, ao vivo e compilações.

1959 – Foi lançado, de forma póstuma, o single “It Doesn´t Matter Anymore”, de Buddy Holly. Composta por Paul Anka, o compacto chegou a primeira posição no Reino Unido e em 13º nos EUA. Holly havia falecido em 3 de fevereiro daquele mesmo ano em trágico acidente de avião.

1986 – Foi exibido pela TV Globo o último programa Mixto Quente. Idealizado por Nelson Motta, a ideia era explorar o crescente Rock Brasil, num clima de Rock in Rio, festival realizado no começo do ano anterior, tanto que as gravações aconteceram ao ar livre nas praias da Macumba e do Pepino. O grande barato era a descontração dos artistas que sempre tocavam ao vivo, num palco montado no formato de uma asa-delta.

Passaram pelo palco do programa artistas como Angela Ro Ro, Barão Vermelho, Camisa de Vênus, Capital Inicial, Cazuza, Celso Blues Boy, Cólera, Detrito Federal, Escola de Escândalo, Ira!, Kid Abelha, Kiko Zambianchi, Marina, Legião Urbana, Léo Jaime, Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, Plebe Rude, Raul Seixas e Paulo Coelho, Rita Lee, Ritchie, Tokyo, além de Jorge Bem, Tim Maia, Neguinho da Beija-Flor, Vinicius Cantuária, entre outros.

O Mixto Quente foi ao ar pela primeira vez em 5 de janeiro de 1985, totalizando oito edições exibidas nas tardes de domingo.




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