segunda-feira, 8 de abril de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 7 de Abril

1915 – Nascia na Filadélfia, EUA, Eleanora Fagan Gough, simplesmente Billie Holiday. A menina que chegou a fazer faxina em prostíbulo, tornou-se uma das maiores cantoras de jazz de todos os tempos. Sua carreira começou quando, num bar, não agradou como dançarina, mas questionada se sabia cantar, disse que era seu grande sonho. Cantou e encantou os presentes, tomando um caminho sem volta.

Profissionalmente foi descoberta por John Hammond, o mesmo que descobriu, entre outros, Bob Dylan, que a levou a gravar seu primeiro trabalho em 1933. A negra Billie Holiday, brilhou profissionalmente num período de racismo intenso nos Estados Unidos, justamente a década de 1930.

A partir dos anos 1940, Billie Holiday passou a conviver mais intensamente com a depressão que sempre a acompanhou por conta de sua difícil infância com histórico, inclusive, de abusos sexuais. Entregou-se ao alcoolismo e drogas, sofrendo sérios problemas em seus relacionamentos amorosos. Acabou presa por porte de heroína, em 1947...

Enfim, uma vida com tantos percalços refletia em sua voz intensa e marcante. Billie Holiday morreu com apenas 44 anos, em 17 de julho de 1956, no Hospital Metropolitana, em Nova York.


1989 – O Sepultura lança o álbum Beneath the Remains, o terceiro trabalho do grupo mineiro, e o primeiro pela gravadora Roadrunner Records, já  com vistas ao mercado internacional, depois do relativo sucesso de Schizophrenia.

Produzido por Scott Burns, velho conhecido do metal extremo, a gravação foi realizada no estúdio Nas Nuvens, de propriedade de Liminha. O resultado foi muito positivo, tanto que o disco chegou a marca de 800 mil cópias vendidas, mudando o Sepultura de patamar. Consolidando assim a impressão causada pelo seu álbum antecessor.

1990 – A Legião Urbana começava, pela cidade de Uberaba (MG), a sua mais bem sucedida turnê, As Quatro Estações. Com cerca de 30 apresentações, a banda, que estava desfalcada de um baixista por conta da saída de Renato Rocha, pela primeira vez foi composta com os chamados músicos de apoio. Juntaram-se à Legião Fred Nascimento (violão), Bruno Araújo (baixo) e Mu (teclados).

Ao longo daquele ano o disco As Quatro Estações seguiu tomando conta das rádios, chegando a emplacar cinco canções entre as mais tocadas, simultaneamente, “Há Tempos”, “Pais e Filhos”, “Quando o Sol Bater Na Janela do Teu Quarto”, “Monte Castelo” e “Meninos e Meninas”. 

Com tamanha repercussão do álbum, as apresentações no Rio de Janeiro e São Paulo foram ousadas. Na cidade maravilhosa o local escolhido foi o Jockey Club, na Gávea, numa apresentação para 50 mil pessoas. Se houvesse mais ingressos, seriam vendidos. Por estes caprichos dos deuses, quis o destino que a apresentação, marcada para 7 de julho, coincidisse com o mesmo dia da morte do Cazuza, que naturalmente foi homenageado por Renato Russo de uma forma bem peculiar.

Um mês depois a turnê chegou em Sampa, com dois shows no antigo estádio Palestra Itália. Com duas apresentações para cerca de 100 mil pessoas, a despeito de uma carga absurda de ingressos falsos, somando-se as duas noites.

Aproveitando esta passagem por São Paulo a MTV, que seria inaugurada dali a dois meses, gravou suas primeiras reportagens entrevistando público e banda. Já a Legião Urbana gravou os dois shows, aproveitando-os tanto no lançamento do álbum Música P/ Acampamento, de 1992, quanto no lançamento póstumo, As Quatro Estações Ao Vivo, de 2004.

A turnê foi encerrada com um show no estádio Ítalo Del Cima, em Campo Grande/RJ.


Dia 6 de Abril


1966 – Por obra do acaso, no meio de um congestionamento, Neil Young e Stephen Stills, que já eram amigos, encontraram Richard Furay e Bruce Palmer, surgindo a ideia de criar a banda Buffalo Springfield. De carreira curta, apenas três álbuns, mas de fundamental importância no desenvolvimento do Folk-Rock, o Buffalo estourou, no mesmo ano, já com o single “For What It´s Worth”, anti-bélico e hino hippie.

Após o término do grupo, em 1968, Neil Young saiu em carreira solo, enquanto Stills formou o Crosby, Stills & Nash. Já Furay entrou para o Poco. Após dois álbuns solos, Young juntou-se a Crosby, Stills, Nash & Young.

1966 – The Beatles iniciam a gravação do álbum Revolver, o sétimo disco da banda. Este foi um trabalho mais elaborado, com a absorção de outros instrumentos como as cordas de “Eleanor Rigby”, e as cítaras de “Love You To” e “Tomorrow Never Knows”.

O álbum revela um lado mais psicodélico dos Rapazes de Liverpool, especialmente influenciados por John Lennon e George Harrison, com viagens à Índia e o fascínio ao conceito oriental de vida. Além do uso de LSD, exceto por parte de Paul McCartney.

1968 – Syd Barret deixa o Pink Floyd. Segundo relatos, Barret extrapolara no uso de alucinógenos, especialmente o LSD. Tal excesso teria, inclusive, acarretado em esquizofrenia e demência, comprometendo seu desempenho junto a banda.

Posterior à sua saída do Floyd gravou dois álbuns solos, The Madcap Laughs, 1969, e Barret, 1970. Syd também se aventurou pelas artes plásticas, especialmente nas pinturas, quando trabalhou até próximo à sua morte, em 2006.

Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/3Z2Wnx7YTzHwv3jbVsFh3f?si=iAipw_ohTTKyoyANGYxQhg 





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