segunda-feira, 28 de outubro de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 26 de Outubro

2019 – É colocado no ar a Edição número 1 do Podcast Almanaque. Seu conteúdo faz uma conexão com este blog, trazendo datas e acontecimentos no Mundo do Rock e da Cultura Pop, além de outros assuntos. No formato de um programa de rádio, informação e música caminham lado a lado, especialmente a você leitor e, agora, a você ouvinte.

Abraços!


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sábado, 26 de outubro de 2019

O dia de hoje na história do Rock


AS QUATRO ESTAÇÕES
Os XXX Anos do disco da maturidade!

1989 - Quatro Estações foi exatamente o tempo em que o álbum demorou para ficar pronto. Quatro estações também é o tempo de um ciclo e a Legião Urbana considerava que o seu primeiro havia se encerrado em Que País é Este 1978 / 1987, muito embora essa pergunta ecoe em nossa cabeça até hoje. A violência apresentada nas turnês, fundamentalmente em Brasília, a dúvida sobre os rumos políticos do país, quando teríamos a oportunidade de eleger um presidente pelo voto direto naquele ano de 1989, e, claro, a saída um tanto traumática de Renato Rocha. Tudo isso pontuava a realização deste novo álbum. A saída do baixista obrigou que todo o trabalho, até ali, fosse refeito.

Mais que qualquer outro disco, desta feita a expectativa gerada nos fãs eram imensas, sobretudo depois da brilhante matéria de Sônia Maia à Revista Bizz, dividida em três edições. Nas poucas entrevistas que dava, Renato falava da dificuldade de escrever as letras e compor as canções. No entanto, esse processo não era novidade na vida da banda, uma vez que com o Dois não foi muito diferente. Começar do zero, no fundo, era um desafio que eles gostavam.

Renato tinha a necessidade de mudar a métrica de suas letras, mas não a temática. As Quatro Estações é um disco de amor, mas sem se esquecer a política. Era para entrar na vida das pessoas, mas sem precisar arrombar a porta. O poeta mostrou-se cada vez mais afiado. Capaz de unir Camões à Bíblia, citar Buda e ainda falar do temor das drogas de forma peculiar. Renato voltava ainda melhor. Dado e Bonfá também mostravam franca evolução e alguns arranjos são simplesmente inesquecíveis. É assim no bandolim de “Eu Era Um Lobisomem Juvenil”, bem como na batera e a guitarra de “Feedback Song For Dying Friend”.

O disco abre com “Há Tempos” que dá bem a dimensão do seu potencial. Um rock característico da banda, com violões, uma letra poderosa e sem refrão. Aliás, a Legião gostava de quebrar regras. Letra sem refrão, disco ano sim ano não, assim como as poucas turnês e quase nada de televisão. A balada “Pais e Filhos” resvala num blues, com letra inspirada em suicídio e, fugindo à regra, um refrão que grudou nos ouvidos de todo mundo que ouvia música em 1989/90.

Surpreendentemente a terceira faixa, a já citada “Feedback...”, é um Heavy Metal para deixar muito headbanger com a cabeleira arrepiada, digna das principais bandas do gênero. Talvez a faixa mais convencional do disco seja “Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto”, mas que traz citações da Doutrina de Buda, além de alusão ao Mito da Caverna, de Platão. No ano de 1989 ainda falávamos em lados dos discos e o Lado A terminava com uma de suas melhores canções “Eu Era Um Lobisomem...”, que tem um arranjo difícil de explicar. Seus teclados e bandolins funcionam à perfeição aliados a uma letra com diversas interpretações. Aliás, o que dizer de “Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo, prefiro acreditar no mundo do meu jeito”? Pra se ter uma ideia desta canção, o jornalista André Forastiere, que abertamente detestava Legião Urbana, a escolheu como a melhor música brasileira de 1989, na Revista Bizz.

A letra mais política do disco tratava do tema tortura, “1965 (Duas Tribos), e abria o lado B. Bem apropriado a um país recém-saído de uma ditadura militar, mas como Renato disse, poucas pessoas perceberam. “Monte Castelo” é um momento de lirismo, tanto na letra quanto na música. Um momento de respiro depois de “1965...” e entrar na enigmática “Maurício”, uma homenagem a um fã do grupo. Em “Meninos e Meninas” Renato dava claros sinais de estar incomodado em não revelar sua orientação sexual e deixou ali, claro, pra quem quisesse ouvir.  “Sete Cidade” é uma das melhores deste disco, com direito a Dado Villa-Lobos na gaita. Mais uma perfeita simbiose letra e música de um Renato para lá de inspirado. Fechando o disco, “Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar”, termina com um ritual católico que canta “Cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo tende piedade de nós”, de forma emblemática, sintetizando o sentimento de amor que a Legião Urbana queria trazer depois de um ano turbulento. Ou seja, a banda ainda soa muito atual.

As Quatro Estações  têm 11 canções, das quais pelo menos 9 delas tocaram em rádio, umas mais outras menos, mas tocaram. Um fenômeno que ratificou, definitivamente, o poder de uma banda mística, uma banda ímpar.

Este disco foi o primeiro lançamento que acompanhei in loco, já que minha paixão pela banda foi despertada a partir de “Faroeste Caboclo”. Impossível não me lembrar de como a 89 A Rádio Rock, soltava vinhetas em todos os intervalos de sua programação com chamadas para o lançamento do single “Há Tempos”, em setembro daquele ano. A vontade de ouvir um grande disco era enorme e ao ouvi-lo, ela não só foi atendida como amplificou a paixão que se iniciava. Desde a capa diferente, com os três em fotos separadas, e aquele violão, criação de Fernanda Villa-Lobos, que se tornou um símbolo da banda, às composições nada triviais.  Foi aí que comecei a correr atrás de fitas de shows, entrar pra fã-clube...

As Quatro Estações foi realmente um disco marcante. Inesquecível!     



Para ouvir no Spotify: https://open.spotify.com/album/7AMgXBVw9ViHswkQ71wyju?si=aScN5Nc7TCyzDx_1GpmUVQ

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

O dia de hoje na história do Rock

Dia 16 de Setembro

1925 – Nascia em Itta Bena, EUA, Riley Bem King, mais conhecido como o guitarrista, compositor e cantor B. B. King, um dos maiores expoentes do Blues. Na ativa desde de 1949, quando lançou dois singles, após participar de um programa de rádio, em Memphis, King entrou os anos 1950 com prestígio, tanto que chegou a fazer quase um show por dia em 1956, além de inúmeros singles entre os primeiros lugares nas paradas de Rithym in Blues como "Three O'Clock Blues", "Heartbreaker", "Please, Love Me", "Bad Luck", "Sweet Sixteen, Pt I" e "You Upset Me Baby"...  Não são poucos os guitarristas declaradamente influenciados pela guitarra mágica, a Lucille como ele a batizou, de King, a lista conta com Budy Guy, Otis Rush, Jimmy Hendrix, George Harrison, Johnny Winter, Eric Clapton, Jeff Beck e mais uma lista enorme.

B. B. King tem em sua discografia 26 álbuns de estúdio e quase 150 singles. Em 2015, aos 89 anos, King faleceu em Las Vegas. O cantor convivia há anos com diabetes, Alzheimer e problemas cardíacos.

1977 – Morria, vítima de um acidente automobilístico, Marc Bolan, o guitarrista e líder do T. Rex. O carro em que ele estava, dirigido por sua mulher Gloria Jones, bateu em uma árvore e um poste, causando morte instantânea a ele. A banda T. Rex, chamada Tiranossauros Rex até 1970, é um dos maiores expoentes do chamado Glam Rock. Com o grupo, Bolan gravou os 12 álbuns de estúdio, além de um disco solo em vida e mais três póstumos. Marc Bolan tinha apenas 29 anos de idade.

1985 – O RPM começava, pelo Teatro Bandeirantes em São Paulo, a sua consagradora turnê Rádio Pirata Ao Vivo, com direção de Ney Matogrosso. A tour seguiu até 6 de dezembro de 1986, totalizando 270 apresentações. Estes shows foram marcadas pela reação à la beatlemania do público, sobretudo feminino. Além do enorme sucesso, a temporada rendeu o álbum homônimo ao vivo, gravado no Palácio da Convenções do Anhembi, em São Paulo. Disco este, o mais vendido da história do Rock Brasileiro, em seu lançamento, com 2 milhões de cópias.



Dia 15 de Setembro

1968 – O cantor Caetano Veloso, que também lançou seu primeiro álbum naquele ano, foi vaiado no Festival Internacional da canção, interpretando “É Proibido Proibir”, no Teatro TUCA, em São Paulo. A partir desta reação do público, Caetano proferiu um longo discurso em que questionava o conservadorismo daquela juventude (´pera aí “eu vejo um futuro repetir o passado”). Quem também se manifestou, de forma apropriada como sempre, foi o cronista Nelson Rodrigues “A vaia selvagem com que o receberam já me deu uma certa náusea de ser brasileiro. Dirão os idiotas da objetividade que ele estava de salto alto, plumas, peruca, batom etc. etc. Era um artista. De peruca ou não, era um artista. De plumas, mas artista. De salto alto, mas artista (…) Era um concorrente que vinha ali, cantar; simplesmente cantar. Mas os jovens centauros não deixaram”.

2004 – Falecia em Los Angeles, o guitarrista Johnny Ramone, um dos fundadores dos Ramones, tendo, ao lado de Joey, permanecido no grupo por toda sua trajetória. Johnny, já tocava desde sua adolescência na banda Tangerine Puppets, com o futuro companheiro de banda Tommy Ramone. Fã de Stooges e MC5, juntou-se a Dee Dee e Joey, criando a lendária banda. Sua forma, sem firulas, de tocar guitarra é uma marca na trajetória do grupo. Ele participou de todos os 14 álbuns de estúdio dos Ramones, além dos dois trabalhos ao vivo, lançados enquanto a banda ainda estava em atividade. Johnny também ficou marcado por ter se casado com Linda Daniele, que foi namorada de Joey, o que gerou um mal estar nunca resolvido.  Aos 55 anos Johnny faleceu, vítima de câncer na próstata, em sua casa na cidade de Los Angeles.

2008 – Falecia em Londres, em sua casa, vítima de câncer, o tecladista Richard Wright, do Pink Floyd. Único integrante a participar de todas as tours do grupo, com sua morte, inviabilizou-se a possibilidade de uma turnê com formação clássica do Floyd. Wright sempre foi considerado, pelos demais integrantes, como fundamental no conceito de som do grupo. Ele estava com 65 anos.   




Dia 14 de Setembro

1955 – Little Richards entrava em estúdio e gravava o clássico “Tutti-Frutti”. Canção dos primórdios do rock and roll. Alguns mais radicais pregam que 14 de setembro deveria ser considerado o dia mundial do rock. “Tutti-Frutti” já foi regravada de Elvis Presley a New Order, passando por uma regravação do T. Rex com Ringo Starr na bateria e Elton John, ao piano.





Dia 13 de Setembro


1961 – Nasce em La Mesa, EUA, David Scott Mustaine, o guitarrista, compositor e vocalista Dave Mustaine do Megadeath. Mustaine começou a carreira no Metallica, mas brigas de ego entre ele e Hetfield, o fizeram deixar a banda, abrindo assim a possiblidade de criar o Megadeath. O livro The 100 Greatest Metal Guitarists, de 2009, o colocou como o melhor guitarrista do gênero  em 2009. Com o Megadeath já são 16 álbuns de estúdio e mais três trabalhos ao vivo. Mesmo tendo uma banda super bem-sucedida, Mustaine nunca deixou de lado sua mágoa com os membros mais antigos do Metallica. 




Dia 12 de Setembro

1952 – Nasce em Hamilton, Canadá, Neil Ellowood Peart, o baterista Neil Peart do Rush. Desde adolescente tocou em várias bandas até entrar no Rush, gravando a partir do segundo trabalho  da banda em 1975, o álbum Fly By Night. Desde então Peart vem sendo destacado como um dos maiores bateristas no mundo do rock. Ele já gravou 19 discos de estúdio com o Rush, além de oito álbuns ao vivo.   

1967 – Estreia nos Estados Unidos a série de TV The Monkees, estrelada pelos integrantes da banda homônima. A produção do seriado se estendeu até 25 março de 1968, com grande sucesso, duas temporadas e 58 episódios de aproximadamente 25 minutos. Seus integrantes interpretavam a si mesmos, em situações fictícias. No Brasil o seriado foi ao ar no ano seguinte, no mês de junho, inicialmente exibido pela TV Excelsior. Na década seguinte passou para a TV Bandeirantes e nos anos 1980, foi  exibida pela TV Gazeta.

1989 – O Aerosmith lançava o álbum Pump, seu 10º trabalho de estúdio. Este disco foi o da reafirmação da banda, depois do retorno com Permanent Vacations, que marcou a volta do grupo dois anos antes, depois de inúmeros problemas, e eles conseguiram. Este disco foi responsável pelo primeiro prêmio Grammy do Aerosmith, além de ter os mega-hits “Janie´s Got a Gun”, “Love in an Elevator” e “What It Takes”. 

2003 – Morria, decorrente de complicações da diabetes, o ícone Johnny Cash. Impossível de rotulá-lo, Cash consegue ser reverenciado por amantes do rock tradicional, pelos punks, pelos headbangers... Dono de um comportamento arredio era viciado em anfetaminas e um lutador pelas causas das minorias.

Foram mais de 50 álbuns de estúdio, nove discos ao vivo e uma enormidade de hits como  "Flesh and Blood", "Man in Black", “A Thing Called Love”, “On Piece at a Time”, "Hurt" ... Cash estava com 71 anos de idade.



Dia 11 de Setembro

1967 – Caía na estrada, para percorrer o interior da Inglaterra, o famoso ônibus Magical Mystery Tour, da banda The Beatles. O busão partiu da estação de metrô Baker Street, com atores, técnicos e Paul McCartney. John, George e Ringo embarcaram somente em Surrey. Assim, Os Rapazes de Liverpool registravam mais um longa em sua filmografia.

1981 – Aconteceu no ginásio do Maracanãzinho o Festival MPB-81, com presenças de Guilherme Arantes, Arrigo Barnabé, Kleiton & Kledir, Walter Franco, Oswaldo Montenegro e a vencedora Lucinha Lins. Porém, a grande atração da noite foi mesmo Júlio Barroso e sua Gang 90 & As Absurdetes! 

2015 – O Slayer lançava seu 11º álbum, Repentless. Este trabalho foi o primeiro sem o guitarrista Jeff Hanneman, um dos fundadores do grupo, morto em 2013. O disco estreou em 4º lugar na parada da Billboard 200, além de ser bem recebido pela crítica de modo geral. 

2001 – A rede terrorista Al-Qaeda promoveu o atentado às Torres Gêmeas do World Trade Center, na cidade de Nova York. Outro avião atingiu o Pentágono em Washington, enquanto uma quarta aeronave, o voo 93 da Airlines, que também tinha como alvo o Pentágono, acabou caindo num campo, na Pensilvânia, porque os passageiros o derrubaram. Quase três mil pessoas morreram na ocasião, sendo considerado um dos maiores ataques terroristas da história. Osama bin Laden só admitiu a autoria dos atentados em 2004.

Para ouvir no Spotify: https://open.spotify.com/playlist/6ebt3JcrHtyDeoTotwNZq8?si=U-gbxBtUQquK86qtwR9Jbg










sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 11 de outubro

1996 – Falecia em seu apartamento, numa madrugada de sexta-feira por volta de 1h15 da manhã, véspera do dia de Nossa Senhora Aparecida, o inquieto artista Renato Russo. Finalmente seu coração deixou seu corpo descansar, pois ele, até por ter vivido tudo tão intensamente, estava cansado, muito cansado!

Ao longo de 12 anos de carreira, com sete álbuns de estúdio com a Legião Urbana, o oitavo já foi lançado postumamente, e mais dois trabalhos solos, um em inglês e outro em italiano, Renato pavimentou uma trajetória única. Considerado o melhor letrista e vocalista de sua geração, Renato cantou como ninguém o amor, o respeito, a amizade, a espiritualidade, além das mazelas produzidas pelo homem através da política. Suas letras não envelheceram justamente por conta do cuidado que Renato sempre teve em não soar datado! Renato arrebatou fãs das mais diversas tribos, idades, gêneros e classe social. Sua genialidade atravessou gerações e ainda hoje encontra novos fãs.

Renato começou cedo, ainda no fim da década de 1970 com a banda Aborto Elétrico, em Brasília, ao lado de André Pretorius, guitarra, e Fê Lemos, bateria. Posteriormente, André deixou a banda e Flávio, irmão do Fê, entrou pro grupo. Desde essa época ele já havia  composto “Que País é Este”, “Geração Coca-Cola”, “Veraneio Vascaína”, “Fátima”... Renato era extremamente culto e não detinha somente conhecimento de rock and roll, mas sim cultura pop em geral, além de leitor contumaz. E foi a partir de toda essa bagagem literária que ele desenvolveu sua capacidade ímpar como letrista.   

Depois do Aborto Elétrico Renato se auto-intitulou O Trovador Solitário, um Bob Dylan do Cerrado. Mas o que ele sempre quis foi ter uma banda. Assim, juntou-se a Marcelo Bonfá, bateria, Eduardo Paraná, guitarra, e Paulo Paulista, teclados, mas essa formação não vingou, com os dois últimos deixando o grupo. Tempos depois, Dado Villa-Lobos assumiu a guitarra e a Legião virou um autêntico power-trio. As vésperas de gravarem o primeiro álbum, entra Renato Rocha, assumindo o baixo.  

Renato era capaz de fazer letras simples, no sentido da compreensão do que estava dizendo, ao mesmo tempo em que suas composições nada tinham de simplista. Capaz de capturar a sensibilidade do entorno e fazer que seu ouvinte também tivesse essa mesma sensibilidade, mais que isso, que se identificasse com o que estava sendo dito.  Foi justamente esta empatia que fez de Renato Russo um artista tão genial. Sua capacidade em dizer o que o outro sentia o tornava próximo, um amigo mesmo.

São inúmeros os sucessos da Legião Urbana. Seu legado está conosco e tem passado por gerações. Tanto que há uma galera que nasceu depois de sua morte, ou eram ainda crianças, mas que o admiram tanto quanto nós, os privilegiados que o viram em cena.

Renato perdeu a batalha para a AIDS justamente por amar demais. Por se entregar demais! Ele tinha somente 36 anos, uma série de planos a serem realizados, mas ainda assim deixou uma obra inestimável!  

É Renato, “Se fosse só sentir saudades! Mas tem sempre algo mais.”

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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

O dia de hoje na história do Rock


Dia 10 de Setembro

1950 – Nasce em Massachusetts, EUA, Anthony Joseph Pereira, o guitarrista e compositor Joe Perry do Aerosmith. Inicialmente, Perry tocava na The Jam Band, ao lado de Tom Hamilton. Com a chegada de Steven Tyler, Brad Whitford e Joey Kramer a banda se tornou o Aerosmith, lançando seu primeiro disco em 1973. Com a banda, Perry gravou 12 discos de estúdio, além de quatro álbuns solos. O guitarrista também tem participações em trabalhos de outros artistas. Nos últimos anos sofreu problemas cardíacos em shows do Hollywood Vampires, outra banda da qual participa, e quando fez uma participação especial no show de Billy Joel. 
  
   
1983 – Um dia após completar um ano de seu primeiro show Os Paralamas do Sucesso lançavam seu álbum de estreia, Cinema Mudo. Um disco que a banda abriu mão de certas convicções para não contrariar a gravadora, tanto que Herbert Vianna faz questão de dizer que não gosta do produto final, exatamente por esta interferência. No entanto, o álbum traz três hits poderosos “Vital e Sua Moto”, a que a gravadora mais interferiu, inclusive na letra, “Patrulha Noturna” e a faixa-título. Além delas, “Química”, composição do amigo dos tempos de Brasília, Renato Russo, ainda tocou nas rádios voltadas ao rock. Já a música “O Que Eu Não Disse” é a única parceria registrada entre Herbert e o líder da Legião Urbana. 



Dia 9 de Setembro


1971 – John Lennon lançava o álbum emblemático Imagine. Produzido pelo próprio John, Yoko Ono e o produtor Phil Spector, boa parte da obra foi gravada na sua casa, em Tittenhurst Park, na Inglaterra, e ainda contou com a participação de George Harrison. Quando de seu lançamento, o álbum chegou ao número 1 no mundo todo.

1982 – Os Paralamas do Sucesso tocavam num lugar chamado Shopstake, que inclusive deu título a uma canção instrumental do álbum de estreia do grupo. Curiosamente, nesta apresentação, estavam presentes os dois bateristas, Vital e João Barone, e ambos tocaram. Depois disso Vital desistiu, já Barone... Embora ainda não tivesse nome, a banda considera essa data como a de fundação do grupo. Pouco mais de um mês depois, em 21 de outubro, no Salão de Estudos da Universidade Rural, eles se apresentaram já com o nome de Os Paralamas do Sucesso.

2013 – Sem saber lidar com a morte dos amigos e parceiros Chorão e Peu Sousa, seis e quatro meses antes respectivamente, Champignon pôs fim a própria vida, com um tiro na cabeça, em sua própria residência. Após anos de convívio no binômio estúdio-show, em 2005 o Charlie Brown Jr. deu um tempo e seus integrantes desenvolveram novos projetos. Champignon tocou nos Revolucionários, Nove Mil Anjos e A Banca, esta logo após a morte de Chorão. Champignon tinha somente 35 anos e sua esposa estava no quinto mês de gravidez.



Dia 8 de Setembro

1957 – Com apenas 16 anos Paul Anka se apresentava pela primeira vez no tradicional The Ed Sullivan Show, graças ao estouro da canção “Diana”, que ficou em 1º lugar na parada norte-americana por 18 semanas. Anka causou histeria nas meninas da plateia, tanto que voltou ao programa mais uma dezena de vezes. Nesta sua estreia, a gravação aconteceu no Madison Square Garden.  

1961 – Nasce no Rio de Janeiro Fernanda Sampaio de Lacerda Abreu, a cantora e compositora Fernanda Abreu. Fernanda surgiu no mundo da música com a banda Blitz, como uma das backing vocals do grupo, ao lado de Márcia Bulcão. Após a separação do grupo, em 1986, lançou seu primeiro álbum solo em 1990, o Sla Radical Dance Disco Club, explorando ritmos dançantes. Desde então são sete álbuns, sendo que Da Lata, 1995, foi seu maior sucesso comercial. 



Dia 7 de Setembro

1936 – Nascia no Texas, EUA, Charles Hardin Holley, mais conhecido como Buddy Holly, um dos primeiros ícones do Rock and Roll. Ao lado do amigo Bob Montgomery abriu alguns shows para Elvis Presley e Bil Haley & His Comets, porém, sua primeira gravação foi com a banda The Crickets, em 1957, da qual era o líder e vocalista. Seu disco de estreia chegou ao 5º lugar nas paradas, com destaque para “Peggy Sue”. Lamentavelmente sua carreira foi meteórica. Após um show em Iowa, em 1959, Buddy embarcou numa aeronave Beechcraft, rumo a Minnesota. No caminho, em decorrência de uma nevasca, o avião caiu matando todos os seus ocupantes. Além de Buddy, outras duas promessas do rock estavam a bordo, o adolescente Ritchie Valens e JP Richardson, o Big Bopper. Buddy tinha somente 22 anos. 

1951 – Nasce em Ohio, EUA, Christine Ellen Hynde, a guitarrista, compositora e vocalista do The Pretenders, Chrissie Hynde. Depois de algumas tentativas entre bandas, a loja de Malcolm McLaren e a revista New Music Express, Hynde finalmente conheceu seus companheiros de banda em 1978. Estrearam num palco em Paris e lançaram uma demo, que se tornou o single com as canções "Stop Your Sobbing" e "The Wait", atingindo o 33º lugar da parada britânica. A partir daí, sua carreira decolou e The Pretenders se tornou uma das bandas mais importantes do fim dos anos 1980. Hynde já gravou com Morrissey, INXS, Frank Sinatra e outros artistas. Ativista e vegana, Hynde sempre marcou por sua forte personalidade. Junto a banda gravou 12 álbuns de estúdio, além de dois discos solos.

1978 – Morria, vítima de overdose de sedativos, o baterista Keith Moon, da banda The Who. Com uma vida excêntrica e excessos na relação álcool & drogas, Moon era o dínamo do som da banda. Além do The Who, tocou com Jeff Beck, Jimmy Page, John Lennon e outros. Moon, tinha completado apenas 32 anos, havia duas semanas.

1978 – Era inaugurada a lendária e mítica loja Woodstock Discos. Inicialmente situada na Rua José Bonifácio, vendia discos de rock and roll em geral da coleção pessoal de Waldir Chalas e seu sócio. Após uma viagem que Walcir fez a Londres, em 1982, quando da efervescência do Heavy Metal, época de lançamentos importantes do Iron Maiden, estreando Bruce Dickson, AC-DC e Scorpions, especializou-se no estilo. A partir de janeiro de 1985 mudou a loja para a Rua Dr. Falcão, 155, devido a expansão do gênero no Brasil, especialmente com a vinda do Rock in Rio, no mesmo ano. Porém, não é exagero imaginar que parte dos artistas convidados ao Festival tenham vindo justamente por conta da forma como a loja tratou e divulgou a cena, tanto assim, que a loja virou selo. Nos anos 1990, Walcir recebeu célebres artistas como Motörhead, Ramones, Deep Purple, Rob Halford, Exciter, Venom, James Hetfield, entre outros para sessões de autógrafos. 

1987 – O Capital Inicial lançava o seu segundo disco, Independência. Depois do enorme sucesso do primeiro álbum, este segundo trabalho não fez jus às expectativas. Marcado pela efetivação do tecladista Bozo Barreti, produtor do primeiro álbum, o trabalho pouco tinha a ver com o som dos tempos de Brasília, apesar de “Descendo o Rio Nilo”, lançado em compacto em 1985. A presença do novo integrante foi marcante neste novo trabalho, descaracterizando o som grupo. A faixa-título e “Prova” foram seus hits. “Autoridades” e a já citada “Descendo o Rio Nilo” chegaram a tocar nas rádios voltadas ao rock. O disco ainda contou com a participação de dois nomes de peso do Rock Brasil: o baterista João Barone, d´Os Paralamas do Sucesso, e do saxofonista George Israel, do Kid Abelha.

1992 – Após um show em Natal, RN, a Legião Urbana encerrava a curta turnê de divulgação do álbum V. A apresentação, realizada no Papódromo, ainda hoje é considerada memorável pelos presentes. Renato, que estava numa fase imersa em álcool, desentendeu-se com os demais integrantes do grupo e resolveu que não haveria mais shows.  A tour havia começado em Sorocaba, em julho do mesmo ano e estava de passagem pelo Nordeste. A banda não se apresentou em nenhuma capital do Sudeste e do Sul do Brasil.



Dia 6 de Setembro

1943 – Nasce em Guildford, Inglaterra, George Roger Waters, o músico, compositor e cantor Roger Waters do Pink Floyd. Especialmente após a saída de Syd Barret, Waters passou a ser o principal membro do grupo, tanto nas composições quanto no conceito do som da banda. Isso, até 1985 quando deixou o grupo e iniciou-se uma batalha judicial pelo direito do uso do nome Pink Floyd. Para Waters, sem ele e Barret, não havia sentido que os demais integrantes continuassem a utilizar seu nome, no entanto, perdeu o processo. Ainda na banda, lançou seu primeiro trabalho solo em 1984, The Pros and Cons of Hitch Hiking.

Ativista político realizou um dos shows mais emblemáticos da história na Alemanha, 1990, com o concerto The Wall, celebrando a queda do Muro de Berlim e a reunificação da  Alemanha Ocidental e a Oriental. Em carreira solo, Waters chegou até a lançar uma ópera, em 2005, a Ça Ira, além de outros três álbuns de estúdio e outros dois ao vivo. Também em 2005 ele se reuniu aos ex-companheiros de Pink Floyd para o show especial Live 8.

1968 – Eric Clapton foi até os estúdios de Abbey Road, em Londres, e participou da gravação da canção “While My Guitar Gently Weeps”, cantada por George Harrisson, que a compôs. Segundo George, esta música só funcionaria com alguém de fora da banda, tamanha a distância que existia no grupo àquela altura. Então, aquele solo que você escuta nesta canção coube a ninguém menos que Sir Eric Clapton...  

1986 – Lançado o 14º single do Iron Maiden, “Wasted Years”. Com composição do guitarrista Adrian Smith, trata de alguns problemas enfrentados durante a turnê anterior. O mais curioso é que o lado B do single traz “Reach Out” que é cantada por Adrian. 



Dia 5 de Setembro

1946 – Nascia em Zanzibar, Tanzânia, Farrokh Bulsara, simplesmente Freddie Mercury, músico, compositor e vocalista do Queen. Considerado um dos vocais mais técnicos de toda história do rock, Freddie desenvolveu uma carreira significativa ao longo de 14 álbuns com sua banda e mais dois trabalhos solos. Desde o começo Freddie já mostrava seu talento, carisma e auto-confiança, logo que substituiu o vocalista da banda Smile, em 1970, da qual faziam parte Brian May e Roger Taylor. Daí para gravação do primeiro disco foram três anos de muito trabalho. Figura de personalidade e controversa, ao longo de toda sua carreira, Freddie sempre se colocou num patamar de destaque e por ser o principal compositor do grupo, chegou a se considerar maior que a banda entrando em rota de colisão com os demais integrantes, quando, inclusive, gravou um disco solo, sem maior repercussão. O Queen voltou a ativa em 1985, gravando posteriormente mais três álbuns com Freddie ainda vivo. Em 1988, ele gravou com a lírica Montserrat Caballé, o álbum Barcelona, que era um trabalho de ópera. O cantor nunca expos sua doença publicamente, ele era portador do vírus HIV, exceto às vésperas de sua morte. Ele faleceu em 24 de novembro de 1991, aos 45 anos.  
       
1982 – Legião Urbana e Plebe Rude participaram do Festival Rock no Parque, na cidade mineira Patos de Minas. Na ocasião a Legião Urbana fazia seu primeiro show, enquanto a Plebe Rude, considerada a maior banda da Capital Federal, se apresentava pela primeira vez fora de Brasília. Depois dos shows as bandas foram conduzidas à delegacia por conta das canções “Música Urbana 2” e “Voto em Branco”, consideradas subversivas num período de ditadura militar.

1988 – The Smiths lançavam o álbum ao vivo, Rank. Mais por questões contratuais do que por desejo de lançá-lo, afinal a banda havia acabado em 1987. Aliás, o show registrado neste vinil é de 1986, no National Ballroom. O disco foge dos tradicionais discos ao vivo, pois deixa alguns dos grandes sucessos do grupo de fora, como “There Is a Light That Never Goes Out”, “This Charming Man”, “Heaven Knows I´m Miserable Now”, “How Soon Is Now”, além de “Hand in Glove”, primeiro single da banda. 



Dia 4 de Setembro

1951 – Nasce em Hereford, Inglaterra, Martin Dale Chambers, o baterista Martin Chambers do The Pretenders. Chambers é um dos fundadores da banda, tendo deixado o grupo em 1986, alegando ainda não saber lidar com a morte de James Honeyman-Scott, por uso de cocaína, quatro anos antes. De volta a banda em 1994, Chambers acabou não gravando o álbum Break Up the Concrete, embora tenha feito alguns shows posteriores.  
  
1970 – Nasce em Belo Horizonte Igor Graziano Cavalera, o baterista, especialmente do Sepultura, Igor Cavalera. Mesmo tendo fundado a banda ao lado do irmão Max, Igor deixou o grupo em 2006, passando a tocar com vários artistas como Rita Lee, Titãs e Lenine. Atualmente toca no Cavalera Conspiracy, ao lado do irmão Max.


Dia 3 de Setembro

1955 – Bill Halley & His Comets recusaram a realização de uma turnê pela Europa, por conta do medo de voar do próprio Bill Halley. Além do velho continente, a turnê se estenderia até a Austrália.

1990 – O Judas Priest lançava seu 12º álbum de estúdio, o Painkiller. Com o disco pronto desde março daquele ano, seu lançamento foi adiado e envolto em discussões por conta de processos referentes ao suicídio de dois rapazes, em Nevada, cinco anos antes. Ao final do julgamento, a banda foi inocentada. Este disco também marcou a estreia do baterista Scott Travis, em substituição a Dave Holland. Já ao final de sua turnê de divulgação, Rob Halford deixou o grupo, retornando em julho de 2013.  



Dia 2 de Setembro

1960 – Nasce em São Paulo Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho, ou Arnaldo Antunes, músico, cantor e compositor de longa passagem pelos Titãs e carreira solo. Arnaldo permaneceu por 10 anos nos Titãs, quando sentiu necessidade de dar vazão a seu lado mais poético e lançou-se em careira solo, muito bem sucedida. Também criou ao lado de Marisa Monte e Carlinhos Brown, Os Tribalhistas, com dois trabalhos gravados. Além da música, Arnaldo também é escritor, colunista, artista plástico... Sua carreira solo incluí 11 discos de estúdio e mais quatro ao vivo.

1970 – Por meio de um anúncio na Revista Melody Maker, o Genesis procuravam um baterista para compor a banda. Ao tomar conhecimento do anúncio Phil Collins se apresentou à banda em busca de uma oportunidade. 

1993 – O Sepultura lançava seu quinto álbum, o Chaos A.D. Este trabalho foi importante no conceito musical do grupo, que a partir de então passou a explorar o chamado groove metal, incluindo batidas de música brasileira que se evidenciaram ainda mais no disco seguinte, o Roots. A Revista Rolling Stones o considerou na 29ª posição como melhor álbum de heavy metal de todos os tempos.

2004 – Falecia na cidade de Los Angeles, EUA, o músico e produtor Tom Capone, vítima de um acidente de motocicleta, quando voltava da cerimônia de premiação do Grammy. Capone iniciou sua carreira ainda em Brasília, na geração anos 1980. Integrou as bandas Detrito Federal e Peter Perfeito. A partir de 1998, tornou-se diretor artístico da Warner e passou a trabalhar na produção de discos. Em seu currículo constam trabalhos dos mais variados estilos, desde O Rappa a Milionário & José Rico, de Raimundos a Maria Rita, passando por outros nomes consagrados como Legião Urbana, Marisa Monte, Gilberto Gil, Herbert Vianna... Tom tinha somente 38 anos.




Dia 1 de Setembro

1979 – Foi lançado o primeiro trabalho gravado pelo o U2, o EP Three. Composto por três músicas, a produção coube a própria banda e Chas de Whalley. Quando de seu lançamento, somente na Irlanda, atingiu a 19ª posição na parada local. Posteriormente, as canções "Out of Control" e "Stories for Boys" estavam presentes no álbum Boy, o de estreia da banda. Já "Boy–Girl" esteve presente, numa versão ao vivo, no single “I Will Follow”. 
1987 – Lançado o single “Let´s Work”, do segundo álbum solo de Mick Jagger, Primitive Cool. Sem maior repercussão, alcançou uma modesta 31ª posição no Reino Unido. Este disco não fez sombra ao anterior, She´s The Boss.  


Para ouvir no Spotify: https://open.spotify.com/playlist/6uXP2pGqJQLq9yzotZJRCb?si=klzcjQulQbGcH9Uh-Ndbxg