sexta-feira, 29 de março de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 29 de Março

1959 – Nasce Peretz Bernstein, ou Perry Farrell, ex-Jane´s Addicition e o mentor e criador do Festival Lollapalooza. Antes do Jane´s Farrell integrou a banda Psi, de 1981 a 1985, com quem gravou um EP em seu último ano.

Com o fim do Psi, Farrell conheceu o baixista Eric Avery, com quem começou a fazer algumas Jans Sessions. A eles, juntaram-se o guitarrista Dave Navarro e o baterista Stephen Perkins, formando o Jane´s Addiction. Farrell, entre idas e vindas enquanto vocalista do grupo, participou da gravação  de 10 álbuns.

Além do Psi e Jane´s, Farrel também tocou no Porno for Pyros e Satellite, além de ter gravado dois discos solos.

Curiosamente, Farrel criou o Lollapalooza como um show de despedida do Jane´s, em 1991. No entanto, a ideia foi tão bem aceita que tornou-se anual, com interrupção entre os anos 1998 e 2004. No Brasil, o festival acontece regularmente desde 2012.  
    
1975 – Led Zeppelin consegue a proeza de ter todos os seus seis álbuns lançados, até então, entre os mais bem colocados, simultaneamente, nas paradas do Reino Unido. Esta posição foi alcançada com o lançamento do álbum duplo, Physical Graffiti.

Outra marca importante do grupo perdurou por 36 anos. A banda detinha, ao lado do ABBA, o recorde de lançamentos como o número 1 das paradas, de forma consecutiva, até o seu oitavo trabalho, quando o rapper Eminem os superou ano passado.


quinta-feira, 28 de março de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 28 de Março

1964 – “Can´t Buy Me Love”, dos Beatles, entrou na parada da Billboard na 28º posição. Na semana seguinte a mesma canção chegou ao topo da lista. Não bastasse essa ascensão, a mais rápida da história desta parada, os Beatles colocaram 14 canções na lista das 100 mais, sendo cinco delas entre as 10 mais, quebrando o recorde de Elvis Presley que já durava sete anos.

Ainda pertence aos Rapazes de Liverpool a liderança em músicas em primeiro lugar nessa parada, num total de 20 canções.

1973 – O Led Zeppelin lança o álbum House of the Holly, o quinto trabalho do grupo inglês. Este disco teve como maior desafio suceder o Led Zeppelin IV. E eles corresponderam às expectativas com um trabalho em que ousou fazer coisas diferentes, como “No Quarter”, com uso de sintetizadores, “D’yer Mak’er”, com levada reggae, “The Crunge”, mais swingada... O lançamento também marcou seu último trabalho lançado pela gravadora Atlantic Record, uma vez que eles haviam criado a sua própria gravadora, a Swan Song Records.

A partir da turnê deste disco, com duas apresentações gravadas no Madison Square Garden, a banda lançou The Song Remains the Same, filme e álbum duplo e ao vivo.

Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/5j3tK0pgqM6E1WehHcUbDe?si=loQLH9YhQ4S-YQpAxi--wQ

quarta-feira, 27 de março de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 27 de Março

Renato Russo chega aos 59 anos tão atual como quando começou ainda no início da década de 1980 na seminal banda punk, Aborto Elétrico. Suas letras não envelheceram e suas músicas ainda representam muita qualidade. E sua voz? Ahhh, a sua voz... Esta, sem dúvida, continua sendo a melhor do pop rock brasileiro.

Sua outra banda continua sendo a de maior sucesso do Brasil e, enquanto existiu a EMI-Odeon, era o terceiro artista em vendas de catálogo no mundo, dentro da companhia. E olha que estamos falando da gravadora dos Beatles.

Renato Russo despejou sua genialidade ao longo de 12 anos de carreira e oito discos de estúdio, com a Legião Urbana. Além de dois álbuns solos, como só ele seria capaz de fazer: um disco em inglês, o outro em italiano.  Ambos, de pronúncias impecáveis. Coisa de gênio.

Quase Sem Querer, Renato apontou caminhos. Não para que o seguíssemos como Soldados, já que ele nunca quis ser uma espécie de messias, mas para que pudéssemos pensar por nós mesmos. Não ditava regras, era apenas a referência de tantos Meninos e Meninas. No palco, quando começava A Dança, chegava à Perfeição. Era catarse coletiva, inconsciente, era Música Urbana. Há Tempos não há nada, nem de longe, parecido, se é que já houve um dia. A Química que unia banda e público só pode ser explicado por quem já esteve jogado à arena como Daniel na Cova dos Leões. Estar em um show da Legião Urbana era uma experiência única. Era como escalar uma Montanha Mágica ou subir num Monte Castelo. Superar obstáculos e vencer depois de uma Tempestade.

Eu sei que Ainda é Cedo, mas se em algum momento eu escrever meu Livro dos Dias, terei que falar Mais do Mesmo, desenvolver um Teorema que me explica porque é que não consigo ver sentido no que sinto, o que procuro, o que desejo e o que faz parte do meu mundo. Ao final de tudo isso, só posso chegar a uma constatação: nada do que aconteceu foi Tempo Perdido. Ao contrário, teremos coisas bonitas pra contar.

Eu disse que Renato Russo completa 59 anos porque ele está na galeria dos imortais. Sua obra fala por si e nos é recorrente nos momentos felizes e tristes. Faz parte da nossa vida como poucas coisas o fazem. Hoje, Renato Manfredini Júnior é uma estrela na Via Láctea; e quando chegar a noite, cada estrela parecerá uma lágrima. Enquanto isso seguimos e esperamos que um dia nossas vidas possam se encontrar.

Ah, Renato. Se fosse só sentir saudades, mas tem sempre algo mais. É uma dor que dói no peito, sabe? Daquelas feridas que não cicatrizam. Àquelas que volta e meia vem nos causar um desconforto. O que há de errado comigo? Poxa, estamos falando de Rock e no Rock tudo é celebração.  Será?

Sim, hoje é dia de alegria, afinal hoje é seu aniversário e você continua vivo na minha memória afetiva! Aliás, que egoísmo meu, não? Você continua vivo na memória de milhões de legionários e eu sou apenas um destes privilegiados!

Renato, Por Enquanto, daqui segue meus parabéns amigo!!!
Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/3aCb9xCUznOddZvvkd6Shu?si=bPpuKb9bS8iGqqVRiMAKSQ


O dia de hoje na história do Rock


Dia 26 de Março


1948 – Nasce em Nova York, EUA, Steven Victor Tallarico, ou o vocalista Steven Tayler, do Aerosmith. Antes de conhecer Joe Perry, guitarrista do Aerosmith, Tyler tocou com The Strangers que depois virou Chain Reaction, chegando a gravar quatro singles pela CBS.

Como Joe Perry e Tom Hamilton (baixista) já tinham em mente a formação de uma banda, Tyler se colocou como vocalista, já que anteriormente se aventurara pela na batera e na guitarra. Assim, convidou os amigos Joey Kramer (bateria) e Ray Tabano (guitarra), logo substituído por Brad Whitford. Com esta formação gravaram seus primeiros álbuns em 1974 e 1975, porém ambos os trabalhos passaram despercebidos.

A história, no entanto, foi outra depois dos lançamentos dos álbuns Toy In The Attic, 1975, e Rocks, 1976Os petardos “Sweet Emotion”, “Dream On”, “Walk This Way”, “Last Child” e “Home Tonight” colocaram a banda em outro patamar. No entanto, brigas e o uso excessivo de drogas culminou na saída de Joe Perry, em 1979.

A banda entrou em declínio até que o grupo de Rap Run DMC regravou “Walk This Way”, em 1986, chamando Tyler e Perry para participarem. Desde então a banda mantém-se em atividade com enorme sucesso e super produções em vídeo-clips.

Tyler, que desde de 1998 já havia lançado alguns singles solo, efetivamente lançou seu primeiro álbum em 2016, We’re All Somebody From Somewhere. Já com o Aerosmith são 15 álbuns de estúdio, algumas compilações e registros ao vivo.

1983 – Aconteceu no lendário palco do Circo Voador, Rio de janeiro, o “Rock Voador – Primeiro Festival Punk Rock Rio – São Paulo”. Com Coquetel Molotov, Eutanásia e Descarga Suburbana, do Rio de Janeiro. Enquanto que Inocentes, Ratos de Porão, Cólera e Psykóse, eram de São Paulo.

O Festival cumpriu, e muito bem, sua função, uma vez que o carioca percebeu que o Punk também se manifestava na Cidade Maravilhosa. Especialmente em Campo Grande e no Meier. 

A abertura do evento coube aos Paralamas do Sucesso, reforçados por alguns integrantes do Kid Abelha.


Dia 25 de Março


1947 – Nascia em Londres, Inglaterra, Reginald Kenneth Dwight, ou simplesmente Sir Elton John. Apaixonado por Elvis Presley e Bill Halley & His Comets, ingressou na Royal Academy of Music aos 11 anos para estudar piano. Suas referências eram Fats Domino e Jerry Lee Lewis.

Em 1969, lançou seu primeiro disco, já firmando sua parceria com letrista Bernie Taupin, Empty Sky, sem muita repercussão, mas com o reconhecimento de um enorme potencial. Prova disso, foi o seu segundo trabalho, o álbum Elton John, com a balada Your Song. A partir daí sua carreira decolou.

Mas Elton John é daqueles artistas que não se sentem confortáveis num único caminho. Assim, se o rock foi marcante na década 1970, não hesitou em enveredar pela música pop, pelas baladas ou trilhas pra cinema. Onde se atreveu a experimentar, fez sucesso.

Além da música, Elton John também desenvolve trabalhos filantrópicos como a Elton John AIDS Fundation. Em outra de suas paixões, o futebol, chegou a ser dono do Watford FC, time de futebol inglês (que tem, inclusive, o goleiro brasileiro Gomes, ex-Cruzeiro, em seu elenco), entre 1976 e 1987. Voltou a presidi-lo 10 anos depois, até 2002. Hoje é presidente honorário do clube.

Sua obra é composta por mais de 30 álbuns de estúdio, seis discos ao vivo e mais de uma dezena de compilações.  

1972 – O Deep Purple lança o incrível álbum Machine Head, seu sexto trabalho. Indiscutivelmente o disco de maior repercussão do grupo e uma das maiores referências do Heavy Metal. As gravações aconteceram em dezembro de 1971, no Grand Hotel de Montreaux, utilizando o estúdio móvel dos Rolling Stones, além do próprio produtor dos Stones, Ian “Stu” Stweart.

São deste disco os clássicos “Highway Star”, “Smoke On The Water” e “Space Truckin’”. Com a turnê de lançamento deste disco, o Deep Purple aproveitou a ida ao Japão para registrar o álbum duplo Made in Japan.

Assim que foi lançado, disco já saiu como número 1 nas paradas britânicas, permanecendo lá por semanas. Enquanto que nos EUA foi lançado entre os dez mais.

Para ouvir no Spotyfi:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/3AQftLkD4ED5vpWZe7g3TC?si=Lmivc1e0Shu6Om2X5q0WJA



segunda-feira, 25 de março de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 23 de Março

1973 – Acontece o lançamento de um dos discos mais emblemáticos da história do Rock, o Dark Side of the Moon, do Pink Floyd. A obra marca uma fase mais intimista do grupo que aborda temas como a cobiça, equilíbrio mental (nunca é demais lembrar que Syd Barret saiu do grupo por transtornos mentais) e a passagem do tempo. O disco é apresentado como uma suíte em que as faixas são contínuas, divididas em cinco composições de cada lado.

Toda sua concepção foi pensada de forma impactante. Sua famosa capa, com um Prisma atingido por um raio e que emite um feixe de luz nas cores de um arco-íris. Mais a sua possível relação direta com o clássico cinematográfico O Mágico de Oz, que, segundo consta, se tocado a partir do rugido do leão da Metro, a trilha é sincronizada com o filme. 

O Álbum é um fenômeno de vendas, atingindo 45 milhões de cópias ao redor do mundo. Além de ocupar a parada da Revista Billboard por 900 semanas. 


Dia 22 de Março

1982 – O Iron Maiden lança o emblemático The Number of The Beast. O álbum marca a entrada de Bruce Dickinson nos vocais, substituindo Paul Di´Anno. Este terceiro trabalho do grupo foi o primeiro a atingir o número um das paradas britânicas.

Enquanto nos EUA o álbum também foi um sucesso, mas que acabou pegando carona na controversa história de envolvimento com satanismo, segundo alguns grupos religiosos, gerando uma publicidade que, no fim das contas, só aumentou a curiosidade do público pelo trabalho.

Este disco é disparado o de maior repercussão e sucesso do Iron, tanto que se apresenta bem colocado em qualquer respeitável lista dos melhores álbuns do Heavy Metal, das publicações especializadas: Revista Kerrang!, 6º posição na lista dos “100 Melhores Álbuns de Sempre do Rock”. Já a Rolling Stones o colocou em 4º lugar em sua “Melhores Álbuns de Heavy Metal de Sempre”, além de também fazer parte do conceituado livro “1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer”, de Robert Dimery.


Dia 21 de Março

1970 – O antes The Small Faces, virou Faces e, já com Rod Stewart substituindo Steve Marriot nos vocais, lançam seu primeiro álbum, First Step. O grupo alcançou o sucesso, chegando a gravar três discos de estúdio.

A partir de 1975, Stewart colocou sua carreira solo como prioridade e o grupo se desfez, sendo que alguns de seus integrantes seguiram um caminho bastante significativo, como o guitarrista Ron Wood, que logo substituiu Mick Taylor nos Rolling Stones, enquanto o baterista Kenney Jones, anos depois, assumiu as baquetas do The Who, após a morte do lendário Keith Moon, em 1978.  

Rod Stewart mantém sua carreira ativa até hoje, com mais de 20 discos de estúdio gravados, como já destacado por este blog.


Dia 20 de Março

1981 – Para os mais jovens, especialmente abaixo dos 30 anos, que estão acostumados às grandes turnês mundiais passando pelo Brasil, mal podem imaginar que dureza e via-crucis era trazê-las ao Brasil.

Assim, o Queen se aventurou a uma visita ao Brasil em 1981, para dois shows no estádio do Morumbi, em São Paulo, quando fez uma pequena turnê sul-americana, com apresentações também na Venezuela e Argentina. O Brasil não gozava de bom prestígio devido a seus bastidores, histórias de roubo de equipamentos, não cumprimento de pagamentos de cachê, etc, etc, etc. Éramos extremamente amadores. Somente a partir do Rock in Rio, em 1985, é que este contexto começou a mudar.

Problemas técnicos e logísticos à parte, o Queen trouxe sua potencial parafernália de som, de luzes  e um profissionalismo ímpar, tanto que começou suas apresentações pontualmente às 21h. Foram duas horas de um grande espetáculo para um público superior a 200 mil pessoas nos dias 20 e 21 de março daquele distante ano de 1981.

Set List:
We Will Rock You
Let Me Entertain You
Play the Game
Somebody to Love
I'm in Love With My Car
Get Down, Make Love
Need Your Loving Tonight
Save Me
Now I'm Here
Dragon Attack
Now I'm Here
Fat Bottomed Girls
Love of My Life
Keep Yourself Alive
Drum Solo
Guitar Solo
Flash
The Hero
Crazy Little Thing Called Love
Bohemian Rhapsody
Tie Your Mother Down
Bis
Another One Bites the Dust
Sheer Heart Attack
We Will Rock You
We Are the Champions
God Save the Queen


Dia 19 de Março

1962 – Bob Dylan lança seu primeiro álbum, Bob Dylan, pela Columbia Records. O disco foi gravado entre os dias 20 e 22 de novembro do ano anterior, com apenas sua voz e uma gaita (num microfone), e um violão (noutro microfone).

Quando Carolyn Haster, uma cantora folk, estava prestes a gravar seu terceiro trabalho, John Hammond, o magnata da Columbia, pediu para encontrá-la antes das gravações para acertarem detalhes e ouvir algo do repertório. Dylan a acompanhou tocando gaita, violão e cantando algumas das canções. Ao final, Hammond perguntou a Dylan se ele estava comprometido com alguma gravadora. A resposta foi negativa.

Um dia antes de iniciar as gravações de Carolyn, Dylan havia recebido uma crítica positiva no New York Times, sobre suas apresentações no Garde´s Folk City. Quando encerrado a primeira sessão de gravação, Hammond chamou Dylan para uma conversa e disse que o queria em seu cast. Ofereceu-lhe um contrato básico e lhe presenteou com um disco que ainda não o havia comercializado, mas que seria lançado em breve. Era o lendário álbum de Robert Johnson que, segundo o próprio Dylan, “O disco que não arrebatou Dave me deixou entorpecido, como se eu tivesse sido atingido por uma bala tranquilizante”.

Esse primeiro lançamento não correspondeu comercialmente como esperavam os outros executivos da gravadora. Aliás, aproveitaram a ocasião pra dizerem que finalmente Hammond fracassara. Felizmente, nem Hammond e nem Dylan acreditaram nessa conversa.

O cantor folk, de voz diferente, cresceu a cada disco, tornando-se referência no som e nas letras. Desde este primeiro álbum, gravou outros 36 discos de estúdio e uma dezena de gravações ao vivo.


Dia 18 de Março

1977 – É lançado o primeiro Single do The Clash, White Riot. A canção remetia ao confronto entre negros (imigrantes), brancos e a polícia britânica no carnaval de Notting Hill, em 1976. Estavam presentes na cena caótica, Joe Strummer e Paul Simonon, guitarrista/vocalista e baixista respectivamente do Clash.

Não havia melhor forma de uma banda Punk britânica estrear na terra da Rainha, que não expondo os preconceitos, condições de vida precária, especialmente a de imigrantes que vieram suprir a falta de mão-de-obra inglesa do pós-guerra.

O single atingiu o número 38 das paradas britânicas, tornando possível, já em abril do mesmo ano, o lançamento de seu álbum de estreia, The Clash.      
1986 – Os Engenheiros do Hawaii tocam pela primeira vez fora do Rio Grande do Sul. Eles vieram a Sampa para três apresentações, sendo as duas primeiras no Rose Bom-Bom.

O terceiro show aconteceu no Madame Satã. A banda já havia gravado a coletânea Rock Grande Sul, com outras bandas dos Pampas, entre elas, Os Replicantes e DeFalla. “Segurança” e “Sopa de Letrinhas” já circulavam pelas rádios mais alternativas.

Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/7Hx916wytqKmArUocd4JOz?si=d9Pr2WEkRX2_absjCXIj2Q

sexta-feira, 15 de março de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 15 de Março

1955 – Nasce em York, EUA, Daniel Snider, mais conhecido como vocalista Dee Snider do Twisted Sister. A banda foi formada em 1972, mas Dee só entrou em 1976, quando o Twisted deixou de ser uma banda cover de Glam Rock para fazer um trabalho próprio. Em 1982 conseguiram assinar com Atlantic Records, lançando o álbum Under the Blade, sem grande repercussão. O sucesso veio com o terceiro disco, Stay Hungry, o álbum dos clássicos “We´re Not Gonna Take it” e “I Wanna Rock”.

Snider também integrou a banda Desperado, quando o Twisted rompeu em 1998, ao lado do guitarrista Bernie Tormé (da banda de Ozzy Osbourne), o baterista Clive Burr (ex-Iron Maiden) e o baixista Marc Russel.  

Além da música, Snider também já atuou e produziu em cinema e em televisão.

1998 – Morria em Niterói, o grande Tim Maia. Após passar mal pouco depois de subir ao palco do Teatro Municipal de Niterói, em 8 de março desse mesmo ano. Vítima de uma infecção generalizada, Tim permaneceu uma semana internado no Hospital Universitário Antônio Pedro.

O genial, controverso, inquieto, porra-loca e músico foi fundamental no desenvolvimento da Black Music no Brasil. Desde cedo Tim queria ser cantor, tanto que aos 14 anos já participava do conjunto Os Tijucanos do Ritmo.

No ano seguinte, formou o Sputniks, ao lado de Roberto Carlos, para se apresentar no Programa Clube do Rock, de Carlos Imperial. Tempos depois viveu nos Estados Unidos, quando conheceu mais a fundo a soul music, ritmo que preferiu incorporar ao seu estilo.

Tim sempre foi um batalhador, mas sua primeira chance surgiu somente em 1970, pela gravadora Polydor, e chegou com estilo. De cara alcançou o sucesso com “Azul da Cor do Mar”, “Primavera” e “Coroné Antonio Bento”.

Tim não veio ao mundo a passeio. Com estilo irreverente e um tanto irresponsável, ao longo de sua carreira colecionou hits, dinheiro, fama, amigos, polêmicas, brigas, inimigos e muitos, mas muitos admiradores de seu trabalho.

Sua rica obra contempla quase 30 álbuns de estúdio e dois discos ao vivo, além de uma série de coletâneas. Ele tinha apenas 55 anos quando faleceu.

1972 – Estreia nos cinemas americanos a superprodução The Godfather, O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola, baseado na obra homônima de Mario Puzo, que aliás colaborou decisivamente na realização do filme.

O Poderoso Chefão é um marco na história do cinema pela sua fidelização ao livro de Puzo, além de ter sido produzido já pensando numa segunda parte, que aliás, é, até hoje, a única sequência cinematográfica a ganhar o Oscar nos dois filmes. Nos anos 1990 houve a continuação com O Poderoso Chefão III. 

É de O Poderoso Chefão a famosa máxima “não é nada pessoal, são apenas negócios”.

1975 – Os Estados do Rio de janeiro e da Guanabara tornam-se um único estado, prevalecendo o nome do Rio de Janeiro. Guanabara foi Estado entre os anos de 1960 a 1975.
Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/1ngd1LAptHqBgokjxc0rwk?si=ZNWLo1wETBelMlpjBG02Ww

quinta-feira, 14 de março de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 14 de Março

1963 – Nasce em Porto Alegre, Carlos Eduardo Filippon Stein, o guitarrista Carlos Stein da banda Nenhum de Nós.  Antes de se juntar ao Nenhum de Nós, Carlos foi guitarrista de outra importante banda da cena gaúcha, Os Engenheiros do Hawaii, em sua primeira formação, a que fez seu primeiro show no mesmo dia da estreia do Rock in Rio, 11/01/1985. No entanto, sua passagem foi meteórica, saindo antes mesmo da gravação da coletânea de bandas Gaúchas, Rock Grande do Sul, pela BMG.

Já em 1986 formou a banda Nenhum de Nós, em que atua até hoje. São 13 álbuns de estúdio e mais cinco ao vivo.

1982 – Acontecia na Califórnia, no Radio City, a estreia, nos palcos, do Metallica. Daquela formação inicial, apenas Lars Ulrich e James Hetfield, que na ocasião era só o vocalista, permanecem na banda.
 
Kirk Hammet substituiu David Mustaine, enquanto Cliff Burton assumiu o baixo no lugar de Ron McGvney. Hetfield, por sentir-se muito desconfortável apenas cantando, passou à guitarra base. Lars continuou na batera.


Em julho de 1983, o Metallica gravaria seu primeiro álbum, Kill ‘Em All.

1988 – Ainda doía a alma o fim dos Smiths. Há apenas seis meses havia sido lançado o último trabalho do grupo de Manchester, Strangeways, Here We Come. No entanto, um inquieto Morrissey lançava seu primeiro trabalho solo, o belo Viva Hate. De cara, seguramente, traz dois de seus maiores clássicos, “Suedehead” e “Everyday Is Like Sunday”.

A partir daí, Moz tem nos brindado com uma carreira excepcional. São mais de 10 discos de estúdio, coletâneas e mais trabalhos ao vivo. Suas turnês confirmam o grau de admiração de seus fãs, como visto no fim do ano passado quando de sua visita a algumas capitais brasileiras.

2018 – A vereadora Marielle Franco, do PSOL, é assassinada, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Além dela, também morreu seu motorista Anderson Gomes. Sua assessora Fernanda Chaves, que também estava no carro, sofreu alguns ferimentos, mas felizmente escapou com vida.

Marielle foi eleita com quase 50 mil votos, sendo a quinta vereadora mais votada em sua cidade, por sua luta contra as desigualdades, tanto social, quanto de classes e de gênero. Há poucos dias tinha sido nomeada como relatora da comissão que acompanhava as ações da intervenção militar no Rio. Menos de uma semana antes de seu assassinato, denunciou por meio de suas redes sociais, suposta brutalidade da PM em ações na zona norte carioca.

Marielle era ferrenha defensora dos Direitos Humanos e, ao contrário do que muitos pensam, a vereadora defendia o bom policial. Tanto que parentes de policiais vitimados pela violência da cidade eram prontamente amparados por sua equipe, por exemplo, na agilidade da burocracia à assistência do Estado às famílias.

Queremos acreditar que sua trágica morte não tenha sido em vão. Que a prisão de dois suspeitos há dois dias de completar um ano deste terrível atentado não seja cortina de fumaça. Mais do que descobrir quem puxou o gatilho é preciso descobrir quem ordenou a execução.

Em tempo, embora o blog seja ligado ao rock vale parabenizar a escola de samba da Mangueira, campeã do carnaval carioca deste ano, que prestou uma linda homenagem exatamente à Marielle.

Marielle presente! "AQUI EXISTE AMOR!"

Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/1kV2NVwkWcQhYojsnrxbuT?si=Sxg0qyY6SzKLkDxdIahsHQ

O dia de hoje na história do Rock


Dia 13 de Março

1960 – Nasce em Oxfordshire, Inglaterra, Adam Charles Clayton, o baixista Adam Clayton do U2. Ingressou na banda desde seu início, respondendo prontamente ao anúncio do baterista Larry Mullen  Jr. para formar uma nova banda.

Dono de um baixo vigoroso e estilo único, Adam era quase um estranho no ninho por conta de suas convicções religiosas, ou falta delas, nos primeiros discos da banda, quando os outros integrantes haviam se juntado um determinado grupo cristão.

Além do U2, também realizou alguns trabalhos paralelos, entre eles a regravação da trilha de Missão Impossível, ao lado de Larry Mullen Jr. 

1963 – Nasce em Rosário, Argentina, Rodolfo Páez, mais conhecido como Fito Páez. Apresentado ao Brasil pelos Paralamas do Sucesso, Fito é um dos maiores expoentes do atual rock argentino, ao lado de Charly Garcia.

Já em seu segundo trabalho solo, Giros, de 1985, a canção Yo Vengo a Efrecer Mi Corazón se torna o hino de resistência a repressão política, sendo, inclusive, gravada por Mercedes Sosa.

É de Fito o disco de rock argentino mais vendido em seu país, El Amor Después Del Amor, com 700.000 cópias vendidas. O músico possui mais de 20 álbuns de estúdio gravados, além de trabalhos ao vivo, incluindo um acústico e mais inúmeras compilações.

1964 – Nasce em São Paulo João Francisco Benedan, o João Gordo, vocalista dos Ratos de Porão. João assumiu os vocais do grupo pouco depois da gravação da coletânea punk, Sub. Com a saída de Betinho, em 1983, Jão, que era o vocalista, passou pra bateria, abrindo espaço para Gordo que já acompanhava a banda há algum tempo.

Já no ano seguinte lançaram o álbum Crucificados Pelo Sistema, com um som predominantemente hardcore. A partir daí, inclusive, foram apontados pelos punks como “traidores do movimento”.

Gordo saiu e retornou aos Ratos quando assinaram com a Cogumelo Discos, a mesma do Sepultura, a partir de então, decolando uma carreira muito bem sucedida no exterior.

Além de sua atuação na banda, Gordo enveredou pela televisão, com programas na MTV, na Rede Record, SBT e atualmente no Canal Brasil.

1966 – Nascia em Olinda, Pernambuco, Francisco de Assis França, o músico Chico Science. Considerado um dos maiores nomes do Rock Brasil dos anos 1990, Chico é o principal mentor da Cena do Manguebeat, surgido em Recife.

Chico foi tão decisivo na cena que precisou somente de dois álbuns, ao lado da banda Nação Zumbi, para consolidar seu nome na história. Da Lama ao Caos e o Afrociberdelia, são liquidificadores de sons e experimentos de maracatu com guitarras, música regional com hip hop...

A lamentar uma carreira tão curta, interrompida por um acidente automobilístico, em Recife no dia 2 de fevereiro de 1997. Chico tinha apenas 30 anos quando faleceu.  

1969 – Dois dias antes, em 11/3, subia ao palco do lendário Marquee, em Londres, a banda Earth. Já no dia 13, a mesma banda muda o nome e como Black Sabbath se apresentam pela primeira vez. Menos de um ano depois, como já destacado por este blog, o Sabbath grava seu auto-intitulado primeiro disco.

1987 – É lançado o segundo álbum solo de Cazuza, Só Se For a Dois. Este foi o primeiro trabalho lançado pela gravadora Philips, com quem assinou logo após a Som Livre, sua gravadora anterior, dissolver seu cast de artistas para se dedicar somente a trilhas sonoras.

O grande hit do álbum é “O Nosso Amor a Gente Inventa (Uma História Romântica)”.

Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/6jCVqJkj7usd0bkI59XIrl?si=Qj6jl51SRz6XCelCZKFh4g


terça-feira, 12 de março de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 12 de Março

1948 – Nasce em Boston, EUA, James Vernon Taylor, ou James Taylor. O músico gravou seu primeiro álbum depois que se mudou pra Londres. Lá, apresentou uma fita a Peter Asher, que trabalhava na Apple Records, dos Beatles. Assim, Asher passou a fita a Paul McCartney que gostou tanto do que ouviu que não só o contratou, como também produziu seu auto-intitulado primeiro disco, em 1968.

Taylor só não contava que no ano seguinte a Apple entrasse em dissolução por conta do fim da banda de Liverpool. Porém, como já gozava de um certo prestígio, pode assinar com a Warner, a partir de 1970.

Com estilo próprio, folk com levadas country, Taylor sempre foi um campeão em vendas, com seus álbuns alcançando no mínimo, disco de ouro, sendo que a compilação Greatest Hits, de 1976, alcançou o disco de diamante, por mais de 10 milhões de discos vendidos.

Seu maior sucesso é “You´ve Got a Friend”, composta por Carole King, do álbum Mud Slide Slim and The Blue Horizon.

James Taylor foi mais um dos artistas a se apresentarem na primeira edição do Rock in Rio, realizada em 1985.  Na noite de sua apresentação, estima-se que cerca de 250 mil pessoas o assistiram.

1967 – É lançado o álbum Velvet Uderground and Nico, o primeiro trabalho do Velvet. Um álbum conceitual desde a capa, trabalho de Andy Warhol, a composições nada convencionais que tratavam de drogas, sadomasoquismos, prostituição, além de trazer um de seus maiores  clássicos “Heroin”.

Apesar da expectativa de toda cena de Nova York o álbum não foi bem recebido pela crítica e nem foi bem comercialmente, muito pelo contrário. Mas o tempo o transformou, por exemplo, na 13º colocação na prestigiada lista dos 500 mais da revista Rolling Stones. Não por acaso, quase duas décadas depois de seu lançamento, o músico e produtor Brian Eno disse “todos aqueles compraram uma das 30 mil cópias deste disco deram início a uma banda”.


1922 – Nascia em Lowell, Massachusetts EUA, Jean-Louis Lebris Kerouac, o escritor Jack Kerouac. Tido como o maior ícone da cultura beatnik, Jack escreveu um dos livros mais revolucionários da década de 1950. Quantos jovens se aventuraram pelas estradas americanas depois de lerem On The Road, a obra-prima de Kerouac? O estilo de vida retratado no livro influenciou gerações ao redor do mundo.

Outras obras importante de Jack foram Viajante Solitário, Big Sur, Os Vagabundos Iluminados...

Kerouac morreu com apenas 47 anos, em St. Petersburgo, Flórida EUA, em 21 de outubro de 1969.

Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/485umBfl57nWRep54P3MuI?si=6_bE6SU4SeyDoEO58vbHnw

segunda-feira, 11 de março de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 10 de Março


1955 – Nascia em Cedral, estado de São Paulo, Antônio Carlos Senefonte, mais conhecido como Kid Vinil. Crítico, cantor, locutor, apresentador, produtor e escritor, Kid é nome fundamental na trajetória do punk e do rock no Brasil.

Fortemente influenciado pelo punk inglês, sua trajetória inclui a formação da banda Verminose, em 1977. A partir de 1979 consegue um programa na Rádio Excelsior FM justamente para apresentar as novas tendências do rock. Veio daí, inclusive, o apelido de Kid Vinil, numa criação sua e de Pena Schmidt.

A partir dos anos 1980, Kid mudou o nome da banda Verminose para Magazine, ao assinar com a Warner. O grupo fez sucesso com os hits “Sou Boy”, “Tic Tic Nervoso” e “A Gata Comeu”... Mas Kid saiu do grupo e entrou para Os Heróis do Brasil.

Com um mercado consolidado no Rock, Kid ganhou espaço também na televisão com programas de vídeo-clip, Tv Cultura e Bandeirantes, além da MTV. Seguiu sempre como referência e uma opinião muito respeitada. Em 2008 lançou, pela Ediouro Publicações, um livro fundamental pra quem gosta e estuda rock, o Almanaque do Rock.

Kid Vinil vinha se apresentando regularmente com outros artistas dos anos 1980 como Kiko Zambianchi e Ritchie, quando, em 16 de abril de 2017, sofreu uma parada cardíaca em Conselheiro Lafaiete, MG, onde se apresentariam. Teve os primeiros cuidados em um Hospital local, sendo transferido para o Hospital da Luz, em São Paulo, falecendo pouco mais de um mês do incidente.

Kid Vinil tinha 62 anos, deixando um enorme legado.  


Dia 11 de Março

1955 – Nasce em Berlim, do lado Leste Alemão, Catharina Hagen, conhecida como Nina Hagen. Praticamente refugiada à Inglaterra por conta de seu padrasto, Wolf Biermann, um perseguido político, Hagen chegou no lugar certo, na hora certa, a Londres de meados dos anos 1970. Ainda em 1976, já na Alemanha Ocidental, conseguiu contrato com a CBS, por onde gravou o álbum Nina Hagen Band, lançado em 1978.  

Já na Inglaterra, se aproximou de figuras como Johnny Rotten e Siouxsie and The Banshes, começando a gravar seu segundo álbum. Outro que se impressionou com seu talento foi Frank Zappa, levando-a para os EUA, afim de terminar o disco.

A cantora ficou extremamente conhecida no Brasil em 1985 quando veio para a primeira edição do Rock in Rio. Além do festival, ela participou do clip de “Garota de Berlim”, do grupo Tokyo.

Nina também atua no cinema e como dubladora. É ela quem dá voz, por exemplo, a Marge Simpson na versão alemã.

Seu último álbum, Volksbeat, é o décimo terceiro de sua carreira, lançado em 2011. Nina aborda temas como Jesus, direitos civis, contra as guerras...


1967 – O Pink Floyd lança seu primeiro single, “Arnold Layne”, composta por Syd Barret. Por abordar um personagem travesti em sua letra, a Radio London a baniu de sua programação, no entanto, a canção alcançou o TOP 20 Britânico, mas curiosamente não foi gravada no álbum de estreia do grupo, sendo registrada apenas em compilações lançadas posteriormente.

1818 – A escritora britânica, Mary Shelley, lança seu mais famoso romance, Frankenstein. Considerado um dos primeiros romances de ficção científica, Shelley o escreveu com apenas 19 anos. Nele, o jovem e prodígio Victor Frankenstein, ingressa numa Universidade alemã, e inconformado pela morte da mãe, trabalha incessantemente na descoberta dos mistérios da geração da vida. 

Dedicando-se exclusivamente a este estudo, consegue criar um ser disforme e de força descomunal. A criatura, no entanto, desenvolve inteligência própria e por seu aspecto, sofre repulsa e causa medo.

Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/4DaGpe4mDT9GiLvuY1YQA1?si=wibX8tfJQ1G2jd5FXSM6HA

sexta-feira, 8 de março de 2019

O Dia Internacional da Mulher no Rock

Aproveitando a passagem do Carnaval, o blog entrou em recesso para retornar dia 11/3, mas não havia como não homenagear essas incríveis mulheres ligadas à cultura Rock. Naturalmente, há ausências.  Que bom, sinal de que elas fizeram muito mais.
E, é claro, um grande beijo a todas as mulheres do nosso dia a dia e do nosso imaginário. Ahhh, mulheres, não fossem por vocês... 



Nascido da mistura de Blues, Rhythm & Blues e Música Country, na década de 1950, com Chuck Berry, Ike Turner, Fats Domino, Little Richard... O Rock é essencialmente machista. Há pouco espaço às mulheres, mas ainda assim, àquelas que se atreveram a entrar nesse “Clube do Bolinha”, não o fizeram em vão. Como de hábito, feminino, é claro, imprimiram sua marca.

Ainda nos anos 1950 a primeira a romper a barreira foi a cantora Gospel Sister Rosetta Tharpe, tanto que foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame, em 2017. Logo depois vem a cantora Joan Baez, cujo o Folk influenciou ninguém menos que Bob Dylan. Não exatamente no rock and roll, mas há também a inegável participação das mulheres dos chamados Girls Group, cuja máxima representação é The Supremes.  

A partir da segunda metade da década de 1960, definitivamente, as mulheres entraram no mundo do rock. E olha que foi um baita de um ponta pé na porta para escancará-lo, quando Janis Joplin causou furor no Festival de Monterrey, em 1967. Joni Mitchiell e sua poesia surgiram no início da década seguinte. Período, aliás, que marcou bandas em que o vocal feminino se fez presente. Foi assim com Suzi Quatro, Mamas & The Papas, Heart e o B-52’s lá pro final dos anos 1970.

Se a porta já havia sido arrombada por Janis, Patti Smith e Debby Harry, com a sua Blondie, vieram na virada da década de 1970 para 1980 pra dizer que não havia mais volta. Tanto que a partir daí houve o surgimento de grupos como The Go-Go´s, The Runaways e The Bangles, composto somente por mulheres. Vale lembrar que do outro lado do Atlântico, desde os anos 1960 já haviam surgido bandas 100% femininas como The Liverbirds, Rock Goddess e Girlschool.

Chrissie Hynde e Siouxie, com The Pretenders e Siouxie and The Banshes respectivamente, tornaram-se os maiores expoentes a partir dos anos 1980. Não menos importante, Annie Lennox montou o Eurythmics. Katrina, uma norte-americana radicada na Inglaterra, comandou o The Wave. De Nina Hagen , a garota de Berlin, à Islandesa Sugarcubes, da incrível Bjork, passando pela inquietude de Sinéad O’Connors.

O reflexo da luta destas mulheres até a década de 1980 culminou numa, muito bem-vinda, invasão feminina a partir dos anos 1990. PJ Harvei, The Breeders, The Cranberries, L7, Garbage, Hole, Cardigans, Babes in Toyland, Allanis Morrisete, Amy Winehouse... a lista é imensa. 

No Brasil, as mulheres também lutam contra um mercado predominantemente masculino. No entanto, aqui elas são pioneiras, pois é de Nora Ney a primeira gravação de rock, com sua interpretação de “Rock Around the Clock”, em 1955. Celly Campelo aproveitou a nova onda e explodiu com sua versão de “Estúpido Cupido”.

Na década seguinte, Vanderléa era a musa da Jovem Guarda. Rita Lee se meteu entre os irmãos Dias, Arnaldo e Sérgio, nos Mutantes e, posteriormente, integrou o Tutti Frutti, até alçar voos solos. Enquanto Baby, contribuiu, e muito, com os Novos Baianos. Ao final da década surge o frescor de Marina.

Entrando nos anos 1980, com a consolidação de mercado do Rock Brasileiro elas se destacaram desde cedo com Fernanda Abreu e Márcia Bulcão, da Blitz. Em São Paulo surgiam As Mercenárias, de Sandra, Rosália e Ana, a banda pós-punk Nau, de Vange Leonel, e a New Wave d’A Gang 90 & As Absurdetes, de Taciana Barros, Alice Pink Pank e May East. Kid Abelha nos apresentou Paula Toller, enquanto o Metrô revelou Virginie. Já o grupo Sempre Livre ousou compondo a banda apenas com garotas. Lá de Brasília, o Escola de Escândalos tinha Marielle Loyla. Syang chegou a integrar o Detrito Federal e até mesmo o Capital Inicial tinha Helena como vocalista, antes da entrada do Dinho.

Nos anos 1990 e depois da virada de século, o Rock Brasil trouxe Cássia Eller, Fernanda Takay, no Pato Fú, Alê Briganti, no Pin Ups, Pitty, Bianca Jordão, na Leela, e mais a banda Cansei de Ser Sexy.

Enfim, felizmente as mulheres estão cada vez mais onde elas desejam estar... A sensibilidade feminina será sempre muito bem-vinda, em ABSOLUTAMENTE TUDO!

Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/user/22hkib5bes45l4jgjkjiwnxqa/playlist/4m82hnQGco5zCJoa8S7gcj?si=gPQsD5LRQum6m5gLZuKoCA