sexta-feira, 2 de agosto de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 30 de Junho

1960 – Nasce em São Paulo Antônio Carlos Liberalli Bellotto, o guitarrista Tony Bellotto dos Titãs. Começou ao lado dos amigos Branco Mello e Marcelo Fromer no Trio Mamão, logo depois formando os Titãs, em 1982. Tony chegou a ser preso, ao lado de Arnaldo Antunes, por porte de heroína, em 1985, fato que interferiu diretamente nas composições posteriores do grupo. Depois do lançamento de Cabeça Dinossauro, em 1986, os Titãs foram alçados ao posto de uma das principais bandas do Rock Brasil. Tony, juntamente com Branco Mello e Sérgio Brito, continua integrando os Titãs que estão em turnê acústica.

Além da carreira musical, Tony também é escritor com nove livros já publicados. Por um período, foi colunista da Revista Veja, além de apresentador do programa Afinando a Língua, no canal Futura. 
   
1977 – O Kiss lançou o seu sexto álbum, Love Gun. Curiosamente, foi o primeiro trabalho em que todos os integrantes do grupo cantavam, mas o último com a formação original, uma vez que o baterista Peter Criss foi substituído por Anton Fig no decorrer dos trabalhos do disco seguinte, Dynasty, de 1979. Outra curiosidade é que depois deste trabalho, os quatro integrantes do Kiss gravaram um álbum solo cada um, em 1978.  

2000 – Nove pessoas morreram num show do Pearl Jam, durante o Festival Roskilde, Dinamarca. Todas esmagadas na grade que separa o palco do público, após tumulto generalizado. Em dezembro do mesmo ano, a polícia concluiu que o incidente ocorreu por conta do baixo volume do som que chegava ao público. A movimentação para se aproximar do palco, aliado e a demora de uma ação dos organizadores, ocasionaram a tragédia. Inicialmente, o relatório da polícia responsabilizava a banda. 


Dia 29 de Junho

1965 – Nasce em Bruxelas, Bélgica, Eduardo Dutra Villa-Lobos, o guitarrista da Legião Urbana Dado Villa-Lobos. Em sua segunda passagem pela capital federal é que se encantou pelo Punk, especialmente, quando viu passar uma galera pichando o bloco em que morava. Quando foi ver “quem são esses caras?”, tratava-se dos ´caras´ do Aborto Elétrico.

Entusiasmado com do it your self proposto pelo Punk, criou o grupo Dado e o Reino Animal, nome sugerido por Herbert Vianna, mas que durou apenas alguns ensaios. E olha que era um time considerável: o eterno companheiro Marcelo Bonfá, o irmão de vida Dinho Ouro-Preto e os amigos Loro Jones e Pedro Thompson. Quando estava considerando fortemente a possibilidade de seguir a carreira do pai, a de Diplomata, surgiu a chance de tocar na Legião Urbana, em substituição a Ico Ouro-Preto, já em 1983. Daí por diante não havia mais volta.

Desde o primeiro álbum da Legião, 1985, a banda não parou mais de crescer e, especialmente, nos dois primeiros discos o ritmo de shows foram intensos. As apresentações foram diminuindo a cada lançamento, exceção foi a tour de As Quatro Estações, porém os discos subsequentes continuaram a ter ótimas vendas, transformando a Legião Urbana na maior banda do país.

Até 1996, quando da morte de Renato Russo, a banda havia gravado sete álbuns de estúdio e uma compilação de outtakes, ao vivo e de estúdio. De maneira póstuma foi lançado Uma Outra Estação, disco com material gravado durante as gravações de A Tempestade ou O Livro Dos Dias. Com o fim da banda, foram lançados mais seis trabalhos ao vivo e uma compilação de sucessos.

Fora da Legião, Dado enveredou pelo mundo das trilhas sonoras. Sua estreia se deu em 2003, com o filme Bufo & Spallanzani (de Flavio Tambellini), premiado no Festival de Miami. Daí vieram trilhas para O Homem do Ano, Pro Dia Nascer Feliz, Malú de Bicicleta, Muitos Homens Num Só e Os Porralokinhas.  Fez também a trilha de Mandrake, série produzida pela HBO Brasil. Além disso, fez o programa Estúdio do Dado, no Canal Bis.

Em 2005 lançou seu primeiro álbum solo, Jardim de Cactus. Depois vieram O Passo do Colapso, 2012, e Exit, de 2017. Em 2016 lançou sua biografia, Memórias de Um Legionário. Atualmente, ao lado do amigo Marcelo Bonfá celebra os 30 anos dos discos Dois e Que País é Este da Legião Urbana. 


Dia 28 de Junho

1945 – Nascia em Salvador, Bahia, Raul Santos Seixas, ou simplesmente o músico, compositor, produtor e cantor Raul Seixas. Sua paixão pelo rock surgiu a partir de Elvis Presley, de quem foi o primeiro a criar um fã-clube no Brasil, ainda na adolescência. Ao lado dos Panteras, gravou seu primeiro álbum, em 1968, Raulzito e os Panteras. Como a banda não aconteceu, do ponto de vista comercial, Raul voltou à Bahia.

Por intermédio de Jerry Adrianni, Raul volta ao Rio convidado a trabalhar como produtor na CBS Discos. A partir daí começa a se relacionar com vários artistas que acabam gravando letras suas, como o próprio Jerry Adrianni, Renato e Seus Blue Caps, Odair José, Ed Wilson... A partir de 1973 grava seu primeiro disco solo, Krig-há, Bandolo!, que já traz os sucessos “Metamorfose Ambulante”, “Mosca na Sopa”, “Al Capone” e, principalmente “Ouro de Tolo”. No ano seguinte, Raul, ao lado do amigo Paulo Coelho, foi preso, torturado e exilado para os Estados Unidos. Tudo por conta da criação da Sociedade Alternativa, ligada a questões espirituais, baseada em Aleister Crowley, mas que para a Ditadura Militar, tratava-se de uma organização contrária ao governo.

Com o sucesso do álbum Gita, Raul tem sua volta praticamente forçada pelo público. Da parceria com Paulo Coelho, surge o grande sucesso “Tente Outra Vez”, do álbum Novo Aeon. Ainda nos anos 1970 Raul continua a gravar seu melhores trabalhos. A década de 1980 começa com o fatídico episódio em Caieiras, SP, em que Raul estava tão bêbado ao subir ao palco, que os fãs não acreditavam ser ele e quase o lincharam. Seu maior sucesso comercial acaba sendo “Carimbador Maluco”, para um especial da TV Globo.

Se afasta dos palcos em 1985, retornando somente em 1988, ao lado do amigo, e fã, Marcelo Nova. Juntos, gravam o álbum A Panela do Diabo, lançado dois dias antes de sua morte, em 19 de agosto de 1989. Raul Seixas faleceu exatamente na véspera, vítima de parada cardíaca, aos 44 anos.   

1968 – Nasce em Belo Jardim, Pernambuco, Otto Maximiliano Pereira de Cordeiro Ferreira, o cantor, compositor, percussionista e produtor, Otto. Despontou no movimento Mangue Beat, como integrante do Mundo Livre S/A, banda pela qual gravou os dois primeiros álbuns. Desde 1998, quando gravou Samba Pra Burro, seu primeiro trabalho solo, foram mais sete lançamentos, sendo o último Ottomatopeia, de 2017. 


1974 – Nasce em São Paulo Patrícia Marques de Azevedo, a cantora Patrícia de passagem pelo Trem da Alegria e que, em posterior carreira solo, tornou-se Patrícia Marx. Junto ao Trem, gravou os três primeiros discos. Ainda em 1987 gravou seu primeiro álbum solo, Paty, que estourou a música “A Festa do Amor”, incluída na trilha da novela Bambolê. Desde então, já são 13 discos gravados, incluindo um ao vivo. Patrícia foge das fórmulas fáceis tão comum atualmente, preferindo trabalhos mais conceituais. 



Dia 27 de Junho

1968 – Elvis Presley gravou o antológico Elvis NBC-TV Special. Um marco na carreira de Elvis e que consolidou a volta do Rei do Rock, iniciada com o álbum How Great Thou Art, do ano anterior. Para a ocasião Elvis cantou três canções inéditas “Memories”, “If I Cam Dream” e “Saved”. O programa só foi ao ar em 3 de dezembro de 1968, quando também foi lançado o álbum com esta apresentação. 

1985 – Os Titãs lançavam seu segundo álbum, Televisão, produzido por Lulu Santos. O trabalho marca a estreia de Charles Gavin, ex-Ira!, que substituía André Jung que, curiosamente, foi parar no Ira!. Se o trabalho foi bem recebido pela crítica o mesmo não se pode dizer do público que quase o ignorou. No entanto, como bem observou anos mais tarde, 2006, o vocalista Sérgio Brito, “A sonoridade de ‘Massacre’, ‘Autonomia’ e ‘Televisão’ apontavam para o direcionamento musical que a banda adotaria em seu álbum seguinte, Cabeça Dinossauro.”

1988 – Foi encontrado morto o guitarrista Hillel Slovak, um dos fundadores do Red Hot Chili Peppers, além de ter sido o “professor” de Flea no baixo. Fortemente influenciado por Jimi Hendrix, Carlos Santana e Robert Plant, Slovak foi fundamental no estilo inicial, e mais legal, do Chili Peppers. Curiosamente, por outros compromissos, não participou da gravação do disco de estreia da banda. No entanto, gravou o segundo e o terceiro. O quarto, e mais bem sucedido trabalho do grupo, até então, Mother´s Milk, tem pequena participação sua em algumas canções. Segundo a autopsia, a causa da morte de Slovak fora overdose de heroína, dois dias antes de seu corpo ter sido encontrado. Slovak tinha somente 26 anos.   

2002 – Morria em Nevada, EUA, o baixista John Entwistle da banda britânica The Who. Em 2011 foi considerado, pelos leitores da Revista Rolling Stone, o maior baixista do rock. Ao lado de Pete Townshend, Entwistle formou a banda de Jazz, The Confederates, que durou apenas um show, mas o suficiente para perceberem que queriam mesmo era tocar rock and roll. Reza a lenda que o estilo de Entwistle, também apelidado de Thunderfingers, tocar seu instrumento de forma muito alta é que levou Townshend e Keith Moon, baterista, a amplificar seus instrumentos, tornando o The Who a banda mais barulhenta do mundo. Vítima de ataque cardíaco, provocado por overdose de cocaína, Entwistle morreu no quarto 658 do Hard Rock Hotel, às vésperas dos shows do The Who, nos Estados Unidos. O músico tinha 57 anos.

2015 – Morria em Phoenix, EUA, o baixista Chris Squire, integrante, do início até a sua morte, da banda progressiva Yes. Influenciado pelo estouro das bandas britânicas nos anos 1960, Squire fundou o Yes, ao lado de Jon Anderson. Squire também gravou dois trabalhos solos, o primeiro em 1975, Fish Out Of Water, e Chris Squire´s Swiss Choir, de 2007. Squire foi vítima de Leucemia Eritroide Aguda, aos 67 anos.


Dia 26 de Junho


1955 – Nasceu em Wandsworth, Inglaterra, Michael Geoffrey Jones, o guitarrista, compositor, vocalista e um dos fundadores da banda punk The Clash, Mick Jones. Além da lendária banda, Jones também formou o Big Audio Dynamite e excursionou com o Gorillaz. Formada em 1976, The Clash é uma das principais e mais completas bandas do punk britânico, especialmente por não se limitar aos três acordes, marca característica do som punk. Principal compositor do grupo foi expulso em 1983, por Joe Strummer e Paul Simonon.

1976 – O Grateful Dead lança o álbum duplo, ao vivo, Steal Your Face. Os shows que geraram este trabalho aconteceram entre os dias 17 e 20 de outubro de 1974, em São Francisco, durante a longa turnê do disco From The Mars Hotel. Depois destas apresentações, o Grateful deu um tempo das estradas, mesmo lançado Blues For Allah, de 1975. Este álbum também foi o último lançado pelo selo do próprio grupo, Grateful Dead Records.

Para ouvir no Spotify:
https://open.spotify.com/playlist/6yUaumfQtnkkJWmVPuB8wN?si=cAa2YFDySKGI6haIWiFr0Q

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