Dia 24 de fevereiro
1936 – Nasce em São Paulo Sérgio Beneli Campelo, o cantor e
compositor Tony Campello. Criado em Taubaté, estudou violão e piano desde cedo
e começou tocando em grupos de baile da região, ainda na década de 1950.
Tony assinou contrato com a
gravadora Odeon em 1958, quando passou a assinar com seu nome artístico. Então
foi lançado um disco com a canção “Forgive me”, de um lado, enquanto do outro, quem
cantava era sua irmã Celly Campello, com “Handsome Boy”, ambas as composições eram
da dupla Mário Gennari Filho/Celeste Novaes.
Os irmãos viraram febre e
ganharam um programa de televisão na TV Record,
o Hi-Fi. Enquanto Tony também enveredou
pelo cinema, nos filmes Jeca Tatu, de
Milton Amaral (1959), e Zé do Periquito,
de Mazzaropi (1960), além de um episódio da série de TV Vigilante Rodoviário.
Tony também se tornou produtor de
discos dos mais variados artistas, do rock ao sertanejo. Ele produziu sua irmã
Celly, Os Incríveis, Carlos Gonzaga, Silvinha, Deny e Dino, além de quase todos
os trabalhos de Sérgio Reis.
São mais de 10 discos gravados
desde aquele primeiro compacto de 1959.
1958 – Chuck Berry lançou o single “Sweet
Little Sixteen”, em 1958. A canção alcançou o topo das paradas de R
& B, da Billboard.
Uma curiosidade foi que em 1963,
The Beach Boys lançaram “Surfin´ USA”, sem qualquer referência à música de Berry. Três anos mais tarde, quando do lançamento de The Best of The Beach Boys, enfim deram os devidos créditos a Chuck
como co-autor da música, uma vez que ela tem exatamente a mesma melodia.
1975 – O Led Zeppelin lançou o audacioso álbum duplo Physical Graffiti. Este é o sexto disco
da rica discografia da lendária banda inglesa e, para muitos (inclusive pra mim), o melhor deles.
Para esta obra-prima, o Zeppelin
se utilizou de uma casa de campo em Hampshire, Inglaterra. Inicialmente o disco
teria oito faixas, mas estas canções já estavam ocupando três lados de um disco.
Assim, eles aproveitaram algumas sobras de discos anteriores e completaram a obra,
sendo composta por 15 canções.
Outro destaque do álbum é sua
capa, com a faixada de um prédio do bairro de East Village, em Nova York. A
edificação possui cinco andares, mas teve um andar retirado para ficar quadrado
e mais apropriado ao tamanho da capa, à época, o formato em vinil. As janelas
são perfuradas para que surjam as inúmeras figuras do encarte, como o assassino
de JFK, Lee Harvey Oswald, Neil Armstrong, Elizabeth Taylor, Kink Kong... Aliás,
este mesmo prédio foi utilizado pelos Rolling Stones no clip “Waiting on a
Friend”, de seu disco Tatto You.
1932 – Ficou assegurado o direito ao voto feminino. Depois de muita
luta e campanhas, essa conquista ainda não era plena, uma vez que somente
mulheres casadas, com autorização do cônjuge, bem como viúvas e solteiras com
renda própria, podiam exercer tal direito. Somente a partir de 1946 este
direito foi estendido a todas as mulheres, inclusive, tornando-se uma
obrigatoriedade.
Vale ressaltar que a potiguar
Celina Guimarães Viana já havia votado nas eleições de 5 de abril em 1928, após
pleitear junto ao cartório de Mossoró a permissão para votar.
1955 – Nascia em Los Altos, Califórnia,
EUA, Steve Paul Jobs, o magnata Steve Jobs. Fundador da Apple, ainda aos 20 anos, e que em 10 anos já contava com 10 mil
funcionários. Curiosamente, ele foi demitido da própria empresa.
Assim criou a NeXT e PIXAR, em
conjunto com a Disney. A parceria rendeu inúmeros sucessos e a Apple comprou a
Next, trazendo Jobs novamente à empresa. Porém a companhia não ia bem
financeiramente até que Jobs, em 1998, lançou o iMac e começou a reerguer a
empresa.
A partir daí, a Apple passou a
explorar não só a informática, mas a telecomunicação como um todo. Então
criaram o iPhone, o iPod e o iPad. Vítima de um câncer, descoberto em 2004, Jobs morreu em 5 de
outubro de 2011, com 56 anos.
Dia 23 de fevereiro
1938 – Nascia no Rio de Janeiro Wilson Simonal de Castro, ou
simplesmente Wilson Simonal. Em 1960, juntou-se ao seu irmão Zé Roberto e aos
amigos Marcos Moran, Edson Bastos e Zé Ary, para formar o Dry Boys que durou cerca de um ano, até a apresentação no programa Clube do Rock, de Carlos Imperial. A
banda não foi aceita por nenhuma gravadora, mas Imperial gostou muito de
Simonal e o contratou como secretário, assim como fizera com Erasmo Carlos.
Em dezembro de 1961 Simonal gravou
seu primeiro compacto, “Terezinha”, pela Odeon. Nos anos seguintes lançou mais três
compactos que, com boa repercussão, acabou culminando no LP, Algo Mais. Com um disco gravado e mais suas
atuações na boate Top Club a dupla
Miele & Boscoli o contratou para apresentações no famoso Beco das Garrafas, uma travessa sem
saída em Copacabana com inúmeros bares boêmios.
Simonal também fez grande sucesso
nos Festivais de música que eram realizados pelas TVs brasileiras. Virou garoto
propaganda da Shell, excursionou pela Europa, apresentou programas de TV, além
de lotar ginásios em suas apresentações. Ao longo de sua carreira, lançou mais
de 60 discos, entre compactos e LPs. Seus maiores sucessos foram “Nem Vem Que
Não Tem”, “Mamãe Passou Açúcar em Mim”, “Balanço Zona Sul”, “Pais Tropical”, “Vesti
Azul”, “Sá Marina”...
No entanto, a partir da década de
70, pesou contra a história de Simonal seu suposto envolvimento com a ditadura
militar, sobretudo o DOPS (Departamento
de Ordem e Política Social), num episódio que envolveu seu contador Raphael
Viviane, que chegou a ser torturado. Tido como delator, o cantor passou a ser
mal visto na cena MPB.
Em 2002, a família de Simonal
solicitou abertura de processo junto a Comissão
de Direitos Humanos da OAB, para que fossem apurados os fatos da ocasião.
Após consultar arquivos e outros artistas contemporâneos, a Comissão decidiu que o cantor não tinha relação com o DOPS,
restabelecendo-o moralmente.
Em 5 de setembro de 2012, o Jornal do Brasil publicou matéria
revelando documentos secretos do regime militar no qual constavam nomes de
artistas simpatizantes ao regime, dentre eles, segundo a reportagem, estava o
de Wilson Simonal.
Não há dúvidas de que Wilson
Simonal foi um artista acima da média, era de uma técnica vocal apuradíssima, mesmo
com estas controversas questões junto ao regime militar que, obviamente, interferiram
em sua carreira. Então vale a pena conferir o documentário Simonal – Ninguém
Sabe o Duro Que Eu Dei, de Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito
Leal, lançado em 2009, ou mesmo a cinebiografia Simonal, de Leonardo Domingues, lançado em 2019, e tirarem suas
próprias conclusões.
Wilson Simonal faleceu em 25 de
junho de 2000, aos 62 anos, vítima de cirrose hepática.
1944 – Nascia em Beaumont no Texas, EUA, John Dawson Winter III, ou
o guitarrista Johnny Winter. O músico começou cedo e já aos 15 anos formou uma
banda com seu irmão, Edgar Winter, de apenas 12 anos.
A partir dos anos 1960 foi para
Chicago se aprimorar e conhecer a cena do blues local. Em 1968 passou a tocar
com Tommy Shannon, no baixo, e Uncle John Turner, na bateria, formando a banda
com seu próprio nome. A revista Rolling
Stones fez uma matéria favorável sobre o novo grupo, o que lhes rendeu a
gravação de um álbum no final do mesmo ano, culminando na participação no Festival de Woodstock.
Sua carreira deslanchou
definitivamente nos anos 1970, inclusive, realizando o sonho de trabalhar com
ninguém menos que Muddy Waters. Winter trabalhou de forma ininterrupta até o
ano de sua morte, em 2014. O guitarrista faleceu em 16 de julho de 2014, em
Zurique, porém o álbum Step Back já
estava concluído. O disco contou com participações de Eric Clapton, Joe Perry,
Brian Setzer, Billy Gibbons, entre outros. Sua discografia é composta por quase
40 discos, entre estúdio, ao vivo e compilações.
1959 – Foi lançado, de forma póstuma, o single “It Doesn´t Matter
Anymore”, de Buddy Holly. Composta por Paul Anka, o compacto chegou a primeira
posição no Reino Unido e em 13º nos EUA. Holly havia falecido em 3 de fevereiro
daquele mesmo ano em trágico acidente de avião.
1986 – Foi exibido pela TV Globo o último programa Mixto Quente. Idealizado por Nelson Motta,
a ideia era explorar o crescente Rock Brasil, num clima de Rock in Rio, festival realizado no começo do ano anterior, tanto que
as gravações aconteceram ao ar livre nas praias da Macumba e do Pepino. O
grande barato era a descontração dos artistas que sempre tocavam ao vivo, num
palco montado no formato de uma asa-delta.
Passaram pelo palco do programa
artistas como Angela Ro Ro, Barão Vermelho, Camisa de Vênus, Capital Inicial, Cazuza,
Celso Blues Boy, Cólera, Detrito Federal, Escola de Escândalo, Ira!, Kid
Abelha, Kiko Zambianchi, Marina, Legião Urbana, Léo Jaime, Lulu Santos, Paralamas
do Sucesso, Plebe Rude, Raul Seixas e Paulo Coelho, Rita Lee, Ritchie, Tokyo,
além de Jorge Bem, Tim Maia, Neguinho da Beija-Flor, Vinicius Cantuária, entre
outros.
O Mixto Quente foi ao ar pela primeira vez em 5 de janeiro de 1985,
totalizando oito edições exibidas nas tardes de domingo.
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